quinta-feira, 26 de março de 2009

 

Postagens de 2006 e 2008



Quinta-feira, 24 de Julho de 2008
PRA RECORDAR...
FAZ TEMPO QUE EU NÃO EXPLICO:
- UM BLOG É COMO UM LIVRO JAPONÊS, DEVE SER LIDO DE TRÁS PRA FRENTE.
Sábado, Novembro 18, 2006


FAZ-ME RIR!!!!!!


Recebi esse e-mail abaixo de um anônimo.
...leiam e eu vou responder para ele/a abaixo.


posted by anonymous
"Pelo que vi nas fotos, sua chácara era bem simples.
Não seria o caso de a Shell te pagar o valor dela e vc reconstruir sua vida em outro local?
Essa de ficar em hotel faz vc e seus filhos perder a dignidade mais ainda.
Vcs estão se submetendo aos caprichos da empresa.
Quanto valia a chacara? Uns 100 mil. Com esse valor vc compra uma chácara melhor e se livra da Shell..."


Caro "anonymous"


A minha chácara tem mais de 4000m² , pomar formado, produzindo há mais de 30 anos e com 100 mil eu não compro nem uma casa, decente, aqui em Paulínia, que dirá comprar outra melhor e reconstruir nossa vida.
A Shell avaliou a minha chácara em mais de 100 mil,(hoje uns >150 mil). ...porém se a digníssima Shell, não tivesse desvalorizado o local com a contaminação e, anteriormente, na época da construção e instalação da mesma no local, não tivesse depreciado o bairro, atraindo casas de prostituição para lá, que, como todo empreendimento, buscam locais onde o custo benefício seja real (ninguém instalaria uma fabrica de gelo no Alasca) , o valor da minha chácara seria o mesmo de toda cidade de Paulínia.
Hoje uma chácara, bem simples, em Paulínia, em bairro popular, com a mesma metragem da minha, com pomar quase igual ao meu, casa com área construída menor que a minha, vale de 500 a 600 mil. Sem contar que essas chácaras não tem rio no fundo, não é em rua sem saída e PRINCIPALMENTE, não oferecem a mesma segurança que eu tinha na minha.
Se vc. leu meu blog todo deve ter visto que


eu vivi lá por 32 anos e nunca precisei trancar uma porta ou uma janela, para sair ou até mesmo para viajar.
Tem dinheiro que pague isso?


Com relação a perder a dignidade, tenha certeza que eu perderia, realmente, a dignidade se me submetesse ao que a Shell me impõe, que não é só viver no hotel


e sim me calar perante ao


CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE QUE ELA COMETEU


e aceitar a esmola que ela me oferece, sem questionar, como quase todos proprietários de lá fizeram.
A Shell abanou uns milhõesinhos para êles e êles venderam as propriedades sem questionar nada, hoje, porém, perceberam que foram logrados, estão arrependidos, mas é, quase, tarde demais.


Quanto a minha chácara, ela é simples, toda chácara onde se trabalha, para se ganhar o pão, lidando com gado, com artesanato e com a terra, é simples; fui criada na cidade


( no Cambuí em Campinas, rua General Osório nº 1887,(casa própria) ) ,


no que, talvez, vc. classificaria como luxo, mas luxo, pra mim é pra quem é pobre por dentro, de espírito...


Tenho amigas que chegam dizer, que onde eu morava, pode ser considerado uma tapera, perto do que deixei na cidade, mas como minha mãe dizia:


"Tem quem gosta dos olhos e quem gosta da remela".


...e como eu sempre digo:- " O que é de gosto é regalo da vida". ...


e eu gosto de lá, justamente por ser do jeito que é, do jeito que eu sempre quis que fosse, pois se eu quisesse diferente, eu faria diferente.


MAS não é por isso que a Shell e você (que ñ conheço) tem o direito de por preço no que nunca esteve a venda, e eu não quero nada da Shell, quero apenas que ela me devolva tudo que me tirou, pague pelo crime contra o meio ambiente, apesar de que dinheiro não paga a paz, o amor e tudo que ela arrancou de mim.


AGORA, se, pra vc., 100 mil reais são o suficiente para reconstruir o que vc. tem, sorte sua , pois para reconstruir o que eu tinha lá (e ainda tenho, pois ñ vendi) não dá nem para o cheiro.


... e além disso, como já disse, vou brigar até o fim, não é justo o que essas Multinacionais vem fazendo no nosso País, pro nosso povo...


Não existe vitória sem luta. ...e garanto para você, que a Shell (nem ninguém), vai conseguir fazer com que eu e meus filhos percamos a dignidade, pois a dignidade faz parte do nosso DNA.


# posted by ciomara @ 12:28 PM


Comments:


Você tem todo meu apoio. E de muitos e muitas.
A tua atitude muito honra teus amigos e admiradores.
Seria demais pedir para continuar lutando.Mas, jamais, pediríamos para desistir.
Te amo!


# posted by custódio campos : 12:47 AM
x


Esse caso Shell só serviu pra uma coisa. Paulinho virou Scretario de Meio Ambiente


# posted by Anônimo : 3:46 AM


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segunda-feira, 23 de março de 2009

 

E VIVA A P.....!!!!!!!

“Precisa-se de Matéria Prima para construir um País"
João Ubaldo Ribeiro
A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.
Agora dizemos que Lula não serve.
E o que vier depois de Lula também não servirá para nada.
Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é o Lula(não concordo com essa afirmação sobre o Lula. ciomara)
O problema está em nós.
Nós como POVO.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a “ESPERTEZA" é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos ...e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu "puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a impontualidade é um hábito.
Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas fazem "gatos" para roubar luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão caros.
Onde não existe a cultura pela leitura (exemplo maior nosso atual Presidente, que recentemente falou que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem econômica.
Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar ao que não tem, encher o saco ao que tem pouco e beneficiar só a alguns.
Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.
Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre.
Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Henrique e do Lula, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem "molhei" a mão de um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje de manhã passei para trás um cliente através de uma fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não.
Não.
Não.
Já basta.
Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que nosso país precisa.
Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS.
Nascidos aqui, não em outra
parte...
Me entristeço.
Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente sacaneados!!!
É muito gostoso ser brasileiro.
Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar,
um novo governador com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada.
Está muito claro...... Somos nós os que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo:
desculpamos a mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE!!!!!
JOÃO UBALDO RIBEIRO

quinta-feira, 19 de março de 2009

 

ÁREA "SUPOSTAMENTE" CONTAMINADA??

Segundo os advogados da shell, lá é uma área supostamente contaminada!!!
eu ia comentar o que eles dizem, mas resolvi só rir!!!
hahahahahahahahahahahahahahahahá!!!!!!
...ou então a Cetesb que se retrate!!!!!

(clic na imagem que ela aparece grande e dá para ler tudo )

Esse é o último relatório da CETESB (novembro de 2008) das

"ÁREAS CONTAMINADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO"


quinta-feira, 12 de março de 2009

 

E VIVA A PEDOFILIA!!!!!!!!!



Cordel dos Excomungados
I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.


Autor: Miguezim de Princesa - Poeta popular,
paraibano radicado em Brasília.
-- Wânia PasinatoSociólogaPesquisadora Sênior do NEV/USP
Pesquisadora - PAGU/UNICAMP
Consultora da SPM/PR para o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres no Estado de São Paulo

"A inteligência humana tem limites, a estupidez não."

- Contardo Caligaris.

quarta-feira, 11 de março de 2009

 

CPI???...ou marmelada???

...essa foto também pode ilustrar essa postagem!
...cículo vicioso é sempre círculo vicioso...
"ÓIA", EMBAIXO,
A DATA DESSA NOTÍCIA DE SOLICITAÇÃO DA CPI!!!!
...EU, sinceramente, não vi resultado nenhum dessa CPI.
Lembro quando esse deputado foi no bairro, me deram até um cartão dele que devo ter até hoje,
MAS...
...se vocês prestarem atenção verão, que a situação de 2001 é absolutamente a mesma de hoje em 2009!!!!!
(essa notícia copiei do Jornal Todo Dia)

SHELL

Deputado quer CPI para investigar a contaminação
Claudete Campos e Agência Estado -
Paulínia
O deputado estadual Rodolfo Costa e Silva (PSDB)
entrou ontem com um requerimento na Assembléia Legislativa de São Paulo solicitando a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a contaminação do solo e do lençol freático do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, pela empresa Shell Química do Brasil.
O deputado obteve as 32 assinaturas necessárias para solicitar a instalação da CPI.
O requerimento deverá ser votado e a Comissão somente será criada se o pedido for aprovado. Costa e Silva explicou que ainda não há prazo para que isso ocorra.
Representantes da Shell Química do Brasil, da Basf e o prefeito de Paulínia, Edson Moura (PMDB), devem prestar esclarecimentos aos integrantes da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de São Paulo sobre a contaminação com defensivos agrícolas no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.
A Basf foi convocada por situar-se na área da antiga fábrica da Shell Química.
A vice-presidente da Divisão Química da Shell da América Latina, Maria Lúcia Braz Pinheiro, e a equipe técnica da multinacional comparecerão à audiência de hoje.
A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Paulínia não confirmou se o prefeito atenderá a convocação.
A Comissão convocou as empresas e o poder público para esclareceram os motivos da contaminação a pedido do vice-presidente da Comissão, o deputado estadual Wagner Lino (PT). O deputado estadual também convocou o presidente da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental), Dráuzio Barreto, representantes da Vigilância Sanitária de Paulínia e o promotor José Carlos Cicoli, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público para prestar esclarecimentos.
Os moradores estão reivindicando a realização de exames nas famílias, visando comprovar se foram contaminados com os produtos fabricados ou manipulados pela empresa, como os organoclorados da família dos drins, utilizados na fabricação de pesticidas, e de metais pesados. A vice-presidente da Divisão Química da Shell, Maria Lúcia Pinheiro, prestou depoimento ontem ao delegado Tadeu Aparecido Brito de Almeida, na Delegacia de Polícia de Paulínia, no inquérito policial instaurado no ano passado para apurar a contaminação das chácaras.
A representante da empresa reconheceu ao delegado que ocorreu a contaminação do lençol freático com defensivos da família dos drins, mas ressaltou que ainda não se sabe a extensão da contaminação.
Segundo a vice-presidente, a Shell encomendou um estudo para verificar a abrangência da contaminação.
Ela ressaltou que não há comprovação se os sintomas apresentados pelos moradores das chácaras estão relacionados a esta contaminação, pois ainda não foi realizada uma investigação sobre os problemas de saúde.
Ontem à noite, os moradores do Recanto dos Pássaros fizeram um “pedágio” na Avenida José Paulino, no Centro.
Segundo o advogado Waldir Tolentino de Freitas, “o objetivo foi arrecadar fundos para agilizar os exames médicos e conscientizar a população sobre o descaso da Shell”.
Quarta-feira 11 de abril de 2001.

quarta-feira, 4 de março de 2009

 

CPI SHELL



17-Fev-2009
Multinacionais vão prestar esclarecimentos sobre a contaminação no Recanto dos Pássaros

Venceslau Borlina FilhoDA AGÊNCIA ANHANGUERA Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ' ); //-->">
venceslau.borlina@rac.com.br

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Áreas Contaminadas no Estado, instaurada no final do ano passado na Assembleia Legislativa de São Paulo, vai convocar os representantes das multinacionais Shell e Basf para prestar esclarecimentos sobre a contaminação ambiental no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.

O objetivo é identificar se as empresas estão cumprindo com as determinações impostas pela Justiça, Ministério Público Estadual (MP) e órgãos ambientais para remediação do solo e água contaminados com compostos organoclorados manuseados na empresa entre as décadas de 70 e o começo de 2000.Um dos primeiros passos da CPI foi aprovar um ofício encaminhado à Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb) e ao MP solicitando cópias dos processos referentes ao caso de contaminação. “Queremos saber como está o caso, quais foram as ações executadas e verificar o andamento dos processos de descontaminação de toda a área atingida”, disse o presidente da comissão, o deputado Rodolfo Costa e Silva (PSDB).

A convocação das empresas deve ser aprovada até o final do mês. A expectativa é de que até final de maio os representantes possam ir até a assembleia prestar os esclarecimentos necessários.

A Shell, por meio da assessoria de imprensa, informou que, após convocada, deverá prestar as informações que forem demandadas pela comissão. Por sua vez, a Basf informou que só irá se manifestar após recebimento da convocação.

De acordo com a Cetesb, a Shell chegou a ser autuada no final do ano passado em função do descumprimento de algumas ações do processo de remediação do Recanto dos Pássaros. Atualmente, a companhia ambiental analisa um cronograma apresentado pela multinacional para o cumprimento da remediação.

Entre as ações estão a escavação do solo contaminado com organoclorados na área onde ficava a unidade de formulação.

No local, os funcionários misturavam todos os componentes químicos dos defensivos agrícolas.

A atividade, inclusive, seria uma das responsáveis pelas possíveis contaminações dos trabalhadores à época. Essas escavações devem começar ainda este semestre e serem encerradas em 2010.Ainda segundo o cronograma, a Shell também deverá retirar as cinzas lançadas por dois incineradores que existiam na empresa.

Os restos dos materiais incinerados no local estão espalhados por toda a área da empresa e pela região onde estão as chácaras dos ex-moradores do Recanto dos Pássaros.

Com relação ao tratamento das águas subterrâneas contaminadas, em dezembro a Shell instalou a 10 barreira hidráulica.

Todos os poços que retiram a água do lençol freático estão localizados na parte baixa da empresa, próximo ao Rio Atibaia, de forma a evitar que a pluma de contaminantes atinja o rio. Além disso, os pontos servem de monitoramento da qualidade da água.

O procedimento deve ser mantido até 2012, quando a Cetesb deverá avaliar a qualidade das águas subterrâneas e liberar a Shell de continuar a ação de remediação.

Além disso, a empresa iniciou a implantação do projeto de recomposição florestal às margens do rio.

Moradores completam seis anos em hotel

Em abril, a família de Ciomara de Jesus Rodrigues, de 62 anos, ex-moradora do Recanto dos Pássaros, completa seis anos em um hotel de Paulínia.

“A Shell tirou minhas lembranças da infância, meu passado. Me deceparam nas raízes”, disse, emocionada.

Ela morava em uma chácara quando a Shell apresentou a autodenúncia de contaminação ao MP.

Com a medida, ela foi retirada da casa em 2003.

Ciomara ainda não conseguiu concretizar a venda do imóvel para a Shell.

Na mesma situação está a esteticista Antonia Pelegrini, de 47 anos.

Em um blog (www.casoshell.blogspot.com) Ciomara relata o drama.

“Por meio do blog, conheço pessoas do mundo inteiro, que já passaram por problemas como o meu ou que estão passando”, disse.

Hoje, Ciomara vive no hotel com dois filhos.

A Shell informou que já adquiriu 61 chácaras do bairro e que só faltam as duas.

“Infelizmente, duas famílias ainda não concordaram em vender as propriedades, apesar de todas as formas de entendimento propostas pela empresa nos últimos cinco anos.

Diante das negativas, o assunto se encontra sob mediação do Judiciário.

A Shell efetuou depósitos judiciais em nome daqueles proprietários, cujos valores foram determinados pela Justiça

(( isso em vermelho é MENTIRA.

Foi a shell que contratou imobiliárias "da confiança dela" e avaliou minha chácara que NUNCA ESTEVE A VENDA))

e poderão ser retirados pelas famílias quando da concretização da venda das propriedades.”

(VBF/AAN)Ex-trabalhadores ainda aguardam definição do TRTCerca de mil ex-funcionários têm direito a um plano de saúde vitalícioOs cerca de mil ex-funcionários beneficiados com a antecipação de tutela concedida em dezembro pela Justiça de Trabalho de Paulínia aguardam uma definição do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre o recurso apresentado pela Shell no caso. A decisão liminar garante aos ex-trabalhadores e parentes o pagamento, por parte da Shell, de um plano de saúde vitalício. “Não queremos nada mais que um direito nosso”, disse Sinval José Ramos, de 51 anos.Sinval trabalhou por quase 25 anos nas empresas e hoje busca atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) em função de problemas médicos que teriam sido adquiridos durante a exposição aos compostos organoclorados. Sinval sofre de tremores nas mãos, que causam dores, além de hepatite tóxica. As doenças já foram todas comprovadas por médicos nomeados pela Justiça para perícia. O ex-trabalhador também já fez tratamento de descontaminação porque em seu organismo foram constatados índices acima do normal de metais pesados como alumínio, manganês, zinco, arsênico e cloro.Aposentado, hoje a vida de Sinval é limitada. Sem planos futuros, ele vive cada dia com o medo iminente da morte. “Já perdi 48 amigos de trabalho da Shell. Eles morreram de câncer ou de ataque fulminante do coração, coisa incomum em função da idade. Tenho medo de adquirir alguma doença grave, morrer de uma hora para outra e deixar minha família. Hoje eu estou aqui, mas não sei o dia de amanhã”, afirmou.Em nota oficial, a Shell informou que sempre se manteve disposta a negociações, porém “não pode aceitar a proposta efetuada pela Justiça, pois no entendimento da empresa, nenhum ex-funcionário ou qualquer outro trabalhador faz jus ao recebimento de custeio de tratamento de saúde pela Shell, já que não é possível afirmar que as alegadas queixas de saúde de ex-funcionários ou quaisquer outros trabalhadores resultaram do fato de essas pessoas terem trabalhado nas antigas instalações da Shell em Paulínia”. A multinacional apresentou uma proposta de montar um núcleo de atendimentos aos ex-funcionários. O caso é avaliado no TRT.A Basf informou que a Justiça do Trabalho lhe excluiu das obrigações com ex-trabalhadores por não ter relações com as denúncias de contaminação da Shell, apesar de atuar na mesma fábrica. (VBF/AAN)O

CASO

Anos 70

— A Shell do Brasil S.A. instala no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, sua fábrica de pesticidas, que foi vendida na década de 80.1995 — A multinacional anglo-holandesa protocola no Ministério Público (MP) Estadual uma autodenúncia de contaminação da área.

1996

— Laudo do laboratório norte-americano Lancaster informa que os níveis de contaminação são 16 vezes maiores do que os índices permitidos para a preservação da saúde humana..

2000

— Em julho, o MP denuncia a contaminação. Em agosto, Cetesb, MP e Secretaria do Meio Ambiente de Paulínia sugerem a interdição de parte da área.

2001

— Exames detectam metais pesados e substâncias cancerígenas no organismo de moradores do bairro. Em novembro, a empresa começa a comprar as chácaras contaminadas.

2002

— Ação movida pelo MP pede a remoção de toda a população do bairro. Pede também que a Shell assuma o tratamento de saúde de todos os moradores.

2003

— Em fevereiro, a Justiça determina que o bairro seja inteiramente desocupado. No mesmo mês, a Prefeitura interdita a gleba e passa a controlar o acesso dos visitantes.

2004

— Um grupo de ex-moradores entra na Justiça contra a Shell exigindo indenização por danos morais (R$ 700 mil) e materiais (pagamento de plano e tratamento de saúde vitalícios).

2005

— O Ministério da Saúde conclui relatório que acusa a Shell e a Basf de negligência, imperícia e imprudência nas atividades antigas e atuais da área.

2007

— O Ministério Público do Trabalho (MPT) pede R$ 620 milhões de indenização coletiva à Shell por danos à saúde de ex-funcionários.

2008

— Pelo menos 6 mil pessoas que foram expostas direta ou indiretamente à contaminação da Shell são convocadas pela Secretaria de Saúde de Paulínia para realizar avaliações de saúde.

2009

— A Justiça do Trabalho garante aos ex-funcionários plano de saúde vitalício, mas a execução da medida está suspensa para acordo entre as partes.

A CPI das Áreas Contaminadas convoca Shell e Basf para esclarecimentos sobre o caso.
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terça-feira, 3 de março de 2009

 

meu artesanato e minhas vacas























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