sexta-feira, 29 de setembro de 2006

 

...ESTOU TRISTE....


...foto que tirei da janela do meu quarto no hotel...

...APESAR DAS SOMBRAS, A LUZ EXISTE E ELA VAI VENCER...

...ou melhor, só existe a sombra por causa da luz e não vice-versa...


quinta-feira, 28 de setembro de 2006

 

TÚNEL DO TEMPO lll

AS DECLARAÇÕES/REPORTAGEM ABAIXO COPIEI DE UM SITE NA INTERNET.


O caso Shell Paulínia, retrata a grande falha, em todos os demais casos de contaminação no Brasil onde o Direito de Saber da Comunidade não foi respeitado, neste sentido não ocorrendo o controle social da comunidade.
Podemos aprender com este caso o papel preponderante dos moradores do bairro, analisando o caso sem a presença dos moradores e após o conhecimento dos fatos pelos mesmos, observa-se claramente, que o fundamental nos casos de contaminação humana e ambiental consiste na aplicação das leis, tendo a sociedade como fiscalizadora, não precisando em nenhum momento de formulação de nova legislação, pois a legislação presente, contempla totalmente o respaldo legal que a comunidade e a proteção do meio ambiente requer. Veja o resumo do caso e tire suas conclusões.
RESUMO CASO SHELL

Em 1993 a empresa Shell estava vendendo suas unidades químicas em nível mundial para o grupo CYANAMID, que exigiu uma auditoria ambiental no site de Paulínia no bairro Recanto dos Pássaro, que acabou trazendo, os procedimentos técnicos inadequados realizados nesta unidade.
Somente após a auditoria ambiental realizado a pedido da CYANAMID, que os fatos apareceram, demonstrando, a total ineficiência dos organismo de fiscalização, Por Tratar de uma FÁBRICA DE VENENO, pesticidas feitos para matar vidas biologicamente nocivas ao meio agrícola, mas que não se tinha dúvida que poderiam atingir as espécimes biologicamente úteis, inclusive seres humanos, se mal acondicionados, mal manipulados, mal guardados. Expondo, com dano à saúde da população vizinha, bem como destruindo aquele paraíso ecológico preservado até a sua chegada. Importante ter em conta que a simples presença da atividade industrial da requerida próxima a um bairro residencial foi suficiente para contaminar os trabalhadores, moradores do local e meio ambiente natural. Aliás, causa estranheza o fato da empresa Shell em 1995, ter fornecido água potável aos moradores (só para 5 chácaras) do Recanto dos Pássaros, alegando que as cacimbas dessas chácaras estavam contaminadas por bactérias e coliformes, as quais não tem qualquer correlação com seu processo industrial.
Fato notório é que em se tratando de contaminação por bactérias e coliformes, basta adicionar cloro que os contaminantes, perderão sua característica de intoxicação.
Da história nos E.U.A
Dos documentos extraídos da Internet e sínteses das traduções a Shell Chemical Company, manufaturava agentes tóxicos, denominados de pesticidas, entre eles Aldrim Dieldrim e Endrim, nos Estados Unidos as América, possuindo, inclusive registro de tais produtos na ENVIRONMENTAL DEFENSE , e F.A .O, durante os anos 1970 com a finalidade de controlar as pragas que atacavam as plantações de milho, entre outras.
Ocorre, entretanto, esses registros foram cassados em 1975, e as razões para referido ato e o banimento da mesma do solo americano, no que tange a produção e comercialização de referidos pesticidas .(documentação extraída do documento volume 6 – maio de 1075- Sob o título “COURT UPHOLDS ALDRIN DIELDRIN BAN, que em síntese afirma”....Em abril, a Corte de Apelação do Distrito de Colúmbia, confirmou o fim da produção destes pesticidas, esta Corte também ordenou a Agência de Proteção Ambiental para levar em consideração a requisição da Agência de Defesa do Meio Ambiente de não extender a venda e o uso dos estoques existentes destes pesticidas, e como resultado da decisão dessa Corte, a COMPANHIA SHELL produtora destes pesticidas, decidiu descontinuar a produção e venda para uso nos Estados Unidos. Quimicamente relacionado ao DDT , ALDRIN e DIELDRIN são ameaças carcerígeneas ao homem, porque eles causam câncer a animais de laboratório.Desde 1970, a agência de Defesa Ambiental visa o total banimento destes pesticidas que são,entre outros os mais perigosos químicos para o meio ambiente. A Corte concluiu que havia evidências substanciais plenamente suficientes para dar suporte a ordem de suspensão pela Agência de Proteção Ambiental.Em um tempo que o Instituto Nacional do Câncer estima que 60 a 90% dos cânceres humanos provem de causas ambientais, os Promotores Willian Butler e Jacqueline Warring, da Agência de Defesa, acreditam que os fatos mencionados são um grande passo no sentido de prevenir que os cidadãos sejam usados como animais de laboratório e o meio ambiente como se fosse um grande laboratório industrial.
Da História no Brasil
Como acima descrito, após o impedimento legal para a produção dos referidos produtos nos Estados Unidos da América,veja se bem fato ocorrido há mais de 30 anos, iniciado pela Agência Americana de Proteção ao Meio Ambiente, referida companhia, agora SHELL QUIMICA DO BRASIL, instala-se, ante ao resultados americanos e prevendo uma situação delicada , em 1972, na cidade de Paulínia,Estado de São Paulo, para fabricar os mesmos produtos que foram completamente banidos do em todo o solo norte americano, possivelmente, para não deixar de auferir os lucros decorrentes da sua produção, independentemente, ainda dos comprovados riscos à saúde, como exaustivamente examinado e constatado pelas Organismos de Proteção e do Meio Ambiente dos Estados Unidos, notadamente o “câncer”.
Entretanto, a despeito da legislação brasileira, à época ter possibilitado a produção de referidos pesticidas no Brasil por desconhecer evidentemente os riscos de tal atividade, a Shell Química do Brasil, já devidamente alertada para o procediomento que deveria ser adotada com os produtos, de forma preventiva, deles se descuidou, em todas as suas órbitas, possibilitando, nessa década, uma contaminação sem precedentes nesta região.
Auditoria realizada pela empresa norte americana ENVIROMENTAL RESOURCES MANAGEMENT INC .
Constatou a contaminação por organo clorados, solventes metais pesados de uma área do solo e do lençol freático.
Imperioso mencionar que a população vizinha utilizava para todas necessidades água vindas de poços cacimbas rasas, não contando o local com água encanada
Outro fator importante e que a população já estava instalada no local quando da instalação da empresa.
Dentre os problemas encontrados resalta-se:
A-) Área com 4 aterros sendo que somente um com engenhari os outros eram compostos por valas, que recebiam as cinzas do incinerador.
B-) Estação de Tratamento Biológico não estava preparado para receber as substancias e funcionava 150% da sua capacidade.
A unidade descarrega no emissário principal o rio Atibaia. Este rio é de classe II na classificação brasileira, e não é usado para fornecimento de água potável.
OBS:Erro lamentável pois este rio abastece outras cidades.
C-) Áreas recomendando a remoção de solo.
Área de formulação e do incinerador
ROTA DE FUGA
A empresa tinha procedimento para todos trabalhadores e aos que visitassem a mesma, Plano de fuga; em situação contraria encontravam os moradores que moravam metros da empresa que sequer desconfiavam da situação de perigo a que estavam exposto, fato e que na Ocasião da visita ao site pela comissão de meio ambiente dos deputados, convidaram os representantes da comunidade, estes indagando aos representantes da proximidade das propriedades da empresa ,tiveram Aula de procedimentos técnicos incluindo sirene apontando a imediata rota de fuga , os representantes da comunidade ficaram perplexos ao ver o perigo, a que estiveram exposto durante anos, pela proximidade das residências, onde encontravam-se homens, mulheres e crianças, os irresponsáveis pela empresa, certificados da total falta de responsabilidade, convocaram, muito embora tardiamente, considerando o tempo que a mesma atuava no local , convocou a comunidade para receber,aula de rota de fuga, pois os mesmos não haviam incluído os moradores no plano, os mesmos estavam situados entre o rio Atibaia e a Empresa, tendo como agravante possuir única entrada e saída, situação apontada pelos peritos em Segurança de Sinistros.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

 

...PEDIDOS....

Se quiserem ler as outras cartas que mandei para o Deputado Zica e o pedido que mandei para Cetesb, é só clicar no mês de março e procurar o dia 24.




Paulínia, 08 de novembro de 2005.

Prezado Deputado Zica.

É necessário saber dentro de qual padrão de segurança foi feito o desmonte , retirada e qual o destino dos equipamentos e instalações (sucata) da fábrica SHELL/CYANAMID/BASF, no bairro Recanto dos Pássaros (antigo Poço Fundo) em Paulínia SP. Com a supervisão e autorização de que órgão ou autoridade pública competente foram feitos os trabalhos de desmonte e remoção? Tem documentação?
(Obs.: -Segundo “Sonia Couto”, uma das proprietárias do “Comércio de Sucatas do Chico”, um dos sucateiros mais conhecidos de Paulínia, foram chamados vários sucateiros, mas nenhum foi avisado do risco de contaminação e esse material (sucata) recolhido na Shell/Cyanamid/Basf foi comercializado como qualquer outra sucata que compram.
Igualmente importante é saber qual o destino dos entulhos resultantes da demolição das casas do bairro. Para onde foram levados telhas, madeiramento, pisos encanamentos, tijolos e outros? Oportuno seria termos o conhecimento do que foi feito e qual foi o destino das árvores cortadas nos lotes 19 (dezenove) e 20 (vinte); umas rachadas para lenha, estocadas no lote 22 (vinte e dois) e que há meses foram retiradas? É de interesse, também, saber o que está sendo feito, específico e concretamente, para a remediação do solo e lençol freático de toda área contaminada e interditada.
Acreditando na transparência, lealdade e boa vontade de todos, gostaria de receber das partes envolvidas e responsáveis pela recuperação, o laudo oficial e todos os resultados das análises de solo e água que vem sendo feitos no local desde 1994/95, em especial os do local 18 (dezoito) de minha propriedade, onde vivi por mais de trinta anos e onde nasceram e foram criados os meus filhos.
Um dado importante para termos noção da responsabilidade e do respeito ao próximo das autoridades locais e de todos os envolvidos no Caso Shell Paulínia, seria o esclarecimento do que foi feito com os animais: gado de corte que era criado, por funcionário, no terreno da fábrica e os de corte e leiteiro, galinhas e patos que eram criados, no bairro, pelos moradores. Qual a conclusão que se chegou e quais cuidados devem ser tomados com o gado leiteiro que não foi adquirido pela Shell. Qual a responsabilidade da Shell para com esses animais perante sua proprietária (eu)?
Acho necessário esclarecer, também, que a casa do local 19* (dezenove), hoje demolida, da onde foram retirados materiais (telhas, reboco e etc.) para análise, tinha sido reformada, desde o piso até o telhado, mais ou menos 1(um) ano antes de ser vendida para a Shell, o que invalida uma avaliação da contaminação baseada na análise desse material.
Caso essa minha observação seja levada em consideração e a intenção seja, realmente, saber a verdade, ofereço e peço que façam análise do material, a ser colhido, na minha propriedade que foi uma das primeiras, senão a primeira a ser construída no bairro e permanece, até hoje, com o telhado, madeiramento e revestimento externo originais, o que esclareceria, realmente, se quiserem saber a realidade do que se passou no bairro e a proporção da contaminação, que poderia ser esclarecida com mais fidelidade.
Grata. CIOMARA DE JESUS RODRIGUES
*(O local 19 foi reformado em 2000/2001 e os incineradores da Industria em questão foram desativados, pela Cetesb, em 1992).
____________________________________________________________
Em conseqüencia da 1ª carta que mandei para o Zica, (essa acima é a 2ª e tem uma 3ª, que também estão postadas no dia 24/03/06.) foi feita uma reunião/audiência, aqui em Paulínia, onde compareceu um monte de gente, a Prefeitura NÃO CEDEU LOCAL, então, conseguiram o salão da Igreja onde foi feita a reunião. Compareceram, além do Zica outos deputados de outros partidos, representantes da Cetesb de SP(um japonês que quase apanhou), representantes da Shell, Prefeitura, Secretaria da Saúde, Sindicatos dos Químicos, ex-moradores e antigos moradores, EU(!!!!) e etc..
Tenho a ATA dessa reunião, vou ver se pode pôr no blog.
... mas o que eu queria dizer realmente, é que tem uma coisa, que pedi nessa carta, que vai ser atendida, mas não pelos deputados e etc. e sim tcham, tcham, tchamtcham!!!!!!.....
...não posso dizer ainda, nem o que e nem por quem, mas vai ser feito uma coisa que vai ajudar muuuuuuuito no esclareciemnto de muuuuuuuuuuuita coisa.
"Tô" feliz!!!
Não se esqueçam nunca:- Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura!!!!
....e saibam, sempre, que:- A vida é para quem topa tudo e não para quem pára na menor topada!!!!

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

 

NAOMI KLEIN

Essas "declarações" abaixo (NOSSA LUTA) eu copiei de um site, que, não sei porque, "saiu" (?) da Internet, mas é tudo verdade. Eu tenho esse documento do Lancaster e vi também o do Adolfo Lutz.
E esse, que dizem, ser o Vice-Presidente da área química, esteve na minha casa/chácara para pedir o endereço do Olavo Batista de Oliveira, amigo de longa data, falecido algum tempo antes, vítima de choque elétrico no chuveiro da Chácara dele, a Chácara Sto. Antonio Claret, a lote nº 24, (numeração da Shell) hoje demolida.
Acho que ESSE VICE PRESIDENTE DA ÁREA QUIMICA DA SHELL, não falou nome dele e se falou esqueci, porém se o ver, eu o reconheço e não esqueci o que ele me falou para justificar estar querendo o endereço, de Campinas, do Olavo. Disse que ficou sabendo que Olavo tinha morrido vítima de choque elétrico e que eles (da SHELL) tinham tomado conhecimento disso e estavam pretendendo oferecer um "curso sobre como lidar com eletricidade e etc...."
Acho que ele não contava com o fato de eu continuar mantendo contato com a família do Olavo e, dias depois, a viúva do Olavo, a Odete, me procurou e contou o que eles queriam e o que aconteceu. Eles queriam "fornecer água" para a chácara, fariam toda instalação, encanamentos, aterrariam os poços e etc.. A Odete aceitou, só que queriam que ela assinasse não sei o que e... parece que ela não quis assinar sem a filha dela ler.
Marcaram para a filha dela ir num escritório em Campinas e lá o bicho pegou, ela, Érica, foi intimidada e outras coisas mais, que não quero falar sem antes conversar diritinho com ela, eles acharam que estavam lidando com alguma "bocó" (mas ela é psicóloga), ela não se deixou intimidar e "peitou" os caras, exigiu explicações e não assinou o que eles queriam que assinassem. Era um documento onde dizia que eram eles, que estavam pedindo água para a Shell e não a Shell oferecendo.
ETC. ETC. ETC.
VOU VER SE ELA ME AUTORIZA CONTAR TUDO, OU SE ELA MESMO ESCREVE PARA MIM, PARA EU PUBLICAR NO BLOG.
NOSSA LUTA


Nossa luta iniciou-se em 1995, quando a empresa, procurou os moradores na pessoa do Vice Presidente da área Química, oferecendo água a seis propriedades, fato que colocou a comunidade preocupada, tendo em vista o deslocamento do Vice Presidente da empresa Shell Química, para tratar pessoalmente do caso.
Os moradores passaram a desconfiar e a associar os inúmeros problemas de saúde ocorridos no local, com aquele fornecimento de água, sendo certo que o único meio disponível no local era água de poços cacimbas.
A comunidade tomou conhecimento que havia no Ministério Público, procedimento de Termo de Ajustamento de Conduta.
Compareceu a Curadoria de Meio Ambiente, onde após petição extraiu cópia do inquérito pertinente ao caso, ocorre que tudo ali parecia aos moradores um monstro sem dono, pois os termos técnicos constantes não eram familiares aos peticionários, neste momento foi contratado empresa ambiental, que após longa analise dos documentos percebeu que o que estava relatado, não representava a verdade dos fatos, colocando neste ato em 27/04/99, elaboração de quesitos que com a resposta da empresa ficou claro a procrastinação de seus atos.
Dentre os absurdos do caso salienta-se que a empresa colocou no inquérito documento de analise dos poços das casas em questão, analises estas feitas pelo laboratório Norte Americano Lancaster, não obstante que ao fornecer água aos moradores não mencionou a existência deste exame, dando aos moradores exame do Instituto Adolfo Lutz, o qual apresentava presença de coliformes fecais na água, fato este sem relevância, considerando que ao adicionar cloro os compostos desaparecem, diferente dos contaminantes presentes no local, por possuírem substancias tóxicas bio acumulativas representando grande risco a saúde humana.
Quando a comunidade passou a se utilizar do referido documento a empresa consegue, nota-se em 2001, ou seja seis anos após pois as analises são datadas de 1995,
Um documento da empresa que realizou as analises o laboratório Lancaster, relatando que as amostras estavam fora dos padrões técnicos, resaltando que o procedimento nestes casos seria a realização da contra prova, o que não aconteceu
Denota-se, pela explanação, o quanto vale a vida daqueles moradores que consumiam água do local, pelo principio da precaução todos deveriam ter saído em 1995, após confirmação dos fatos, na época não entendia, mas depois de ler o livro da escritora Naomi Klein passei a entender, transcrevo abaixo matéria extraída do livro.

SEM LOGO, da escritora Naomi Klein 2º edição, folhas 411, onde narra no segundo parágrafo:
“Desde a década de 1950, a Shell Nigéria extraiu o equivalente a US$ 30 bilhões de petróleo das terras do povo ongonio, no delta do Niger.
A receita do petróleo representa mais de 80 por cento da economia nigeriana- US$ 10 bilhões anualmente e , desta mais da metade provém da Shell. Mas só o povo ongoni tem sido privado dos lucros de seu rico recurso natural, muitos ainda vivem sem água encanada ou eletricidade.

Como sua terra e sua água têm sido envenenadas por oleodutos, vazamentos e queima de gás. Sob a liderança do escritor e indicado ao prêmio Nobel Ken Saro-Wiwa, o Movimento pela Sobrevivência do Povo Ongoni (MOSOP) lutou por reformas e exigiu compensações da Shell.
Em resposta, e para manter os lucros do petróleo fluindo para os cofres do governo, o genreral Sani Abacha mandou militares nigerianos mirar nos ongonis.
Eles mataram e torturaram milhares de pessoas.
Os Ongonis não só culparam Abacha pelos ataques, também acusaram a Shell de tratar as forças armadas nigerianas.Como polícia particular, pagando-as para sufocar protestos pacíficos na terra ongoni, além de dar apoio financeiro e legitimidade ao regime de Abacha.
Das inúmeras reportagens entorno do tema em pauta destaca-se o Editorial do Jornal O Estado de São Paulo de segunda feira 16 de abril de 2001 com o titulo “Marca de subdesenvolvimento”, onde narra .
“Casos de contaminação tóxica existem desde que existe o mundo industrial.

São os cuidados com seu controle e as providências para proteger as pessoas de seus efeitos nocivos que definem o grau de civilização de uma sociedade.
A este respeito pode-se afirmar que todas as circunstâncias em torno da contaminação da área próxima da fábrica de agrotóxicos da Shell, em Paulínia, refletem as marcas do sub desenvolvimento.
Fosse na Suécia, na Suíça, na Inglaterra ou no Canadá, será que uma contaminação descoberta há mais de sete anos continuaria produzindo seus efeitos na população?
Tendo merecido da empresa multinacional que lhe deu causa, tanto quanto das entidades púplicas encarregadas do meio ambiente ,(ou da saúde pública), soluções no Máximo paliativas- e assim mesmo tomadas com extrema morosidade, como se para ninguém houvesse qualquer presa resolver o problema ?”.

___________________________________________FIM_____________

...pois é... e eu que sou tudo, que esses advs. dela dizem e propagampor aí.
...não nego, porém, que tem muita gente se agarrando ao acontecido para tirar proveito da situação e sabe que por vezes acho que a Shell até protege essas pessoas?!

DÁ PARA ENTENDER O JOGO DELA.
ciomara

domingo, 24 de setembro de 2006

 

É isso aí.


porta-lápis que fiz, aqui no hotel, com latinhas de Red bull

Oi!

Eu estava assistindo o FANTÁSTICO e vi a história daqueles senhores, que ganharam a causa daquele caso da LOTERIA ESPORTIVA. Eles esperaram 30 anos, mas foi feita a Justiça!
Um deles falou, com estas palavras a seguir:- VOCÊ ESTANDO COM A RAZÃO, VOCÊ TEM QUE ENTRAR NA JUSTIÇA.
Ouvir isso me deu uma força terrível, imensa.
Me devolveu a vontade de lutar, que estava me abandonando covarde e sorrateiramente.
Até proposta irrecusável eu fiz para a Shell!!!
Eu estava, devagarinho, cedendo à pressão que fazem para nos esmagar.
... mas depois de ouvir aquele senhor falar o que falou, eu resolvi pegar as armas novamente.
Com relação a proposta que fiz para a Shell, só concordarei se ela for aceita na íntegra. O E...., intermediário, falou que poderia haver uma contra proposta, mas não aceitarei se não for exatamente o que propus.
Sei que estou no meu direito, sei que tenho razão, sei que estava quieta no meu canto e a Shell veio e destruiu tudo.
Sei, também, que para os advogados, da parte mais fraca (a minha), é interessante que a causa termine logo, um acordo é mais rápido e todos recebem logo e sem fazer muito esforço.
To pra achar um advogado que queira enfrentar a Shell no pau a pau. Todos "aconselham" um acordo, um entendimento extra judicial, que é mais rápido e menos penoso para todos e blá, blá, blá... etc. etc., etc.....
Sei que é (meia)verdade isso que eles dizem, sei que não tenho tempo suficiente de vida para esperar por uma decisão na Justiça, já to com 60, e um caso desses pode levar mais de 20 anos, PORÉM eu não tenho tempo, MAS meus filhos e netos tem!!!!
Meu pai não formou um pomar inteiro para deixar para filhos e netos colherem os frutos que ele plantou?
Meu pai não comprou a chácara e construiu a casa para seus filhos e netos usufruirem?
Então, eu também posso lutar pela Justiça, que mereço e hei de ter e deixar para meus filhos e netos colherem, não é verdade?
... ou será que é justo eu deixar que a Shell tome tudo que meu pai construiu e me deu?
ou será que é justo eu deixar ela destruir meus sonhos, minha vida, meu trabalho e minha famíla e sair livre de tudo, sem pagar pelo crime que cometeu, contra a Vida e contra o Meio Ambiente?
... só tenho que dar um jeito de fazer essa permanência no hotel ser menos sofrida para meus filhos e para mim.
...penso na minha mãe, também...

 

???????????

... meu artesanato, fiz essa bolsinha aqui no hotel, ela é "pequinininha" o couro já é tingido e a tinta do desenho, não é tóxica, dá para fazer num quarto de hotel...
...esse é o meu artesanato...


...esse é meu boi, "comendo" a minha mão...


...essa é a Gatolina, minha gatinha...


Olá crianças!!!!

Estive pensando e resolvi, que não vou mais colocar antigas reportagens do Caso Shell aqui no Blog, não. Eu queria fazer isso para não deixar o caso cair, mais e por completo, no esquecimento, mas acho besteira, não vai adiantar nadica de nada.
Sabe o que me revolta? - É o fato de que depois de termos passado por tudo que passamos (pelas reportagens da época vcs. podem ter uma noção mínima), depois de terem tirado o nosso lar, dividido e massacrado nossa família e existência; tirado nossa condição de trabalho, acabado com nossa saúde, concretamente a emocional, deixando em suspenso qualquer resposta positiva ou negativa de termos sido afetados, ou não, físicamente pela contaminação, estamos no total esquecimento e abandono pelas "autoridades municipais competentes (hahahaha)", que, na época, propuseram se responsabilizar pelo crime que a SHELL cometeu, e
até hoje, ninguém, siquer, nos "deu alta"!
Em janeiro de 2005 fizemos uns exames de sangue, mineralograma, (pela Prefeitura) e até hoje nínguem foi chamado para receber o resultado e para consulta médica para esclarecimento!
...depois de toda essa palhaçada A PALHAÇADA CONTINUA!
- A SHELL CONTINUA IMPUNE!!!!! ESTÁ "REMEDIANDO" A ÁREA, COM UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (PRA INGLÊS VER, pois só "vai remediar" e nunca sanar).
- A Shell comprou as propriedades de todos que queriam vender e de quem já queria vender antes de saber da contaminação, pois estavam falidos e as que não comprou ainda é porque umas estão "penhoradas", outras em inventário, outras porque convém e é bem mais interessante ficar como está, e, a minha, que nunca esteve a venda, e, que, apesar de eu ter feito uma proposta irrecusável, pois não agüento mais viver em hotel, não vou dar de mão beijada para a Shell, não.

Pra eu ter, de novo, o pomar que tenho na minha chácara, se eu não comprar outra com pomar, eu terei que esperar, no mínimo, 30 anos e, creio, não tenho mais todo esse tempo de vida, hoje tenho 60 anos, será que chego nos 90 e sem CÂNCER!!!!??????
Mas a Shell não quer me comprar uma chácara do tamanho da minha e com o, quase, mesmo pomar, porque "é caro"! Só a minha não tem valor!
Eles, Shell e "otoridades" municipais "competentes", evacuaram e sentaram em cima de mim, de tudo que É meu (doce ilusão), querem sair de fininho e ainda se fazendo de vítimas!!!

Ah! se eu "tivesse a força"!! (eles fariam eu virar vagalume, hihihihihi) ...se correr o bicho pega, se ficar o bicho come...

Na proposta, que fiz, pedi o direito de entrar Judialmente com ações por danos, que eu julgar sofridos e com fundamentos, isso porque na última proposta que ela me fez, ela quer que eu abra mão de tudo, tudo e mais tudo, e ofereceu uma soma em dinheiro, que não dá para comprar outra propriedade "assemelhada à minha e do meu interesse" como a Juíza MANDOU. ESSA PROPOSTA vcs. podem ver, se já não viram, no que anexei no dia 19 de Agosto nesse Blog (se não viram, clic em agosto, procurem o dia 19, e verão).
Tenho outros motivos para NÃO QUERER VENDER A CHÁCARA, MAS NÃO POSSO FALAR.
.... bom, mas e pois é...

Acho que paro por aqui... estou meio confusa para me explicar hoje.
bjs.
ciomara

sábado, 23 de setembro de 2006

 

túnel do tempo ll

ETA DA SHELL NO BAIRRO RECANTO DOS PÁSSAROS
WWW.TODODIA.COM.BR



RECANTO DOS PÁSSAROS

Padovani pedirá interdição da área
Jorge Palma - Paulínia 04/04/2001

O secretário do Meio Ambiente de Paulínia, Henrique Padovani, e o advogado Jamir Menalli, do Sindicato dos Servidores de Paulínia, anunciaram ontem que vão entrar com uma ação cautelar na Justiça pedindo a interdição da área do Recanto dos Pássaros, contaminada por produtos químicos. Eles querem que todo o ônus com a remoção dos moradores recaiam sob a Shell, já que, segundo afirmou o advogado, “a empresa é ré confessa neste crime de poluição”. Eles fizeram a declaração em frente ao Fórum, que viveu um dia tenso ontem.
Pela manhã, o promotor público Gilberto Porto Camargo passou a ouvir o depoimento do ex-trabalhador da Shell Antonio Marcos Rasteiro, que foi acompanhado do advogado Waldir Tolentino de Freitas. Segundo o advogado, o trabalhador fez sérias denúncias, até que o promotor foi informado sobre uma reportagem publicada na imprensa.
A reportagem que questionava o Ministério Público sobre um apenso dos autos do inquérito, que há mais de sete anos, já mostrava relatório de poluição na área.
Segundo Freitas, o promotor ficou irritado e disse que estava declarando o sigilo dos autos, pedindo que ele se retirasse. O advogado disse que sairia se outro advogado fosse nomeado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para acompanhar o trabalhador. Então o promotor teria dito que outro advogado não entraria na sala e nem a “porcaria da OAB”. Isto provocou até a ida do presidente da subsecão OAB de Campinas, Djalma Lacerda, ao Fórum de Paulínia. Posteriormente, ele disse que “a ofensa contra a OAB não foi confirmada”. Mas Freitas insistiu que houve e que o promotor se desculpou por sua expressão, num momento de irritação. O promotor decretou sigilo nos autos em benefício dos moradores e convidou a todos para uma audiência pública hoje, às 17h, na Câmara.
Camargo não se manifestou sobre a polêmica com a OAB.

4 pessoas com metais
Mais quatro exames particulares constatando a presença de metais pesados em quatro moradores do Recanto dos Pássaros foram anexados ontem ao inquérito policial aberto pela Polícia Civil para apurar a contaminação do solo e do lençol freático da área pela Shell. O delegado Tadeu Aparecido Brito de Almeira ouviu o depoimento dos moradores e recebeu os exames feitos em uma senhora e em três crianças. Mais quatro moradores e o secretário do Meio Ambiente, Henrique Padovani, vão depor hoje.
Os moradores registraram boletim de ocorrência pedindo novas investigações sobre possível responsabilidade da Shell na contaminação por metais pesados. Na semana passada, foram anexados os exames de outras duas crianças com o mesmo problema.
A moradora Alda de Brito Kopper apresentou um exame no qual consta a presença em seu corpo de metais pesados como chumbo, berílio, titânio, alumínio, arsênico e níquel. Também foram anexados os exames de W.A.P.,8, com alumínio e chumbo, e dos irmãos S.R.N.,12, e A.N.N., 8, que apresentavam níveis de 4 a 6 metais pesados cada um acima dos limites considerados normais para o organismo.
O pai de uma das crianças informou ao delegado que seu filho apresentava taxas acima do normal de alumínio e chumbo, que seriam os responsáveis por suas convulsões periódicas. O advogado das famílias, Waldir Tolentino de Freitas, informou que todos os exames serão anexados ao processo. (Claudete Campos)



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SHELL

Macris pede regime de urgência para a criação da CPI

Claudete Campos
Paulínia 12/04/2001

O deputado estadual Vanderlei Macris (PSDB) propôs a aprovação em regime de urgência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias de contaminação provocada pela Shell Química do Brasil em Paulínia.
O pedido da CPI foi feito pelo deputado Rodolfo Costa e Silva (PSDB). A proposta foi apresentada durante a audiência pública realizada na Assembléia Legislativa entre a Comissão de Meio Ambiente e representantes da Shell, Basf e o prefeito Edson Moura (PMDB), ontem à tarde.
A vice-presidente da Divisão Química da Shell na América Latina, Maria Lúcia Braz Pinheiro, também participou da audiência.

Na reunião do colégio de líderes de bancadas na Assembléia na terça-feira, 17, Macris e o deputado estadual Antonio Mentor (PT) pedirão a urgência na constituição da “CPI da Shell”.
O deputado estadual Wagner Lino (PT), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, informou que a comissão pretende providenciar exames para verificar a contaminação da produção agrícola e nos animais e o comprometimento do solo.
Os deputados da Comissão de Meio Ambiente vão visitar a área da empresa visando verificar a localização de quatro valas onde foram depositados produtos químicos. A comissão pedirá exames médicos feitos nos funcionários da empresa e os relatórios da Cipa.
O prefeito de Paulínia, Edson Moura (PMDB), garantiu que a administração realizará exames de sangue na população para verificar a contaminação, a partir de segunda-feira.
O deputado federal Luciano Zica (PT) informou que vai propor a formação de uma subcomissão na Comissão do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados para ir até Paulínia e promover um amplo debate sobre todos os problemas da bacia do Rio Atibaia.
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"Tô" ESPERANDO

CIOMARA
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Shell insiste em examinar os moradores


Nova proposta foi apresentada ao prefeito Moura anteontem

Claudete Campos -
Paulínia 25/04/2001

A Divisão Química da Shell do Brasil S.A. está insistindo em sua proposta de participar dos exames laboratoriais feitos nos moradores do Recanto dos Pássaros, em Paulínia, através de um procedimento técnico mais completo, com participação dos laboratórios Adolfo Lutz, para investigação dos drins, e Fleury, dos metais pesados, e em arcar com os custos da avaliação.
A proposta foi apresentada pela vice-presidente da Shell do Brasil/S.A. Divisão Química, Maria Lúcia Braz Pinheiro, em carta enviada anteontem ao prefeito de Paulínia, Edson Moura (PMDB).
A empresa concorda em incluir na análise o impacto de metais pesados nas pessoas da comunidade - apesar de não terem sido objetos da atividade industrial da empresa em Paulínia - e ainda pediu o detalhamento do plano de avaliação de saúde adotado.
A empresa enviou cópias da carta à Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental) e à Promotoria Pública.
O prefeito ainda não se manifestou. Os exames estão sendo feitos pelo Ciatox (Centro de Assistência Toxicológica) da Unesp (Universidade Estadual Paulista), de Botucatu, com apoio da Vigilância à Saúde.
Leonor Velardi, integrante da Associação dos Moradores, informou que eles mostram confiança no trabalho dos médicos e estão tranqüilos em relação aos exames realizados. A preocupação é como vão continuar morando na área contaminada se estiverem com problemas de saúde.
Leonor questionou por que a empresa não paga os exames a serem feitos no laboratório da Unesp. “Além de contaminar, ainda quer exigir”, criticou a moradora.
Os exames estão sendo realizados normalmente no Centro de Saúde do Centro. Como os moradores têm muitas queixas para apresentar aos médicos durante a consulta, o número de atendimentos vai ser reduzido para oito por dia, informou a médica Cláudia Guerreiro.
A consulta está demorando 1h30 por paciente.
A médica da Vigilância à Saúde Maria Rosa Bonelá informou que no primeiro processo é feita a coleta de sangue, realizada das 7h30 às 9h. No segundo, os moradores respondem a um questionário com dados epidemiológicos, sobre suas vidas, e, em terceiro passam pela consulta médica detalhada.
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WWW.TODODIA.COM.BR

27/04/2001

SHELL

Claudete Campos - Paulínia

Moura disse que hoje será resolvido o problema do afastamento do Ciatox (Centro de Assistência Toxicológica) da Unesp (Universidade Estadual Paulista), de Botucatu, que não deve mais realizar os exames nos moradores do bairro Recanto dos Pássaros.

Uma comissão de deputados estaduais estará hoje em Paulínia para visitar o acampamento montado pelos moradores na frente da antiga unidade da Shell Química do Brasil, percorrer as chácaras e a área interna da Basf e Kraton (onde funcionava a antiga fábrica).

Os moradores comunicarão aos deputados os problemas que estão tendo para realizar os exames de sangue e pedirão que se empenhem na abertura de uma CPI para apurar o caso.

A Shell informou que os 50 primeiros moradores do Recanto dos Pássaros farão hoje e amanhã a coleta de sangue para realização de exames nos laboratórios Adolfo Lutz (para verificar a presença de metais pesados e produtos como arsênico, alumínio, cádmio, chumbo, cromo, manganês, vanadio e ferro) e Fleury (que investigará sobre presença de drins). Os primeiros resultados dos exames sairão em 30 dias.

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o CIATOX não foi "afastado"

a SHELL NÃO PAGOU PRA NINGUÉM FAZER EXAMES NO Adolfo Lutz.

Pela Shell só foram feitos exames no Fleury.

a Prefeitura fez pelo Ciatox.

os resultados dos exames feitos pela Shell ficaram prontos no prazo prometido.

os da Prefeitura levaram quase um ano para ser entregue.

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vou procurar mais reportagens da época em Jornais do interior e colocar aqui, os Jornais de "GRANDE TIRAGEM", DEPENDEM DAS MULTINACIONAIS, QUE SÃO SUAS PATROCINADORAS EM POTENCIAL E NÃO PODEM DEIXAR ESSAS REPORTAGENS À DISPOSIÇÃO DO LEITOR/PESQUISADOR PARA ESCLARECIMENTO, NESSES CASOS ELES PRIMAM PELO ESQUECIMENTO, MAS...

ATÉ.

TO CUM SONO.

CIOMARA


 

túnel do tempo l



CISP - Centro Industrial Shell Paulínia
(Av. Roberto Simonsen, KM 3 - Recanto dos Pássaros)
* Classificação - avaliada com proposta de remediação.
Contaminantes - fenóis clorados, pesticidas organoclorados, solventes halogenados.
Ações imediatas - barreiras físicas ou hidraúlicas, isolamento da área, monitoramento ambiental, prevenção do consumo de águas, prevenção do consumo de alimentos, remoção de resíduo/solo, tratamento de líquidos contaminados.
Processo de remediação - barreira hidraúlica, remoção do solo contaminado.
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Essa " publicação" foi feita pelo Estadão, em ZONA DE RISCO.
Estou numa de nostalgia!!!!
...só trazendo o passado para avivar a memória de quem se interessar....


Matérias Relacionadas ao caso Shell

20/02/2002 » Moradores de Recanto dos Pássaros serão removidos
03/12/2002 » Basf encerrará atividades em Paulínia
06/09/2002 » CRM abre processo contra consultor da Shell
23/05/2002 » Ex-trabalhadores da Shell protestam em simpósio
08/03/2002 » Empresa terá de tirar morador de área em Paulínia
04/01/2002 » Empresa fecha compra de áreas contaminadas
22/12/2001 » Em Paulínia, famílias serão retiradas do Recanto dos Pássaros em um mês
15/12/2001 » Funcionários da Basf passam por exames médicos
20/11/2001 » Moradores de área contaminada em Paulínia iniciam tratamento
11/11/2001 » Shell compra casas em área contaminada
07/11/2001 » Promotoria quer que Shell admita poluição
09/10/2001 » Vigilância admite falha no caso Paulínia
26/09/2001 » Laudo aponta contaminação
04/09/2001 » Moradores do Recanto dos Pássaros farão novos exames
30/08/2001 » Paulínia: Shell nega contaminação e quer comprar o terreno
04/09/2001 » Contaminação 'sitiou' chácaras em Paulínia
29/08/2001 » Shell vai processar médicos e prefeito de Paulínia
25/08/2001 » Shell contesta laudo da prefeitura de Paulínia
24/08/2001 » Paulínia tem gente com chumbo, arsênico, BHC e DDT no corpo » Shell contesta laudo da prefeitura de Paulínia
23/08/2001 » Laudo comprova contaminação dos moradores de Paulínia
21/08/2001 » Moradores de área contaminada devem ser removidos
20/08/2001 » Laudo pede retirada de moradores de área contaminada
03/08/2001 » Shell nega ter sido indiciada por crime ambiental
02/08/2001 » Paulínia pode tirar Shell do "índice ético" de Londres
04/07/2001 » Comerciante vai à Justiça contra a Shell
27/04/2001 » Shell começa a coletar material em Paulínia
12/04/2001 » Shell e Cetesb admitem falha no caso Paulínia
04/04/2001 » Contaminação em Paulínia pode ser maior
17/02/2001 » Fábrica da Shell poluiu água da região de Paulínia

Mapa Direito de Saber Danos e riscos Medidas Fórum de denúncias Equipe

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tem tudo isso, acima, na internet, só que vc. clica nos links e não mostram nada. Tiraram tudo, quem será que fez isso, hein????
É no Estadão.


 

OMISSÃO PERIGOSA


REVISTA ÉPOCA
23 DE ABRIL DE 2001
Omissão perigosa


A Shell e os poderes públicos negligenciaram a contaminação em Paulínia, conhecida desde 1995, que virou risco à saúde no interior paulista

A autodenúncia feita pela Shell Química ao Ministério Público paulista em 1995, em que admitiu a responsabilidade na contaminação do lençol freático e do terreno onde estava instalada em Paulínia, em São Paulo, por substâncias pesticidas, tornou-se uma valiosa peça de defesa da multinacional anglo-holandesa.
Para os moradores do condomínio Recanto dos Pássaros, vizinhos da fábrica, porém, a postura da empresa não trouxe resultados práticos. Até hoje não se submeteram aos exames médicos capazes de apontar se contraíram ou não doenças causadas pelo contato com a droga. Não sabem se, assim como a água do subsolo e as terras onde assentaram casas, estão contaminados por drins (matéria-prima química produzida pela Shell para inseticidas). “Infelizmente, isso é bastante provável”, diz Igor Vassilieff, toxicologista da Universidade Estadual Paulista.
Os drins se alastraram e podem ter chegado ao Rio Atibaia, que banha o loteamento e garante o abastecimento de duas grandes cidades do interior paulista – Piracicaba, de 328 mil habitantes, e Americana, de 182 mil. No Recanto dos Pássaros, os moradores estão proibidos de beber água dos poços e consumir hortaliças, carne, leite e ovos de plantações e criações domésticas. Apesar das privações, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) garante que não há necessidade de remoção das famílias.
Os erros e as omissões da multinacional e do poder público começaram em 1973, quando a Shell Química se instalou na região, distante apenas 15 metros das chácaras. Produzia venenos contra formigas e cupins à base de drins.
“Aquele local é impróprio para qualquer tipo de empresa, quanto mais para uma de produtos químicos pesados”, admite o secretário de Defesa do Meio Ambiente de Paulínia, Henrique Padovani. Nos 18 anos em que funcionou, a Shell recebeu da Cetesb sete advertências e duas multas. Mas os técnicos do órgão só souberam da contaminação pela própria empresa, em 1995. Desde então, num acordo assinado com o Ministério Público, a Shell tornou-se responsável pela área, independentemente de quem se instalasse nela. A Cetesb permitiu que a multinacional planejasse a reparação dos danos ambientais. Acatou os laudos apresentados pelos técnicos contratados pela empresa e a estratégia de ação traçada por eles.
O relatório apresentado pela Shell Química apontava a existência de drins no terreno em frente aos incineradores da antiga fábrica. Banidas do país há 14 anos por ser altamente tóxicas, essas substâncias seriam eliminadas por oxidação. O processo químico, que está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), jamais foi realizado. “A pesquisa ainda não foi finalizada”, justifica Geraldo do Amaral Filho, técnico da Cetesb.
“Nossa auditoria concluiu que não havia necessidade de intervenção”, diz Maria Lúcia Pinheiro, vice-presidente de Químicos da Shell. Apesar da autodenúncia e de ser a única fabricante de drins do mundo, a multinacional põe em dúvida a autoria da contaminação. Alega que, antes da instalação da fábrica em Paulínia, existia uma plantação de algodão no terreno. “Era comum pulverizarem os algodoais com pesticidas”, afirma Alfredo dos Santos Filho, da Shell. Ex-funcionários da empresa refutam essa possibilidade. O encarregado de produção aposentado Antonio Marcos Rasteiro conta que os materiais usados no serviço, como estopas e panos contaminados, não eram corretamente incinerados. Com isso, muita cinza tóxica foi depositada em aterros no local. “Nada com drins era incinerado lá”, contesta Maria Lúcia.
As contradições continuaram em 1996. A Shell afirma ter contratado dois laboratórios para analisar o loteamento de chácaras. Um deles, o Adolfo Lutz, considerou que a área não estava contaminada. A multinacional possui um documento assinado pela química Heloísa de Toledo, de 20 de maio de 1996. Heloísa rejeita a prova e garante que o Adolfo Lutz só entrou no caso neste ano. O parecer do laboratório americano Lancaster admitiu a chance de contaminação.
Somente em 1997 começou a coleta de água nos poços de algumas chácaras do Recanto dos Pássaros. Este ano saiu o laudo definitivo sobre a situação do terreno do condomínio. Apesar da demora, não houve aumento significativo da contaminação, assegura Geraldo do Amaral, da Cetesb. “O escoamento do lençol freático é lento”, explica. Move-se entre 20 e 25 metros por ano*. A avaliação do ambientalista Carlos Bocuhy, do Conselho Estadual do Meio Ambiente, é divergente. “O lençol freático está contaminado, inclusive o Rio Atibaia”, diz. “A única providência é retirar os moradores.”
Sob pressão, a Cetesb decidiu antecipar-se ao Ministério Público e ao resultado da pesquisa ambiental contratada pela Shell. Determinou que a empresa retire parte da terra localizada em frente aos incineradores. Também impôs a construção de uma barreira hidráulica entre a fábrica e parte do condomínio. “Estamos expondo à Cetesb outras opções”, afirma Maria Lúcia, da Shell. Segundo ela, desde 20 de fevereiro, técnicos da matriz européia têm tentado descobrir de onde vêm os drins e como resolver a contaminação.
Os estrangeiros assustaram os moradores do condomínio. Circularam pela região vestidos como astronautas para se proteger do contato com a água e a terra do loteamento. “Nossas crianças brincam o dia inteiro por aqui”, lastima-se Rita Penido. Sua chácara, a Santa Rita, era a única fonte de sustento da família, que a alugava para recreação. “Deixei de trabalhar porque o negócio ia bem. E agora?”
Rita assiste ao padecimento da filha Thaís, de 21 anos. “Com freqüentes crises de asma, que nos obriga a ter um balão de oxigênio em casa, ela largou a faculdade. Meu filho mudou-se porque minha nora está grávida.” A Shell reconhece a demora. “Nossa preocupação é resgatar a saúde e a tranqüilidade da comunidade”, diz Maria Lúcia. Seis anos depois do desastre ambiental.

Fonte: Revista Época dia 23 de abril de 2001
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COMENTÁRIO MEU.

* DEPOIS, COMEÇARAM DIZER QUE O ESCOAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO É MAIS LENTO AINDA, 8/9 METROS/ANO.
FIZERAM OS CÁLCULOS E VIRAM QUE DERAM MANCADA, POIS A 20/25 METROS POR ANO, OS PRODUTOS TÓXICOS JÁ TERIAM CHEGADO NAS CHÁCARAS.
COMO JÁ TINHAM CHEGADO MESMO.
A CETESB E A PREFEITURA SÓ DÃO É COBERTURA PARA A SHELL,
EU MESMO, EM 1991, FIZ UMA DENÚNCIA DA CONTAMINAÇÃO, NO CENTRO DE SAÚDE QUANDO FUI A REUNIÃO DE BAIRROS; EU ERA REPRESENTANTE DO BAIRRO EM QUESTÃO. E ESSA DENÚNCIA CONSTA NA ATA, SÓ QUE A ATA SUMIU!!!!!!!!!!
EU SEI DESSA CONTAMINAÇÃO DESDE A DÉCADA DE 80 E JÁ CONTEI NESSE BLOG COMO FOI DESCOBERTA.

CIOMARA


quinta-feira, 21 de setembro de 2006

 

ESPERANDO!!!!!!!

OLÁ!!!!

Estou esperando uma resposta da proposta que fiz para a Shell.
Não houve reunião como eu pensava, apenas conversei por telefone, falei o que pretendia e estou aguardando a resposta.
Prometeram que o mais breve possível, terei a resposta, mas, e que também, pode haver uma contra proposta.
Vamos ver o que acontece.
Estou cuidando de agilizar procurações e etc..
até.
ciomara.

MAIS ABAIXO, NUMA POSTAGEM DE 15 DE SETEMBRO, QUE ESTAVA SÓ NO RACUNHO E QUE POSTEI AGORA, COLOQUEI MAIS REPORTAGENS DA ÉPOCA DA REMOÇÃO.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

 

POIS É....

Do site

WWW.MEDSTUDENTS.COM.BR


Exposição a agrotóxicos potencializa depressão e suicídio em agricultores


O Brasil é o terceiro mercado e o oitavo maior consumidor de agrotóxicos por hectare no mundo, sendo os herbicidas e inseticidas responsáveis por 60,0% dos produtos comercializados no país. No entanto, o uso indiscriminado de agrotóxicos no campo pode resultar na intoxicação dos trabalhadores rurais com diferentes graus de severidade, causando depressão e podendo levar, inclusive, ao suicídio. É o que mostram pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul em um estudo que objetivou conhecer o perfil das intoxicações, com ênfase nas tentativas de suicídio, pelo uso de agrotóxicos na população rural do estado de 1992 a 2002.
De acordo com artigo publicado na edição de março abril de 2005 dos Cadernos de Saúde Pública, do total de 8.697 casos de intoxicação atribuídos às tentativas de suicídio, registrados, em 2001, pelo Serviço Integrado de Informação Toxico-Farmacológica do Ministério da Saúde, 11,6% foram provenientes do uso de agrotóxicos.
No estudo, os pesquisadores verificaram que das 1.355 notificações de intoxicação provocadas pelo manuseio e pelo uso de agrotóxicos utilizados na agricultura no estado, registradas no Centro Integrado de Vigilância Toxicológica da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Mato Grosso do Sul entre 1992 e 2002, 501 foram provenientes da ingestão voluntária desses produtos, com 139 óbitos. As regiões de Campo Grande e Dourados apresentaram os maiores números de notificações e de prevalência de tentativa de suicídios, sendo que Dourados apresentou também a maior prevalência de óbitos.
A equipe constatou também que a média de óbitos por 100 mil habitantes provocados pelas diferentes formas de suicídio no Mato Grosso do Sul foi superior a do Brasil, e a das regiões superior a do estado.

Os pesquisadores lembram no artigo que no Brasil, a produção de algodão demanda quase 80,0% de todo o inseticida comercializado no país e que as regiões estudadas são grandes produtores de algodão, o que, segundo eles, significa que o contato dos agricultores com os agrotóxicos é grande: “embora a cultura do algodão não possa ser considerada determinante para a ocorrência de suicídios numa região, a correlação encontrada neste estudo pode significar um fator de risco, no que diz respeito à exposição humana aos inseticidas, uma vez a ocorrência de intoxicações agudas provocadas pela exposição aos agrotóxicos está fortemente associada à prevalência de transtornos psiquiátricos menores, sendo a depressão e a ansiedade os diagnósticos mais freqüentes, e sabe-se que os sintomas de depressão são reconhecidos como um fator prevalente nas tentativas de suicídios”.
Dessa forma, segundo eles, é provável que esta alta prevalência de tentativas de suicídio esteja relacionada com a exposição dos trabalhadores rurais aos agrotóxicos. “Isso indica a necessidade de se iniciar um programa de vigilância epidemiológica na região, até agora inexistente, para melhor avaliar, comparar e quantificar estes eventos”, afirmam no artigo.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)
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Eu e meus filhos não somos Agricultores, mas estivemos expostos a agrotóxicos 24 horas por dia e por mais de 20 anos, NÃO POR OPÇÃO, E SIM POR IMPOSIÇÃO.
Não digo que "temos vontade de nos suicidar", mas que a depressão existe, que a falta de vontade de viver é cada vez maior, INCLUSIVE, devido a outra imposição de termos que viver num Hotel, privados de uma vida normal e sadia, isso eu digo e repito: -Dá vontade de morrer.

domingo, 17 de setembro de 2006

 

MAIS um CASO PARA SABER E DIVULGAR...

WWW.CASOLILLYNOBRASIL.BLOGSPOT.COM

Uma das vítimas da contaminação da Lilly em Cosmópolis me escreveu.
Vou colocar o e-mail que ele me mandou:-


Prezada Ciomara,

Nos passaram o seu e-mail dizendo que você foi uma pessoal de peça fundamental no caso Shell de Paulínia.
Somos um grande grupo de ex-funcionários comprovadamente contaminados pela multinacional americana Eli Lilly do Brasil Ltda, - Cosmópolis/SP, fabricante do Keflex, Prozac, Merthiolate etc. Estamos com sérios problemas de saúde inclusive com desenvolvimento de câncer nos rins, fígado, tireóide e testículos. Já entramos em contato com a multinacional americana em Indianápolis – USA que designou o pessoal da ELI LILLY do Brasil para apreciar o caso. Tivemos 3 reuniões com os advogados deles e na última reunião eles disseram entre as linhas para um bom entendedor: “DANEM-SE”.

Decidimos dar publicidade ao caso que até então é de desconhecimento da mídia e criamos uma página na internet. Gostaríamos que você acesse e envie-nos seus comentários a respeito.

www.casolillynobrasil.blogspot.com


Grato,

Elias Soares Vieira



eu respondi:-

Oi!

Vou acessar o seu blog.
Não tenha medo de dizer tudo que pensa, passa ou passou por causa dessa (e dessas) MALDITAS MULTINACIONAIS, QUE INVADEM NOSSO PAÍS, destroem nossa saúde, nossa água, nosso solo, nossa vida, enfim, e até hoje tem saído impunes dos crimes que cometem.
... e tem mais, as nossas Multinacionais também tem invadido países mais pobres e feito a mesma coisa, um exemplo é a Petrobrás, que além de contaminar aqui , o faz nos outros países onde se instala.
Posso colocar seu e-mail no meu blog?

Meu blog:-
www.casoshell.blogspot.com

entre nele e dê sua opinião também.
abraço
ciomara


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Tenho novidades também, mas hoje não dá para contar, pois é domingo e domingo o computador "Não me pertence mais!!". Estou aproveitando a saidinha do meu filho para ler e-mails e escrever algo.
Talvez amanhã eu também não vá conseguir escrever, pois, acho, que terei um encontro/reunião, possívelmente, decisivo no meu Caso Shell.
Torçam por mim, por favor!!!!!
Não agüento mais "sobreviver" nesse hotel!

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

 

Notícias da época da remoção.

www.todia.com.br


RECANTO DOS PÁSSAROS
12 de abril de 2003

Juiz marca audiência de reconciliação
Foram intimidados representantes da Prefeitura de Paulínia e moradores do Recanto dos Pássaros

Da Redação - Paulínia


O impasse envolvendo a desocupação da área contaminada pela empresa Shell no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, agora tem data marcada para uma possível solução.
O juiz Ricardo Sevalho Gonçalves, da Vara Distrital de Paulínia, marcou uma audiência para o próximo dia 23, entre a prefeitura e as três famílias citadas na ação cautelar inominada, impetrada na última quarta-feira pela administração.
Independente disso, mais uma família deixou ontem o Recanto dos Pássaros. Nessa ação, o município de Paulínia pleiteava a concessão de medida liminar para que as famílias fossem retiradas do bairro no prazo de 24 horas. Para a prefeitura, segundo o secretário de Assuntos Especiais Edilson Rodrigues, essa era uma medida visando a preservação da saúde pública. Os argumentos para a retirada eram o cumprimento ao decreto de isolamento da área, assinado em 18 de fevereiro pelo prefeito Edson Moura (PMDB) e a determinação judicial para desocupação da área dentro de 30 dias, em prazo que expirou-se na última segunda-feira. A liminar pleiteada na ação acabou não sendo concedida. De acordo com o procurador municipal Ademar Silveira Palma Júnior, o juiz de Paulínia decidiu pela marcação da audiência, considerada, popularmente, de conciliação.
No dia 23, data marcada pelo Judiciário, estarão na audiência representantes da prefeitura e das famílias de Ciomara de Jesus Rodrigues, Jerônima Maria de Jesus Borges e Rogério Marcon, citados na ação.

HOTEL Independente dessa decisão, na manhã de ontem, mais uma família deixou o Recanto dos Pássaros e registrou-se em um hotel da cidade, disponibilizado pela Shell.

A família de Ciomara deixou o bairro, onde agora restam apenas as famílias de Jerônima Borges e Rogério Marcon.

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RAIVA

Cerca de 1,6 mil animais são vacinados
Da Redação - Paulínia

Depois que a Vigilância à Saúde de Paulínia capturou um morcego contaminado pela raiva na cidade, no início do mês, o trabalho desencadeado para bloqueio de foco da doença atingiu a vacinação de cerca de 1,6 mil animais. “Além das ações de orientação e conscientização da população local, estão sendo vacinados cães e gatos para promover um novo estilo imunológico”, explicou o médico Álvaro Vidal Ramos Filho, referindo-se aos bairros João Aranha e São José, principalmente, onde a campanha vem se desenvolvendo. A vacinação nesses bairros está sendo feita casa a casa, abrangendo a área identificada como sendo aquela do percurso do morcego raivoso durante a investigação do foco. Os limites das áreas foram determinados com base em levantamentos efetuados pela investigação epidemiológica. Dessa forma, serão vacinados cães e gatos dos bairros João Aranha, Bela Vista, Marieta Dian e São José. Até agora, no sistema casa a casa, foram vacinados 630 animais. Mas no último final de semana, foram montados postos de vacinação no João Aranha e São José, nos quais foram vacinados mais 944 animais, totalizando, até ontem, 1.574 animais vacinados. O Serviço de Vigilância à Saúde tem orientado a população que, no caso de encontrar um morcego, principalmente durante o dia, é necessário comunicar imediatamente o setor para que o animal seja capturado e encaminhado para exame laboratorial de diagnóstico de raiva. A Vigilância orienta, ainda, que os animais domésticos com mudanças de comportamento, principalmente agressividade e salivação excessiva, também devem ser informados imediatamente para que sejam avaliados e tomadas as devidas precauções. Além disso, lembra que as pessoas não devem tocar nos animais suspeitos e sim solicitar a presença de um técnico da Vigilância à Saúde.


EXPLICAÇÃO MINHA :- Coloquei essa reportagem sobre RAIVA, por que o pessoal da Prefeitura, nessa época, queria levar minhas vacas para esse bairro. Não aceitei e no dia da audiência falei para o Juiz e pedi que não fosse feito isso, pois poderiam matar minhas vacas e depois falar que tinham sido contaminadas pelos morcegos. Eu temia isso porque, dias antes, uma pessoa da prefeitura falou que eles, se quisessem, poderiam confiscar as vacas, matá-las e etc.. Foi então que o Juiz permitiu que eu fosse no bairro a cada dois dias, para cuidar de minhas vacas, até que a Shell disponibilizou uma quantia para eu pagar uma pessoa, de minha confiança, para cuidar das "minhas meninas".
...e assim foi feito, até hoje.


RECANTO DOS PÁSSAROS

Duas famílias permanecem em áreaApesar de vencimento do prazo estabelecido pela Justiça, duas famílias não querem deixar o bairro
Da Redação - Paulínia

Duas famílias - uma por falta de acordo e outra por não acreditar na contaminação do local - ainda resistem em permanecer no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, na área da Shell Química do Brasil, considerada contaminada.
O prazo de 30 dias concedido pela Justiça de Paulínia expirou ontem e o impasse continua. Das famílias que residiam na área, duas (Ciomara e Jerônima) se instalaram em um hotel da cidade e uma terceira optou por acomodações em outro local.
O Recanto dos Pássaros teve seu isolamento decretado pelo prefeito Edson Moura (PMDB) no dia 18 de fevereiro, logo depois que uma forte chuva provocou a inundação do local. A medida foi tomada como preocupação à saúde dos moradores, juntamente com a assinatura de um decreto de calamidade pública no bairro.
Posteriormente, foi a Justiça de Paulínia quem fixou o prazo de 30 dias para desocupação da área.
A partir daí, a Shell se dispôs a negociar a transferência com as famílias, mesmo aquelas que estavam discutindo na Justiça o valor de indenização pela venda dos imóveis. Desde 24 de março, a Shell disponibilizou a estada em um hotel de Paulínia, mas somente no sábado é que duas famílias foram para lá. Uma delas, de Antonio Melo, é a que mais lamenta a saída. “Foi duro sair daquele lugar que planejei toda a construção”, conta ele, chegando a chorar. Seu advogado no processo, Waldir Tolentino de Freitas, confirma que a saída foi apenas para cumprimento de uma decisão judicial, mas que a família não concorda com a estada no hotel.
O advogado disse, ainda, que protocolou ontem uma petição na Justiça, pedindo que o juiz declare que a remoção não foi cumprida pela Shell. Em que pesem os serviços oferecidos na hospedagem, ele entende que um hotel não é compatível com as acomodações do Recanto dos Pássaros, porque não mantém o padrão habitacional. Esses dois casos deverão ser constatados hoje, quando um oficial de Justiça deverá visitar o bairro para confirmar se houve a desocupação determinada pelo juiz.
Da parte da prefeitura, que determinou o isolamento do bairro, o entendimento é que qualquer medida a partir de agora é de competência da Justiça, que determinou a desocupação. “A prefeitura apenas vai levar a juízo a questão da contaminação da área, até por proteção à saúde pública”, explicou o secretário de Assuntos Especiais Edilson Rodrigues.

NOTA Através de uma nota divulgada no final de semana, a Shell informou que para atender a determinação judicial, foi colocada à disposição dos moradores a hospedagem em um hotel, “pelo tempo que perdurar a vigência da decisão judicial ou até que sejam fechadas as demais negociações de aquisição das propriedades”.
A empresa se compromete a arcar com os custos de hospedagem, alimentação referente a café da manhã, almoço e jantar, além das despesas de lavanderia do hotel, na base de até R$ 210 por pessoa, por semana. Além disso, a Shell promete custear os serviços de acondicionamento dos objetos da casa, bem como ao alojamento dos animais domésticos.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

 

do Jornal Todo Dia. 2003!!!!



www.tododia.com.br

5ª feira 10 de abril de 2003.


RECANTO DOS PÁSSAROS


Prefeitura entra com ação na Justiça Administração de Paulínia quer que famílias deixem o Recanto dos Pássaros em, no máximo, 24 horas

Da Redação - Paulínia

A Prefeitura de Paulínia ingressou na Justiça com uma petição de Ação Cautelar Inominada para conseguir a desocupação do bairro Recanto dos Pássaros pelas três famílias que ainda permanecem no local.
A medida foi tomada como precaução à saúde pública e em função do descumprimento da ordem judicial vencida na segunda-feira para desocupação da área.
A ação foi protocolada ontem no Fórum, com pedido de liminar para desocupação do imóvel em 24 horas.
“As negociações com os poucos moradores que ainda habitam o local continuam”, disse a última nota oficial da Shell, empresa acusada de contaminar a área, que até o momento está arcando com a despesa de duas famílias abrigadas em um hotel da cidade.

Das três famílias que permanecem no Recanto dos Pássaros, uma delas está em negociação, a segunda não entrou em acordo e a outra família (ciomara) não pensa em sair do local alegando não acreditar na contaminação.
A ação da prefeitura foi impetrada contra as famílias de Ciomara de Jesus Rodrigues, Jerônima Maria de Jesus Borges e Rogério Marcon. Além de pedir a concessão de liminar, a prefeitura solicita à Justiça que as famílias sejam retiradas no prazo de 24 horas a contar do julgamento do pedido.

Pede também o auxílio de força policial para que a liminar concedida seja rigorosamente cumprida.

Até o final da tarde de ontem, não havia nenhuma informação na Secretaria de Negócios Jurídicos da prefeitura sobre a possível concessão de liminar. Da mesma maneira, por volta das 17h, as famílias ainda permaneciam no Recanto dos Pássaros. Independente da concessão de liminar, a prefeitura espera que a ação seja julgada totalmente procedente para que a decisão seja considerada definitiva. Já a Shell não se pronunciou sobre a ação. A Assessoria de Imprensa da empresa apenas confirmou que um hotel continua disponibilizado caso as famílias resolvam transferir-se do bairro. “A Shell colocou à disposição daqueles moradores a hospedagem no hotel pelo tempo que perdurar a vigência da decisão judicial ou até que sejam fechadas as demais negociações de aquisição das propriedades”, informou a nota da Shell.
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POIS É!!!!!!!

...lembra quando eu escrevi que eu fui obrigada sair da minha casa sob ameaça de ser " removida com força policial"?

...então, tá aí.

...saiu no Correio Popular também!

...e, como vcs. podem ver, eu não acreditava na contaminação, achava que era tudo Política. Eu acreditava nas pessoas da Shell quando elas me diziam, sempre, que não era necessário sair do local, que a contaminação era mínima e não fazia mal para a saúde de ninguém...




domingo, 10 de setembro de 2006

 

por que???



Olá!

Por vezes fico pensando no porque as pessoas, tanto por e-mail como pessoalmente, dizem que "admiram minha coragem! que não tenho medo de nada" e outros tantos elogios, que, eu, talvez, pelo meu modo de ser e pensar, acho "simplesmente simples, normal, natural!!
É que, pra mim, nada é mais lógico e normal do que dizer a verdade! contar os fatos como eles aconteceram realmente, descrever o que vi, vivi e senti! ...e obviamente, arcar com as conseqüências dos meus atos. Eu não tenho medo de falar a verdade, não!

Eu tenho é medo de mentir, ser descoberta e passar a maior vergonha!!!

OBS. Eu não disse que nunca menti, disse que "tenho medo" de mentir, mas num caso como esse Caso Shell, onde o que está em jogo é a JUSTIÇA, só mente quem é muuuuuuuuuito burro e eu, modestia a parte, não sou tão burra a ponto de mentir, quando estão em jogo a minha vida, os meus direitos e da minha famíla.

No dia 8 de setembro, há dois dias, conversando com um amigo meu, o mesmo que me contou da "gente importante" que tinha ido no bairo, falávamos do meu blog, mostrei pra ele, entre outros documentos e fotos, o último Acordam, Termo ou Processo, sei lá, de interdição da SHELL/BASF, que tinha recebido por e-mail, e ele me perguntou: - "Você não tem medo que eles te façam alguma coisa?"
Respondi:- Fazer o que? O que conto e falo é tudo verdade! E se quiserem me fazer algum mal, que façam!

...um pouco mais, um pouco menos não vai fazer diferença!...quer mais mal do que já me fizeram até hoje?

... mas, de coração, não creio que me façam nada, não... pelo menos fisicamente, pode ser que numa Ação qualquer que eu entre contra eles, querendo algum tipo de repararção, tanto moral quanto material, eles sejam bem mais rigorosos e intolerantes comigo, como já o foram, do que com qualquer outro que fizer o mesmo, mas EU ACREDITO NOS MEUS DIREITOS, QUE SÃO BASEADOS SÓ EM VERDADES.

... e, por incrível que pareça, eu ainda acredito, que a verdade é mais forte que tudo.

entre parenteses, abaixo, um pedacinho do tal termo de interdição Shell/Basf, que vai para a mídia na semana que vem.

(ACORDAM os Juízes da 12ª TURMA
do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em:
por unanimidade de votos, dar provimento ao recurso
"ex-officio" e ao recurso da União para declarar plenamente
válido o Termo de Interdição de fls. 30/36, restabelecendo a
eficácia de seus efeitos, nos termos da fundamentação do
voto.

São Paulo, 29 de Junho de 2006. )


P.S. depois que sair na mídia eu coloco, inteiro, aqui no blog, pois não sei se é algum segredo de justiça, ou não.

sábado, 9 de setembro de 2006

 

fui em casa!!!!!!



Ontem fui em casa! Fazia tempo que eu não ia! Quando vou lá, meu peito fica apertado, choro muito e sinto mais raiva, ainda, de tudo que aconteceu...
Fiquei sabendo, que, na semana passada, ou há uns dias atrás, foi "gente importante" lá no bairro, não souberam me dizer quem, mas logo descubro e conto.
Mandaram passar trator para roçar toda a extenção da estradinha do bairro! Quando me falaram que tinha ido "gente importante" lá, pensei que fosse dentro do site (propriedade) da Shell/Basf, mas não foi não, foi lá fora, no bairro!
Não sei se essa "visita" tem a ver com uma "interdição" que foi, novamente, feita nas instalações da Basf.
A Basf quer demolir tudo lá e assim acabar com todas as "provas" da contaminação, que pode ser (mais ainda) avaliada fazendo a análise dos tanques, paredes, ou sei lá o que, onde manipulavam, estocavam, descartavam e etc. os produtos tóxicos, que contaminaram o local, os trabalahadores e moradores do local e essa interdição impede que mexam em tudo lá.
Um amigo meu disse que na 2ª feira isso estará na mídia, tanto nacional quanto internacional. É mais uma vitória dos trabalhadores, pois é um processo dos trabalhadores no MINISTÉRIO DO TRABALHO.
até. no fim de semana o computar é só do meu filho, ele saiu um pouco, mas já volta.
na 2ª eu volto......


terça-feira, 5 de setembro de 2006

 

E a saúde como fica??????

O e-mail, abaixo, recebi ha algum tempo; não me lembro de tê-lo colocado no blog, apesar do remetente ter permitido que eu o fizesse.
... depois desse e-mail continuamos nos escrevendo e na última vez que ele se comunicou comigo ele me pedia uma orientação para como agir, pois ia conversar com o pessoal da Multinacional.
Só que quando ele me escreveu eu estava sem computador e só fui ler tarde demais, mas mesmo assim recomendei que ele NUNCA fosse sem um advogado e também que tomasse o máximo de cuidado etc., etc..
Desconfio que a empresa, que ele se refere, é a Rhodia.
....vou omitir o nome, mas se alguém quiser falar com ele é só se comunicar comigo, que eu peço para ele se posso dar o e-mail dele.



Prezada Ciomara,

Primeiramente parabéns pelo seu blogger. Começei a ler e fiquei por mais de 2 horas em frente à tela lendo os seus relatos e colocando-me no seu lugar. Meus pensamentos voaram e viajaram com suas palavras. Sabe por que?

Por que estou muito preocupado com minha saúde. ? Em novembro/05 tive que fazer uma NEFRECTOMIA RADICAL (retirada do rim) direito por estar acometido de CÂNCER MALÍGNO.
Veja, trabalhei por 8 anos numa empresa multinacional que produzia AGROTÓXICOS, produtos FARMACÊUTICOS e VETERINÁRIOS.

Estou encucado, pois na verdade não MANIPULAVA os produtos, mas o local onde eu ficava era num mezzanino dentro da área de produção. Ali eu inalava odores fortes e horríveis, ali eu bebia da água. Ali eu circulava pelas áreas produtivas, enfim, era como se manipulasse os produtos. Sem falar da fumaça do incinerador

Depois que passou todo o trauma da cirurgia, pois sofri muito, o corte na barriga tem quase 40 cm, alguém me alertou para a seguinte questão: NÃO SERIA UMA CONTAMINAÇÃO PROVOCADA POR PRODUTOS QUÍMICOS CANCERÍGINOS?

Procurei recentemente um toxicologista que pediu me uma bateria de exames. Já fiz todos, estou aguardando os resultados, com muita ansiedade.

Gostaria de saber sobre sua experiência sobre esses tipos de exames, quais foram, o que evidenciou, poderia ajudar-me relatando-os?

Fiquei pensando: a Ciomara perdeu a casa, seus animais, seu "ninho", seu lar. Quanto vale tudo isto? Extrapolei para o meu caso, quanto vale a perda do meu RIM DIREITO?

E a minha SAÚDE daqui pra frente?

Gostaria que você soubesse que suas palavras me deram FORÇA para LUTAR. Sei que tenho muito que aprender com essa nova situação.

Como disse, só estou aguardando os resultados dos exames para tomar as minhas providências.

Mas, por favor, não pare de escrever no seu blogger. Você não imagina o quanto de informação absorvi lendo seus relatos. E mais, posso sentir que você é uma HEROÍNA, pois não tem medo de ninguém. É isso ai. Uma certeza você pode ter, mesmo que seja judicialmente, que demore, o que é seu, ninguém tira.

No mais, meu APOIO a sua conduta de enfrentar esses que se dizem "poderosos". Você será vitoriosa. Pra mim você já é vitoriosa! Parabéns!

Um abraço,

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

 

NAOMI KLEIN

isso abaixo eu já tinha copiado da internet, mas não tinha saído direito, agora arrumei e aí está.
esse livro da Naomi Klein, é excelente.



SEM LOGO, da escritora Naomi Klein 2º edição, folhas 411, onde narra no segundo parágrafo
“Desde a década de 1950, a Shell Nigéria extraiu o equivalente a US$ 30 bilhões de petróleo das terras do povo ongonio, no delta do Niger.

A receita do petróleo representa mais de 80 por cento da economia nigeriana- US$ 10 bilhões anualmente e , desta mais da metade provém da Shell. Mas só o povo ongoni tem sido privado dos lucros de seu rico recurso natural, muitos ainda vivem sem água encanada ou eletricidade Como sua terra e sua água têm sido envenenadas por oleodutos, vazamentos e queima de gás.
Sob a liderança do escritor e indicado ao prêmio Nobel Ken Saro-Wiwa, o Movimento pela Sobrevivência do Povo Ongoni (MOSOP) lutou por reformas e exigiu compensações da Shell. Em resposta, e para manter os lucros do petróleo fluindo para os cofres do governo, o genreral Sani Abacha mandou militares nigerianos mirar nos ongonis.

Eles mataram e torturaram milhares de pessoas.

Os Ongonis não só culparam Abacha pelos ataques, também acusaram a Shell de tratar as forças armadas nigerianas.Como polícia particular, pagando-as para sufocar protestos pacíficos na terra ongoni, além de dar apoio financeiro e legitimidade ao regime de Abacha.

Das inúmeras reportagens entorno do tema em pauta destaca-se o Editorial do Jornal O Estado de São Paulo de segunda feira 16 de abril de 2001 com o titulo “Marca de subdesenvolvimento”, onde narra .

“Casos de contaminação tóxica existem desde que existe o mundo industrial. São os cuidados com seu controle e as providências para proteger as pessoas de seus efeitos nocivos que definem o grau de civilização de uma sociedade. A este respeito pode-se afirmar que todas as circunstâncias em torno da contaminação da área próxima da fábrica de agrotóxicos da Shell, em Paulínia, refletem as marcas do sub desenvolvimento.
Fosse na Suécia, na Suíça, na Inglaterra ou no Canadá, será que uma contaminação descoberta há mais de sete anos continuaria produzindo seus efeitos na população.

Tendo merecido da empresa multinacional que lhe deu causa, tanto quanto das entidades púplicas encarregadas do meio ambiente ,(ou da saúde pública), soluções no Máximo paliativas- e assim mesmo tomadas com extrema morosidade, como se para ninguém houvesse qualquer presa resolver o problema ?”.
___________________________________________FIM_____________

sábado, 2 de setembro de 2006

 

Minha biópsia e meu laudo

Abaixo o resultado da biópsia do tecido adiposo que fiz em junho de 2002.


Universidade de São Paulo Instituto de Quimica de São Carlos Laboratório de Cromatografia
A v. Trabalhador Sãocarlense, 400 (Cx.Postal 780) 13566-590 - São Carlos/SP - Brasil

Fone: (O I 6) 273-9983

E-mail: flancas@iqsc.sc.usp.br

F_x: (016) 273-9984

RESULTADOS DE ANÁLISES

Amostra: Tecido adiposo

Compostos investigados: HCB, HCH (BHC) e isômeros; DDT; DDD; DDE; Aldrin; Dieldrin; Endrin; Endosulfan; Heptacloro; Heptacloro epóxido.

Nome do Paciente: Número da amostra:

CIOMARA J.RODRIGUES 047

Método de Análise: Cromatografia Gasosa de Alta Resolução.
Ref: "Determinação de Pesticidas Organoclorados em Amostras de Tecido Adiposo empregando
Cromatografia Gasosa de Alta Resolução com Detector de Captura de Elétrons (HRGC-ECD)".

______________________________________________
item composto LOQ concentração no tecido
--------------------------------mg/kg ---------------mg/kg

1-------HCB------------------0,001-------------------ND
2-------alfa-HCH------------0,008-------------------ND
3-------beta-HCH-----------0,007------------------0,127
4-------gama-HCH----------0,027------------------0,053
5-------delta-HCH-----------0,005-------------------ND
6-------heptacloro---------- 0,006-------------------ND
7-------hep. epóxido--------0,006-------------------ND
8-------aldrin----------------0,007-------------------ND
9-------OPDDE---------------0,01---------------------ND
10------PPDDE---------------0,01-------------------0,32
11- ---endosulfan-alfa---- 0,007 -------------------ND
12- --- " " -beta ----0,03 --------------------ND
13- -------dieldrin ---------0,01------------------- 0,04
14- ----endrin --------------0,01 --------------------ND
15- -----OPDDD------------ 0,01---------------------ND
16- -----PPDDD -------------0,01 --------------------ND
17- -----OPDDT -------------0,01--------------------ND
18- ----PPDDT -------------0,001--------------------ND

ND = Não detectado
< loq =" Detectado,">
(LOQ) do método.

São Carlos, 21 de junho de 2002

.Prof.Dr. Fernando M. Lanças
Responsável pelo CROMA

Dr. Marco A. Barbirato
Responsável pelas Análises

Dra. Cristina Lacerda
Analista


_______________________________________________________

OBS. MINHA: -a análise Não foi feita em PPB e sim em mg/kg.
ciomara

------------------------------------------------------------------------------------------
Agora vou scanear o laudo...
Aí está.



SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PAULÍNIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA

PAULÍNIA - SP

Parecer Médico Toxicológico referente a paciente:

CIOMARA DE JESUS RODRIGUES

A quem possa interessar, cumpre informar que a paciente CIOMARA DE JESUS RODRIGUES, 57 anos de idade, está sob nossa avaliação para diagnóstico e tratamento da perda de sua saúde por exposição crônica ambiental a inseticidas organoclorados, metais pesados, solventes orgânicos e outros produtos químicos, por contaminação do ar, do solo e da água superficial no Bairro Recanto dos Pássaros - Paulínia - SP. A paciente ClOMARA DE JESUS RODRIGUES, moradora há 32 anos no local, foi examinada em 05/09/2002 apresentando clínica compatível com quadro de intoxicação crônica por inseticidas organoclorados e metais pesados, desenvolvendo suscetibilidade importante aos produtos químicos existentes no Bairro Recanto dos Pássaros, seu ambiente de moradia, trabalho e lazer, apresentando: distúrbios neurológicos central e periféricos, net1rovegetativos e neurocomportamentais (ansiedade, insônia, depressão, lapso de memória e perda de memória); mialgias, artralgias; formigamento de extremidades; neuroastenia dérmica; cansaço; fadiga; tonteira; mal estar; indisposição; distúrbios gastro-intestinais; dor abdominal à palpação mais no hipocondríaco direito e região da vesícula bílica; hiporeflexia; redução da força muscular; alterações dematológicas (prurido, descamação, fissuras palmares e plantares, manchas hipocrômicas); tireoidite com aumento da glândula e palpação de nódulo à esquerda com dor; hipertensão arterial; bronquite alérgica química; e outros sintomas. A mesma refere que antes de ir _morar na área contaminada gozava de boa saúde. Exames complementares e específicos acusaram a presença de metais pesados no sangue (Alumínio, Arsênico) e inseticidas organoclorados, e além de inseticidas organoclõrados nã gordura. As ultrassonografias confirmaram esteartose hepatopancreática, granuloma esplênico e nódulos e cistos lobo direito e esquerdo da tireóide; e suspeita de basocelular nasal. A paciente CIOMARA DE JESUS RODRIGUES apresenta quadro de intoxicação crônica por Inseticidas Organoclorados e Metais Pesados, quadro este diagnosticado pela Clínica, auxiliado por exames complementares e específicos, e encontra-se no momento em tratamento medicamentoso (específicos e coadjuvantes; e de outros), e acompanhada por outros facultativos, para a desintoxicação e tentativa de recuperação de sua saúde perdida em função da exposição ambiental aos produtos químicos.
Por ser expressão da verdade, subscrevo atenciosamente.


Paulínia, 19 de Setembro de 2003

Prof. Dr. Igor Vassilieff, MD, PhD

Prof. Titilar em Farmacologia - UNESP
Médico Especialista em Toxicologia­ Universidade de Paris, França
Pós-doctor Universidades de McGrill e Ottawa, Canadá CRM-SP -16.346

Ciente.

Dr. Almério Aguiar Melo Filho
Secretário Municipal de Saúde - Paulínia SP.






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