terça-feira, 19 de setembro de 2006

 

POIS É....

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Exposição a agrotóxicos potencializa depressão e suicídio em agricultores


O Brasil é o terceiro mercado e o oitavo maior consumidor de agrotóxicos por hectare no mundo, sendo os herbicidas e inseticidas responsáveis por 60,0% dos produtos comercializados no país. No entanto, o uso indiscriminado de agrotóxicos no campo pode resultar na intoxicação dos trabalhadores rurais com diferentes graus de severidade, causando depressão e podendo levar, inclusive, ao suicídio. É o que mostram pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul em um estudo que objetivou conhecer o perfil das intoxicações, com ênfase nas tentativas de suicídio, pelo uso de agrotóxicos na população rural do estado de 1992 a 2002.
De acordo com artigo publicado na edição de março abril de 2005 dos Cadernos de Saúde Pública, do total de 8.697 casos de intoxicação atribuídos às tentativas de suicídio, registrados, em 2001, pelo Serviço Integrado de Informação Toxico-Farmacológica do Ministério da Saúde, 11,6% foram provenientes do uso de agrotóxicos.
No estudo, os pesquisadores verificaram que das 1.355 notificações de intoxicação provocadas pelo manuseio e pelo uso de agrotóxicos utilizados na agricultura no estado, registradas no Centro Integrado de Vigilância Toxicológica da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Mato Grosso do Sul entre 1992 e 2002, 501 foram provenientes da ingestão voluntária desses produtos, com 139 óbitos. As regiões de Campo Grande e Dourados apresentaram os maiores números de notificações e de prevalência de tentativa de suicídios, sendo que Dourados apresentou também a maior prevalência de óbitos.
A equipe constatou também que a média de óbitos por 100 mil habitantes provocados pelas diferentes formas de suicídio no Mato Grosso do Sul foi superior a do Brasil, e a das regiões superior a do estado.

Os pesquisadores lembram no artigo que no Brasil, a produção de algodão demanda quase 80,0% de todo o inseticida comercializado no país e que as regiões estudadas são grandes produtores de algodão, o que, segundo eles, significa que o contato dos agricultores com os agrotóxicos é grande: “embora a cultura do algodão não possa ser considerada determinante para a ocorrência de suicídios numa região, a correlação encontrada neste estudo pode significar um fator de risco, no que diz respeito à exposição humana aos inseticidas, uma vez a ocorrência de intoxicações agudas provocadas pela exposição aos agrotóxicos está fortemente associada à prevalência de transtornos psiquiátricos menores, sendo a depressão e a ansiedade os diagnósticos mais freqüentes, e sabe-se que os sintomas de depressão são reconhecidos como um fator prevalente nas tentativas de suicídios”.
Dessa forma, segundo eles, é provável que esta alta prevalência de tentativas de suicídio esteja relacionada com a exposição dos trabalhadores rurais aos agrotóxicos. “Isso indica a necessidade de se iniciar um programa de vigilância epidemiológica na região, até agora inexistente, para melhor avaliar, comparar e quantificar estes eventos”, afirmam no artigo.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)
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Eu e meus filhos não somos Agricultores, mas estivemos expostos a agrotóxicos 24 horas por dia e por mais de 20 anos, NÃO POR OPÇÃO, E SIM POR IMPOSIÇÃO.
Não digo que "temos vontade de nos suicidar", mas que a depressão existe, que a falta de vontade de viver é cada vez maior, INCLUSIVE, devido a outra imposição de termos que viver num Hotel, privados de uma vida normal e sadia, isso eu digo e repito: -Dá vontade de morrer.

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