quarta-feira, 27 de abril de 2011

 

LEIS X JUSTIÇA.


UMA PERGUNTINHA:

-  Por um acaso a Shell teve um ENRIQUECIMENTO LÍCITO na frente da minha casa, no Bairro Poço Fundo, posterior e estrategicamente, denominado Recanto dos Pássaros?????

Foi lícito, legal, decente e nobre um enriquecimento baseado na destruição de vidas, meio ambiente, sonhos, planos e amor, digo amor, sim, o amor que ainda tenho pela minha casa, por tudo que plantei, criei, construí e vivi lá, que foi arrancado de mim por ter sido envenenado por ela impiedosamente????!!!!!

Se foi lícito, tudo bem!

... mas que é gozado, isso é, né não???

Sabe por que pergunto isso?

Porque dizem (não digo "quens") que estou/estamos querendo um enriquecimento ILÍCITO ao querer de volta TUDO QUE ELA ME/NOS TIROU!!!

Materialmente ela não está querendo repor nem a metade do que tirou de mim!!

O que ela me oferece (uma esmola) não dá para comprar outra propriedade do tamanho da minha! Com as mesmas condições de trabalho e espaço que eu tinha na minha!

...é certo que eu fiz uma contra proposta numa Audiência de Conciliação que tivemos em MAIO DO ANO PASSADO e ela aceitou, porém até hoje ela não formalizou por escrito.  É certo que foi uma proposta que não repunha o que ela me tirou, mas daria para eu, principalmente, sair do hotel e tentar reconstruir minha vida, vida que ela destruiu, estraçalhou, pisoteou, inclusive me chamando de

...oportunista que tinha visto no episódio uma maneira de enriquecimento ilícito e queria viver eternamente num hotel de luxo as expensas da Shell. ...

É pra rir, né não????


ciomara


terça-feira, 26 de abril de 2011

 

ABELHA É VIDA!!!!!!

Um milhão para Salvar as Abelhas
Mais de um milhão de pessoas, incluindo 200.000 na França assinaram uma petição explosiva para banir agrotóxicos que exterminam as abelhas em massa ao redor do mundo -- e junto com um grupo de apicultores franceses, nós entregamos a petição para o Ministro da Agricultura da França em uma grande conferência. A campanha continua com demandas por ações concretas na França União Européia e ao redor do globo.
ciomara


segunda-feira, 25 de abril de 2011

 

VIVA A SHELL!!!!


MINHA MÃE FALECEU ONTEM DIA 24 DE ABRIL DE 2011.
ELA IA FAZER 91 ANOS DIA 1º DE SETEMBRO PRÓXIMO.
MORREU SEM O CHÃO QUE É NOSSO, DAONDE FOMOS REMOVIDOS, USURPADOS NOS NOSSOS DIREITOS
ELA MORREU NUM CHÃO QUE NÃO É NOSSO.
QUANDO ESSA POUCA VERGONHA DA SHELL COMEÇOU ELA JÁ TINHA MAIS DE 60 ANOS, EU JÁ TENHO, COMPLETAREI, 65 ANOS DIA 27 PROXIMO.
...SERÁ QUE VOU TER QUE MORRER NO HOTEL?

quinta-feira, 21 de abril de 2011

 

TÁ PEGANDO FOGO NA PETROBRÁS

TIREI ESSAS FOTOS, MAIS OU MENOS, AS 18:50HS.
DIA 21/04/2011.

VAMOS VER SE APARECE EM ALGUM NOTICIÁRIO.

PAULINIA É ISSO AÍ.
ESTAMOS EM CIMA DE UMA BOMBA RELÓGIO.


domingo, 17 de abril de 2011

 

15/02/2001

Shell terá de descontaminar área vizinha à fábrica de Paulínia (SP)

Notícia - 15 - fev - 2001
Prefeitura poderá pedir a intervenção da área

O Greenpeace demandou hoje da Shell Química do Brasil a responsabilidade total pela limpeza da área vizinha à fábrica de Paulínia, contaminada por agrotóxicos organoclorados durante dez anos.

Esta semana, o Centro Tecnológico de Saneamento Básico (Cetesb) ordenou que a empresa descontamine a área ao redor da fábrica, localizada a 90 quilômetros a leste de São Paulo. A Shell produziu ali os agrotóxicos organoclorados aldrin, dieldrin e endrin durante as décadas de 70 e 80. A empresa tem trinta dias para apresentar um plano de descontaminação.

No dia 08 de fevereiro, a Shell admitiu publicamente que a contaminação havia ultrapassado os limites da fábrica, atingindo o terreno vizinho. As substâncias eldrin, dieldrin e aldrin foram encontradas no lençol freático das chácaras vizinhas ao Rio Atibaia, um dos principais afluentes do Rio Piracicaba. O Rio Atibaia também abastece de água cidades da região, como Sumaré e Americana. Desde a semana passada, a empresa tem fornecido água potável para a comunidade e comprado as hortaliças produzidas pelos chacareiros, que foram vendidas na região por muitos anos.

Hoje, representantes da Shell, da comunidade de moradores, Ministério Público, Cetesb e Greenpeace vão se reunir para discutir medidas de remediação e avaliar os impactos ambientais na área. Durante o encontro, Shell e Cetesb devem apresentar os relatórios finais e a conclusão das amostras coletadas na área vizinha à fábrica.

Os últimos resultados indicam que a contaminação está se dispersando entre a comunidade e pode ter atingido o Rio Atibaia. Os pontos de contaminação, segundo dados da empresa, apontam concentrações de dieldrin 16 vezes maiores do que o permitido por lei. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente encaminhou, esta semana, um pedido à Prefeitura para interdição da área contaminada. A decisão para uma possível evacuação da área está na pauta da reunião de hoje.

"A Shell finalmente admitiu que contaminou o lençol freático com agrotóxicos organoclorados e que a contaminação ultrapassou os limites da empresa. A descontaminação de toda a área afetada é responsabilidade total da empresa", disse Karen Suassuna, coordenadora da Campanha de Substâncias Tóxicas do Greenpeace Brasil. "Precisamos agir imediatamente e avaliar com urgência se o rio Atibaia, que fica atrás da fábrica, também foi contaminado", completou Karen.

O aldrin, dieldrin e endrin, também conhecidos como Drins, são agrotóxicos banidos na maior parte do planeta. Eles causam danos no meio ambiente e foram classificados como Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A exposição aos Drins foi relacionada a uma ampla gama de efeitos no meio ambiente e na saúde, incluindo disfunções de aprendizado e interrupção dos sistemas nervoso central e hormonal. Uma preocupação particular diz respeito aos efeitos em crianças e no desenvolvimento de fetos.

A Shell Química iniciou a produção de agrotóxicos em Paulínia em 1975. A fábrica produziu endrin, aldrin e dieldrin (1) durante dez anos. Neste período, foram registrados três vazamentos destas substâncias. Em 1985, um mandato do Ministério da Saúde proibiu a produção destes agrotóxicos.

Em 1995, a Shell vendeu sua fábrica em Paulínia para a multinacional americana Cyanamid. Atualmente, a proprietária do terreno é a Basf, gigante química da Alemanha. Como parte do acordo comercial de compra e venda, a Shell divulgou, em 1995, a contaminação do solo da fábrica e fez uma auto-denúncia junto ao Ministério Público. Até hoje, nenhuma medida eficiente de descontaminação da área foi adotada.

"Eu quero acreditar que este é o início do processo que vai pôr fim a esta história de contaminação química. Quero ver a Shell se responsabilizando por envenenar minha terra e causar sofrimento a esta comunidade. Quero ser indenizado. Quero justiça", disse Paulo Bonaldi, representante da comunidade de Paulínia.

(1) Aldrin, Dieldrin e Endrin estão na lista dos 12 POPs do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, cuja eliminação global está prevista no tratado internacional, assinado por mais de cem países. A Convenção POPs será assinada em maio, em Estocolmo, Suécia. Os "12 Sujos", como são conhecidos, são: dioxinas, furanos, PCBs, hexaclorobenzeno, mirex, heptacloro, DDT, dieldrin, clordano, toxafeno, aldrin e endrin.

Tópicos
 
ciomara


sábado, 16 de abril de 2011

 

INFERTILIDADE/PRODUTOS QUÍMICOS

Danos ambientais

Exposição a toxinas, substâncias químicas ou infecções pode reduzir a quantidade tanto por efeitos diretos sobre a função testicular como também pela alteração nos sistemas hormonais, embora as conseqüências e danos ambientais específicos envolvidos sejam normalmente controversos. Alguns especialistas acreditam que isso esteja contribuindo para uma queda mundial na fertilidade masculina.

Radicais livres (oxidantes) - também chamados oxidantes, são os principais suspeitos entre os danos ambientais e a infertilidade. Eles são moléculas instáveis (que normalmente contêm oxigênio) e são liberados como resultado de muitos processos químicos naturais no corpo. Infecções, substâncias químicas e outros danos ambientais podem produzir altos níveis dessas partículas. Altos níveis podem afetar inclusive o material genético das células. Os espermatozóides são particularmente vulneráveis aos efeitos nocivos desse processo de oxidação. Há relatos de níveis significativos de oxidantes encontrados no sêmen de cerca de 25% de homens inférteis.

Exposição a substâncias químicas que alteram os hormônios (como o estrógeno e outras) - estudos na Europa têm revelado uma piora na saúde reprodutiva masculina e um aumento nos casos de câncer nos testículos e na próstata. Muitos investigadores acreditam que causas ambientais, particularmente substâncias químicas que alteram os hormônios, podem ser a causa principal de ambos os eventos. Substâncias químicas como o estrógeno, encontrado nos pesticidas e em outros itens, são particularmente preocupantes. A extensa exposição de animais machos ao estrógeno reduziu o número de células de Sertoli (necessárias para o desenvolvimento inicial do espermatozóide). Conheça a seguir algumas substâncias químicas sob análise.

cancer de próstata
O tratamento do câncer de próstata varia dependendo do estágio da doença e pode incluir remoção cirúrgica, radiação, quimioterapia, manipulação hormonal ou uma combinação destes tratamentos.­

  • Bisfenol A - substância química amplamente usada em contêineres plásticos de comida e garrafas e que tem provocado preocupações. Possui efeitos potentes semelhantes ao estrógeno em baixas doses. O uso da substância em fêmeas de rato produziu anormalidades na próstata da prole masculina.

  • Ftaleínas - substâncias químicas usadas para amolecer plásticos. Essas substâncias estão sob investigação devido à sua capacidade de alterar os hormônios. Ftaleínas específicas que geram maior preocupação incluem o dibutilftalato e outros encontrados em muitos produtos, inclusive em cosméticos e em produtos à base de argila vendidos a crianças. Animais expostos a ftaleínas apresentam queda no número de espermatozóides e anormalidades na estrutura reprodutiva. Além disto, avalia-se a possibilidade de que a exposição da substância em mulheres grávidas possa afetar a descendência.

  • Organoclorados - compostos que combinam o cloro com substâncias orgânicas (normalmente petroquímicos). Muitos possuem efeitos similares ao estrógeno, inclusive aqueles previamente usados em plásticos (PCBs) e pesticidas (DDT e p,p-DDE). Alguns, como dioxinas e furanos, são derivados de muitos processos químicos. Felizmente, a maioria dessas substâncias químicas foi banida. Os organoclorados foram muito utilizados pela indústria antes dos anos 70 e ainda estão espalhados no meio ambiente. Segundo estudos, quando homens apresentaram um histórico de exposição moderada à alta a pesticidas contendo organoclorados, a taxa de fertilidade ficou abaixo da média em relação a homens que não sofreram exposição.

  • Bifenil policlorado (PCBs) ou p,p-DDE - estudos revelaram uma forte correlação entre altos níveis dessa substância com a queda na quantidade e na qualidade dos espermatozóides. Em um dos estudos, até mesmo homens com espermatozóides saudáveis e com altos níveis de organoclorados apresentaram quantidade de espermatozóides inferiores aos que tinham níveis mais baixos dessa substância.

A principal evidência dos estrógenos químicos sobre o hormônio foi observada em animais e pássaros. Testes com substâncias químicas contendo estrógeno demonstraram pouco risco para pessoas. Mas alguns estudos sugerem que a exposição a mais de uma dessas substâncias químicas pode ser muito prejudicial. No momento, não há indícios de conseqüência perigosa em pessoas que normalmente se exponham a essas substâncias químicas. Estudos estão sendo feitos para mensurar o possível dano causado por essas substâncias químicas.

Hidrocarbonetos e outras substâncias químicas industriais - um estudo em 2000 revelou que trabalhadores de uma fábrica de borracha expostos diariamente a hidrocarbonetos (etilbenzeno, benzeno, tolueno e xileno) apresentaram níveis inferiores à média, em termos de quantidade e qualidade de espermatozóides (um estudo em 2001 demonstrou que homens fumantes e que trabalhavam em petroquímicas apresentavam particularmente baixa qualidade de espermatozóides). Mesmo assim, nem todos os principais estudos confirmaram os efeitos dessas substâncias químicas. As evidências que demonstram efeito significativo sobre a fertilidade são irrelevantes.

Exposição a metais pesados - exposição crônica a metais pesados como chumbo, cádmio ou arsênico pode afetar a qualidade do espermatozóide. Vestígios desses metais no sêmen parecem inibir a função de enzimas no acrossomo, membrana que reveste a cabeça do espermatozóide.

Tratamentos com radiação - raio X e outras formas de radiação afetam qualquer célula que esteja se dividindo. Dessa forma, células que produzem espermatozóides são bem sensíveis a danos de radiação. Células expostas a níveis significativos de radiação podem levar até 2 anos para retomar a produção normal de espermatozóides e, em muitos casos, nunca mais se recuperam.

Baixos níveis de sêmen

Homens com problemas de fertilidade devido aos níveis baixos de sêmen na ejaculação podem ter uma anormalidade estrutural nos canais que transportam espermatozóides (uma quantidade normal de sêmen é 2,5 ml a 5 ml ou cerca de meia colher de chá).


http://saude.hsw.uol.com.br/infertilidade-masculina3.htm
 
ciomara


terça-feira, 12 de abril de 2011

 

SHELL É SHELL, NÉ NÃO????

Só para meditar:- Uma autoridade DO DIREITO CÍVEL

(NÃO DO TRABALHISTA),

disse que o TETO das indenizações por danos morais no Caso Shell, por ela ter

contaminado/ envenenado, o lençol freático, o solo, o ar e TUDO que a cercava, inclusive

lançando seus produtos, altamente contaminantes, no RIO ATIBAÍA, É DE 50 MIL

PARA PROPRIETÁRIOS E 30 MIL PARA OS CASEIROS.

ACHO QUE VOU LEVAR UM PAPO COM O PESSOAL DO PÂNICO!!!
ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ
...digo isso porque o pessoal do PÂNICO NA TV foi condenado a pagar 100 mil por ter jogado baratas em uma senhora na rua.
xxxxxxxxxxxxxiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!

 

TRT MANTÉM CONDENAÇÃO DA SHELL E BASF......

EcoAgência - 12/04/2011 12:16
TRT mantém condenação da Shell e da Basf no caso de Paulínia

Ministério Público do Trabalho em Campinas

Fica mantido que cada ex-trabalhador e cada filho de ex-trabalhador nascido durante ou depois da prestação de serviços deverá receber o montante individual de R$ 64.500.


População de Paulínia fez protesto contra a Shell
 

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região negou recurso impetrado pelas empresas Shell do Brasil e Basf S/A contra decisão em primeira instância que condena as multinacionais ao custeio de tratamento de saúde de ex-funcionários e ao pagamento de uma indenização bilionária por danos morais. O acórdão proferido pelo TRT mantém a sentença da Vara do Trabalho de Paulínia, que também abrange filhos de empregados que nasceram durante ou após a prestação de serviços, autônomos e terceirizados. A cobertura médica deve abranger consultas, exames e todo o tipo de tratamento médico, nutricional, psicológico, fisioterapêutico e terapêutico, além de internações.

Fica mantido que cada ex-trabalhador e cada filho de ex-trabalhador nascido durante ou depois da prestação de serviços deverá receber o montante individual de R$ 64.500, indenização que se refere à protelação do processo pelas empresas, no período compreendido entre a data da propositura da ação, em 2007, até 30 de setembro de 2010. Este valor será acrescido de juros e correção monetária a partir da sentença e de mais R$ 1.500 por mês caso não seja feito o reembolso mensal das despesas nos meses seguintes.

Após a publicação da sentença, os trabalhadores terão prazo de 90 dias para apresentar documentos comprovando a condição de ex-empregados das empresas Shell, Cyanamid ou Basf (sucessora da Cyanamid), ou de terceirizados ou autônomos que trabalharam na unidade fabril de Paulínia, independente do trânsito em julgado. Embora possam ser cadastrados trabalhadores de todo o país, o atendimento à saúde foi restringido à Região Metropolitana de Campinas e à cidade de São Paulo.

As empresas devem constituir um comitê gestor do pagamento da assistência médica, o qual, segundo ex-trabalhadores, está em vias de ser estabelecido. Se descumprir a obrigação, as empresas devem pagar multa diária no valor de R$ 100 mil. As empresas também foram condenadas ao pagamento de indenização por danos morais causados à coletividade no valor de R$ 761 milhões, reversível ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). De acordo com o juízo, as empresas deverão arcar, no total, com um custo aproximado de R$ 1 bilhão e 100 milhões de reais.

Mais de 1 mil ex-trabalhadores das empresas foram beneficiados com a sentença, além de outras centenas de familiares, também suscetíveis à contaminação. De todos os trabalhadores que tentam provar que foram expostos a substâncias contaminantes, ao menos 100 possuem ações individuais em trâmite na Justiça.

A exposição de seres humanos aos contaminantes presentes no local da fábrica é há anos estudada e está vastamente documentada nos autos da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2007, juntamente com Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) e Instituto Barão de Mauá de Defesa de Vítimas e Consumidores Contra Entes Poluidores e Maus Fornecedores.

O material foi produzido por instituições como Unicamp, MPT, Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, Ministério da Saúde, Cut, Cedec, Dieese, Unitrabalho e pela empresa holandesa Haskoning/IWACO – a pedido da própria Shell. Em razão de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado perante o Ministério Público do Trabalho, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Campinas examinou 69 ex-trabalhadores da Shell/Cyanamid/Basf e enviou um relatório, que foi juntado aos autos do inquérito, sobre os atendimentos realizados, cujo resultado apontou uma média de 6 diagnósticos por indivíduo analisado.

Dos 17 casos diagnosticados, 10, ou seja, 58,8% foram de neoplasia maligna, chamando atenção os cânceres de próstata e os de tireóide. Houve ainda um caso de síndrome mielodisplásica. Quanto às doenças endócrinas, o Cerest verificou que 67,9% dos diagnósticos foram dislipedimias somadas às doenças da glândula tireóide.

Dos 34 casos de doenças do aparelho circulatório, 21 foram casos de doenças hipertensivas. Dentre as doenças do aparelho digestivo, destacaram-se as doenças do fígado, além da ocorrência de casos de doença diverticular do cólon e um caso de metaplasia intestinal em esôfago. Em 30 casos houve predominância de Lesões por Esforços Repetitivos (LER), enquanto que 56 ex-trabalhadores apresentaram problemas sérios no aparelho gênito-urinário, com afecções da próstata, alterações de fertilidade e impotência sexual. Ainda houve exames em que o diagnóstico final não foi comprovado, mas apresentaram alterações. A Shell e a Basf podem recorrer da decisão no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

Conheça o caso

No final da década de 70 a Shell instalou uma indústria química nas adjacências do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia. Em 1992, ao vender os seus ativos para a multinacional Cyanamid, começou a ser discutida a contaminação ambiental produzida pela empresa na localidade, até que, por exigência da empresa compradora, a Shell contratou consultoria ambiental internacional que apurou a existência de contaminação do solo e dos lençóis freáticos de sua planta em Paulínia.

A Shell foi obrigada a realizar uma auto-denúncia da situação à Curadoria do Meio Ambiente de Paulínia, da qual resultou um termo de ajuste de conduta. No documento a empresa reconhece a contaminação do solo e das águas subterrâneas por produtos denominados aldrin, endrin e dieldrin, compostos por substâncias altamente cancerígenas – ainda foram levantadas contaminações por cromo, vanádio, zinco e óleo mineral em quantidades significativas.

Após os resultados toxicológicos, a agência ambiental entendeu que a água das proximidades da indústria não poderia mais ser utilizada, o que levou a Shell a adquirir todas as plantações de legumes e verduras das chácaras do entorno e a passar a fornecer água potável para as populações vizinhas, que utilizavam poços artesianos contaminados. Mesmo nas áreas residenciais no entorno da empresa foram verificadas concentrações de metais pesados e pesticidas clorados (DDT e drins) no solo e em amostras de água subterrâneas. Constatou-se que os "drins" causam hepatotoxicidade e anomalias no sistema nervoso central.

Ademais, a Cyanamid foi adquirida pela Basf, que assumiu integralmente as atividades no complexo industrial de Paulínia e manteve a exposição dos trabalhadores aos riscos de contaminação até 2002, ano em que os auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditaram o local, de acordo com decisão tomada em audiência na sede do MPT. Apesar do recurso impetrado pela Basf, a interdição foi confirmada em decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região.

Em 2005, o Ministério da Saúde concluiu a avaliação das informações sobre a exposição aos trabalhadores das empresas Shell, Cyanamid e Basf a compostos químicos em Paulínia. O relatório final indicou o risco adicional aos expostos ao desenvolvimento de diversos tipos de doença. No ano de 2007, o MPT ingressou com ação civil pública para garantir os direitos dos ex-trabalhadores ao custeio de tratamento de saúde, juntamente com uma indenização milionária.

Leia também:
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MPT/EcoAgência


 
ciomara


quinta-feira, 7 de abril de 2011

 

REVIVENDO...


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

 

caso shell Paulínia

                           Meu pai, década de 60, construindo nossa casa


Uma história do Recanto dos Pássaros
(antigo Poço Fundo)

"Volto meu pensamento para o ano de 1955!
- Alegria! Papai comprou um pesqueiro às margens do rio Atibaia, em Paulínia, para nossas férias e fins de semana.
Paulínia!
A igreja, a padaria, o açougue, o armazém, o coreto e a estação de trem!
O pesqueiro! No Poço Fundo (hoje Recanto dos Pássaros)!
A mata virgem! A água limpa do rio! O cheiro da mata! Os serelepes! As borboletas! Os sagüis! As jaguatiricas! O lobo Guará! Que medo! Que alegria no mato catando favas de baunilha que caiam das orquídeas! Quanta farra, nadando e pescando no rio! Quanta beleza na piracema, milhares de peixes subindo o rio!
Tijolo por tijolo meu pai construiu o nosso refúgio!
Por vezes levava o saco de cimento nas costas, da "Vila" até lá (5 quilômetros).
A areia grossa tirava do meio do rio, a fina do barranco e o tijolo, feito a mão, o "Zé Joaquim" levava no carro de boi!
Quanta felicidade formando o pomar! Acompanhando o crescimento de cada muda! A primeira flor, o primeiro fruto de cada espécie, que era sempre dividido entre nós! Lá era o nosso Paraíso.
Em outubro de 1971 meu pai faleceu, em dezembro mudei para lá.
 Na mesma década a Shell se instalou no meu portão.
Imponente, poderosa, dominadora e arrogante!
 Era o "Progresso" que chegava!
O "Desenvolvimento", o "emprego para o povo"!
O ar, misturado com a fumaça das chaminés, passou a cheirar formicida!
 O vento trazia um cheiro ardido que queimava os olhos e fazia vomitar!
A água passou ter gosto de remédio!
Em 1995 a autodenuncia.
Em fevereiro de 2003 a interdição do bairro.
 Em abril de 2003 a remoção dos moradores..
 Em 1º de abril de 2004 recebo um Mandado de Citação, ..
."ação de execução provisória de obrigação de fazer"! Obrigação de vender "meu Paraíso"!
E em meio a muitas humilhações só faltou a inversão dos fatos!
Hoje me encontro hospedada em um hotel de Paulínia, pago pela Shell,
não por vontade própria ou opção e sim para cumprir ordens e obedecer à justiça.
Humilhações, restrições, discriminações, falta de privacidade e imposições passaram fazer parte da minha vida depois que fui obrigada, até intimidada, com possível remoção com força policial, caso não desocupasse, por bem, o "meu" imóvel e viesse me instalar num hotel da região, ou seja, para o confinamento.
Desfrutando de um cardápio farto, porém não compatível com minhas necessidades, tento me adaptar.
Vivendo entre quatro paredes, respeitando regras e horários, tento sobreviver com equilíbrio e dignidade.
Separada do meu trabalho, dos meus animais, da minha maneira de viver, da liberdade e autonomia que sempre desfrutei, procuro não sucumbir.
Decepada nas minhas raízes, obedecendo a determinações e cumprindo a lei, agonizo.
Nunca, em minha vida, cogitei sair da minha casa, onde eu colhia minhas frutas e verduras o ano todo, onde eu tinha a paz necessária para fazer meu artesanato, onde eu criava minhas vacas, onde, e donde, tirávamos o sustento da família.
Em nenhum momento ninguém se mostrou responsável ou se preocupou com a extensão dos danos causados, só querem tomar posse da minha chácara pelo preço que eles estipularam e "remediar" o local, já que é "quase impossível recuperar".
E quem perde com isso? É o povo brasileiro!
Porém não têm dinheiro que pague a vida, os sonhos, os anseios, a felicidade, o amor, a segurança e o sorriso de uma criança de barriga cheia!
Omissões e acidentes criminosos contra o meio ambiente continuam impunes por esse Brasil afora.
Multinacionais continuam envenenando nossa água, nosso solo, nosso ar, nossa saúde.
E os órgãos Municipais competentes o que fazem de concreto?
Usam o evento para ganhar eleição?
Planejam grandes Parques Florestais em área contaminada?
Mandam a gente economizar água para não faltar para as Multinacionais envenenarem?''

Ciomara de Jesus Rodrigues
Moradora do Recanto dos Pássaros há 32 anos
ciomara


terça-feira, 5 de abril de 2011

 

SAÚÚÚÚÚÚÚDE!!!!! TIM TIM!!!!!!!!

Terça, 05 de Abril de 2011

EM PAULÍNIA (SP)

STJ mantém ação para que Shell pague tratamento a moradores de área contaminada

Da Redação - 27/04/2010 - 14h36


O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu dar prosseguimento à ação civil pública movida pela prefeitura de Paulínia (SP) contra a Shell do Brasil Ltda. no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A ação pede que a empresa pague tratamento de saúde aos moradores do município que foram expostos à área contaminada, considerada impactada por dano ambiental.

Além disso, a ação pede também que a Shell seja obrigada a neutralizar todas as fontes de exposição de contaminantes existentes no local, em benefício da população que não foi atingida diretamente.

Para o ministro Humberto Martins, relator no STJ, mais do que afetar os direitos patrimoniais da população já prejudicada, o caso atinge outros interesses, como "o meio ambiente ecologicamente equilibrado e uma vida saudável".

"As relações causais estão tão intimamente ligadas que um único fato pode gerar consequências de diversas ordens, de modo que é possível que dele advenham interesses múltiplos. É o caso, por exemplo, de um acidente ecológico que resulta em danos difusos ao meio ambiente, à saúde pública e, ao mesmo tempo, em danos individuais homogêneos aos moradores da região", afirmou o ministro.

Em sua defesa, a Shell argumentou no STJ que a ação em trâmite no TJ paulista trata de interesses heterogêneos, de natureza indenizatória a pessoas determinadas, motivo pelo qual o município de Paulínia não teria legitimidade para atuar no pólo ativo da referida ação civil pública.

Entretanto, no entendimento de Humberto Martins, ainda que o caso presente trate unicamente de direitos individuais, isso não afasta a relevância social dos interesses em jogo.

Com o objetivo de fundamentar sua argumentação, o ministro citou como precedentes processos já julgados pelo STJ, relatados pelos ministros Mauro Campbell (no Recurso Especial n. 1.120.253/PE, no ano passado) e Castro Filho (no Recurso Especial n. 555.111/RJ, em 2006).

Inicialmente, a Shell interpôs no STJ um recurso especial, que não foi provido. A empresa, então, apresentou agravo regimental ao recurso especial, ao qual os ministros da 2ª Turma, por unanimidade, negaram provimento.

 
ciomara


 

Enc: Fwd: Folha.com: Justiça mantém multa a Shell e Basf por contaminação do solo


 
ciomara


----- Mensagem encaminhada ----
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Enviadas: Terça-feira, 5 de Abril de 2011 8:01:26
Assunto: Fwd: Folha.com: Justiça mantém multa a Shell e Basf por contaminação do solo



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Notícia por e-mail <noticiaporemail@folha.com.br>
Data: 5 de abril de 2011 07:47
Assunto: Folha.com: Justiça mantém multa a Shell e Basf por contaminação do solo
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Justiça mantém multa a Shell e Basf por contaminação do solo
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/898255-justica-mantem-multa-a-shell-e-basf-por-contaminacao-do-solo.shtml

Comentário: a

Folha.com
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segunda-feira, 4 de abril de 2011

 

Enc: TRT mantém condenação da Shell/Basf por contaminação


 
ciomara


----- Mensagem encaminhada ----
De: Sindicato Quimicos Unificados <emarketing@quimicosunificados.com.br>
Para: ciomararodrigues@yahoo.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 4 de Abril de 2011 21:41:11
Assunto: TRT mantém condenação da Shell/Basf por contaminação

[ Químicos Unificados ] - Newsletter
  Informativo - 04 de Abril de 2011

 
Ato dos ex-trabalhadores Shell/Basf em frente ao TRT
TRT mantém condenação da Shell/Basf na contaminação ambiental e humana


Desembargador diz que"... os tempos são outros, sendo inadmissível... que se fira a incolumidade de um bairro ou uma região, sem consequências"

Durante sessão de julgamento realizada na tarde desta segunda-feira (4/4), na 4ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, foi mantida por unanimidade a sentença da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia, condenando as empresas Shell Brasil Ltda. e Basf S.A. a custear todas as despesas relacionadas ao tratamento de problemas de saúde advindos da contaminação do solo onde as empresas operaram por cerca de 25 anos.


O desembargador Manoel Carlos Toledo Filho (1º plano) lê seu voto, observado pelo relator do acórdão, desembargador Dagoberto Nishina de Azevedo, e pela procuradora do trabalho Abiael Franco Santos (esq.)
O desembargador Manoel Carlos Toledo Filho (1º plano)
lê seu voto, observado pelo relator do acórdão,
desembargador Dagoberto Nishina de Azevedo, e pela
procuradora do trabalho Abiael Franco Santos (esq.)


O recurso ordinário tinha ainda como parte a Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, que propôs em 2007 a ação civil pública (ACP), buscando responsabilizar os empregadores pelo acompanhamento médico privado dos seus ex-empregados e garantir os direitos dos trabalhadores e suas famílias.


Dr. Vinícius, advogado do Sindicato Químicos Unificados, que defende os ex-trabalhadores Shell/Basf
Dr. Vinícius, advogado do Sindicato Químicos Unificados,
que defende os ex-trabalhadores Shell/Basf


O desembargador Dagoberto Nishina de Azevedo, relator do acórdão, presidiu a sessão de julgamento. Também votaram os desembargadores Manoel Carlos Toledo Filho e Rita de Cássia Penkal Bernardino de Souza.

Os cuidados médicos serão administrados por um comitê gestor, composto por representantes das empresas, dos trabalhadores e de entidades sindicais, e se estenderão aos filhos nascidos durante ou após o período de trabalho na unidade de Paulínia, onde as empresas fabricavam agrotóxicos. Serão abrangidas consultas, exames e todo o tipo de tratamento médico, nutricional, psicológico, fisioterapêutico e terapêutico, além de internações. O acórdão inclui ainda uma indenização por danos morais, no valor de R$ 761 milhões, a serem revertidos ao Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT).


A sala de sessões da 4ª Câmara do TRT ficou lotada com a presença de trabalhadores, advogados e imprensa
A sala de sessões da 4ª Câmara do TRT ficou lotada
com a presença de trabalhadores, advogados e imprensa


Durante a sessão, o desembargador Dagoberto ressaltou que não há nada de absurdo na conclusão da sentença da 1ª instância, que, segundo ele, foi brilhante. O magistrado ressaltou que os tempos são outros, sendo inadmissível "que se fira a incolumidade de um bairro ou uma região, sem consequências".

Para o desembargador, em nenhum momento as empresas apresentaram uma só prova de sua inocência e o valor da condenação servirá pelo menos para amenizar o dano causado. A decisão da Câmara ressalta que mais de mil pessoas foram atingidas pela contaminação.


Cronologia do caso

No final da década de 70 a Shell instalou uma indústria química nas adjacências do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia. Em 1992, após a Shell vender os ativos para a multinacional Cyanamid, começou a ser discutida a contaminação ambiental produzida na localidade, até que, por exigência da empresa compradora, a Shell contratou uma consultoria ambiental internacional, que apurou a existência de contaminação do solo e dos lençóis freáticos de sua planta em Paulínia.

Em seguida a empresa apresentou uma autodenúncia da situação à Curadoria do Meio Ambiente de Paulínia, da qual resultou um Termo de Ajustamento de Conduta. No documento, a Shell reconhece a contaminação do solo e das águas subterrâneas por produtos denominados aldrin, endrin e dieldrin, compostos por substâncias altamente cancerígenas – também foram detectadas contaminações por cromo, vanádio, zinco e óleo mineral em quantidades significativas.

Mesmo nas áreas residenciais no entorno da empresa foram verificadas concentrações de metais pesados e pesticidas clorados (DDT e "drins") no solo e em amostras de água subterrâneas. Constatou-se que os "drins" são substâncias tóxicas para o fígado e causam anomalias no sistema nervoso central.

Em 2000, a Cyanamid foi adquirida pela Basf, que assumiu integralmente as atividades no complexo industrial de Paulínia e manteve a exposição dos trabalhadores aos riscos de contaminação até 2002, ano em que os auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditaram o local.

Em 2005, o Ministério da Saúde concluiu a avaliação das informações sobre a exposição dos trabalhadores das empresas Shell, Cyanamid e Basf a compostos químicos em Paulínia. O relatório final indicou o risco adicional de desenvolvimento de diversos tipos de doenças.

Fonte: TRT 15ª Região Campinas
Texto: José Francisco Turco
Fotos da sessão: Denis Simas


Mais informações

Ainda cabem recursos a Brasília para a Shell/Basf.

ACESSE AQUI para ler na íntegra matéria sobre a condenação da Shell/Basf na 2ª Vara do Trabalho em Paulínia, em agosto de 2010.

ACESSE AQUI para ver todos os detalhes deste crime de contaminação ambiental e humana cometido pela Shell/Basf no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.

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TRT mantém condenação bilionária contra Basf e Shell

Sindicato diz que indenização faz referência a período sem assistência médica

04/04/2011 - 17:21

Da redação

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Comemoração na decisão da Justiça do Caso da Basf e ShellO Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas decidiu, na tarde desta segunda-feira (4), manter a condenação contra as empresas Shell do Brasil e Basf S/A no processo movido por trabalhadores das empresas, que mantiveram instalações em Paulínia, que alegam ter sido vítimas de contaminação por produtos químicos. Com a nova decisão, as empresas devem indenizar os ex-funcionários por danos morais e custear despesas com tratamentos de saúde.

O julgamento só pôde ser acompanhado por dez representantes do grupo de ex-funcionários, todos vítimas no processo. Por isso, em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho, sindicalistas aguardavam pela decisão. O relator Dagoberto Nishina de Azevedo e outros 2 desembargadores foram unânimes no veredito. Eles julgaram improcedente o recurso e mantiveram a condenação contra as empresas. 

"Essa é uma sentença exemplar. As pessoas devem acreditar na Justiça, em especial na Justiça do Trabalho", disse Azevedo.

A professora Benedita Andrade, mãe de um jovem com deficiência, decorrente da contaminação com os produtos químicos, disse que a decisão vai amenizar os custos que ela tem com o tratamento do filho portador de necessidades especiais.

O advogado do sindicato dos químicos, Vinícius Cascone, explica que o principal objetivo do sindicato era conquistar a assistência médica para funcionários e familiares. "A indenização está em segundo plano, mas o valor na verdade é referente ao período em que essas pessoas ficaram sem o suporte desse atendimento médico", explica o advogado.

Justiça condenou em segunda instância as empresas

Shell

A Shell informou, através de nota oficial, que vai recorrer da decisão e afimou que a existência de contaminação ambiental não implica, necessariamente, em exposição e prejuízo à saúde de pessoas. A afirmação é baseada em estudos, análises e perícias realizadas ao longo dos últimos 6 anos na região. Com isso, a empresa diz que não é possível afirmar que as doenças apresentadas por ex-funcionários resultaram do fato das pessoas terem trabalhado nas antigas instalações da Shell, em Paulínia.

Basf

A Basf também informou, através de nota oficial, que vai recorrer da decisão em instância superior. Além disso, reforça que já vem cumprindo a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, que determinou o custeio de despesas com consultas, exames e afins para as pessoas que trabalharam na fábrica de Paulínia, entre os anos 2000 e 2002.

Justiça

As multinacionais foram condenadas, em primeira instância, em agosto de 2010 pela Justiça de Paulínia ao custeio do tratamento de saúde de ex-trabalhadores, filhos e terceirizados e a pagar uma indenização por danos morais causados pela reiterada exposição dos empregados a agentes químicos, que passa da casa de R$ 1,2 bilhão, mas a decisão foi suspensa pelos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no mês seguinte.
Desde 2007, o MPT tenta na Justiça responsabilizar as empresas pelo acompanhamento médico privado dos seus ex-empregados, com o objetivo de garantir os direitos dos trabalhadores e suas famílias, e de desonerar o sistema único de saúde.

Justição mantém decisão no caso

Entenda o caso

No final da década de 70, a Shell instalou uma indústria química nas adjacências do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia. Em 1992, ao vender os seus ativos para a multinacional Cyanamid, começou a ser discutida a contaminação ambiental produzida pela empresa na localidade. Por exigência da empresa compradora, a Shell contratou consultoria ambiental internacional que apurou a existência de contaminação do solo e dos lençóis freáticos de planta em Paulínia.

A Shell foi obrigada a realizar uma autodenúncia da situação à Curadoria do Meio Ambiente de Paulínia, que resultou em um Termo de Ajustamento de Conduta. No documento, a empresa reconhece a contaminação do solo e das águas subterrâneas por produtos denominados aldrin, endrin e dieldrin, compostos por substâncias altamente cancerígenas - ainda foram levantadas contaminações por cromo, vanádio, zinco e óleo mineral em quantidades significativas.

Em 2001, a Prefeitura de Paulínia e a Shell fizeram exames de sangue em dezenas de moradores e ex-moradores do bairro Recanto dos Pássaros: os resultados foram divergentes. As análises encomendadas pela shell não apontam contaminação por drins; já os exames feitos pelo laboratório da Unesp, a pedido da Secretaria Municipal da Saúde, mostraram que 88 pessoas estavam com intoxicação crônica e 72 estavam contaminadas por drins, produtos que eram fabricados pela fábrica da Shell. Uma perícia feita pelo Ministério Público constatou que há relação entre a intoxicação dos moradores e a antiga fábrica de pesticidas.

A Cyanamid foi adquirida pela Basf, que assumiu integralmente as atividades no complexo industrial de Paulínia e manteve a exposição dos trabalhadores aos riscos de contaminação até 2002, ano em que os auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditaram o local.

Em 2005, o Ministério da Saúde concluiu a avaliação das informações sobre a exposição aos trabalhadores das empresas Shell, Cyanamid e Basf a compostos químicos em Paulínia. O relatório final indicou o risco adicional ao desenvolvimento de diversos tipos de doença.

 
ciomara


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