quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

 

TÚNEL...

O que vou "colar" abaixo acho que já "colei" há algum tempo atrás, mas...mais uma vez não vai doer nadinha, tenho certeza.

texto
5/07/06 14:51


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from: Sandro Milani <
sandromilani@gmail.com> [Show all messages]

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to: ciomara rodrigues ,
Desacordo.doc ,
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BOM DIA!!!!!!!!!!!!!!!!!

ESTE FOI O FRUTO DO MEU TEXTO NO FINAL DE SEMESTRE, QUE GRAÇAS AO BOM DEUS FOI ESCOLHIDO A MELHOR MATÉRIA.


MUITO OBRIGADO E ESPERO QUE VOCÊ GOSTE!!!!!!!!!!!!!
sandro milani
Desacordo, família continua em hotel
Sandro Milani

O que parecia se tratar de uma simples hospedagem temporária, tornou-se um drama na vida da família de Ciomara de Jesus Rodrigues, 60 anos, que com seus dois filhos, de 25 e 29, mora há 3 anos num hotel na cidade de Paulínia, convivendo diariamente com desconhecidos. Sem amigos, sem endereço próprio, sem telefone, sem liberdade. Mas nem só de perdas é a vida de Ciomara. Nesses mesmos 3 anos, ela ganhou cerca de 30 quilos, alguns problemas de saúde em decorrência da obesidade e uma série de limitações impostas por uma rotina solitária.
A família de Ciomara é uma das 60 que foram retiradas da área contaminada pela Shell, no Bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.
Morar num hotel, comendo, bebendo e dormindo sem pagar nada, pode parecer fascinante. Não para Ciomara. “Tudo bem que a Shell paga, inclusive quartos individuais para meus filhos, mas é o mínimo que a empresa poderia fazer depois de contaminar a área e tirar a gente da nossa casa”. Segundo ela, deixar de fazer coisas simples, com as quais estava acostumada, ver se os filhos estavam cobertos à noite, tirar leite de suas vacas, tratar dos gatos e colher frutas no pomar, é o mesmo que tirar dela a liberdade. “Me sinto como um pássaro engaiolado, vivo como gado confinado”.
Os dias de hóspede de Ciomara podem marcar de forma negativa sua vida. Para a psicóloga Emília Picarelli, a ansiedade e a expectativa vividas durante todo este tempo, fazem refletir no corpo. “Uma pessoa que vive nestas condições pode desenvolver efeitos traumáticos sérios, que, em alguns casos, podem deixar marcas por toda vida. É importante o acompanhamento de um especialista para orientar e administrar estes problemas vividos por ela”, alerta a psicóloga.
Ciomara diz que não agüenta a situação e espera que a Shell compre-lhe uma chácara com tudo que ela tinha na sua propriedade, seus animais, sua casa, seu pomar, e uma indenização que, segundo ela, seria usada no tratamento de saúde dela e dos filhos e para tentar recomeçar a vida.
Na ocasião da contaminação, a Shell providenciou a remoção e tratamento de saúde dos moradores, como foi determinado pela justiça. Depois disso, começou a negociação para a compra dos imóveis. Na época, os proprietários que concordaram com a proposta de compra por parte da Shell tiveram as chácaras adquiridas pela empresa.
Foi esse o caso de Paulo Souza , curador da Secretaria de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente de Paulínia e Presidente da Associação dos ex-moradores do Recanto dos Pássaros, que vendeu sua chácara por um preço abaixo do mercado. Mesmo sabendo que estava fazendo um mau negócio, foi obrigado pela família a concretizar a venda. “Eu tinha que vender pois minha mulher e meu filho me encostaram na parede. Sei que vendi barato, mas hoje tenho minha própria casa e vivo em paz com minha família”, conclui Souza. Apesar disso, ele move uma ação contra a Shell por danos à saúde.
Ciomara espera reconquistar o seu próprio espaço e a liberdade que lhe foi roubada.
No mesmo hotel, a Shell mantém outras 3 pessoas de uma mesma família, que também não entraram em acordo sobre a venda da propriedade.

Caso Shell se estende por quase 12 anos

Em 14 de setembro de 1994 a Shell do Brasil S.A. – Divisão Química, comunicou à Promotoria de justiça do Município de Paulínia através de auto denúncia a constatação de contaminação do solo e das águas subterrâneas, que segundo as informações da empresa, encontravam-se restritas à área fabril.
Só em 1998 a Shell admitiu publicamente, por força de ação em curso no Ministério Público Estadual (MPE), que havia contaminação por produtos tóxicos no lençol freático que abastece as chácaras do bairro Recanto dos Pássaros em Paulínia. O bairro, espremido entre indústrias é formado por 60 terrenos residenciais, margeando o Rio Atibaia. Em 2002, por determinação da justiça, a Shell começou a comprar os imóveis da área contaminada para que os moradores deixassem o local. Mas, de acordo com o vice-presidente da associação do bairro, Antonio de Padua Melo, pelo menos dois não aceitaram as propostas e moram em um hotel pago pela Shell. O advogado, Valdir Tolentino de Freitas que representa um grupo de moradores, diz que cento e oitenta pessoas ainda querem indenizações por possíveis danos à saúde.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

 

"SI FÔ, EU TÔ..."

Olá!!!!

Ontem ouvi o seguinte:-

"SOMOS FEITOS DA MESMA MATÉRIA DOS NOSSOS SONHOS."

...parece que foi SHEAKSPEARE, que disse isso, ou alguém que falou para ele...

E AGORA EU DIGO:- SE ISSO FOR VERDADE EU "TÔ MÁI" É PERDIDA!!!!

...pois nem, mais, sonhos, estou tendo o direito de ter...
... sonhar com que, se não sei o que será do meu amanhã??
... se não tenho chão???
... se tudo que me cerca é indecisão, incertezas e injustiças?!
...mas eu vou achar o caminho... da realização dos meus sonhos e de mim...

domingo, 28 de janeiro de 2007

 

DEMOLIÇÃO SHELL/BASF!!!!

Antigo prédio da Shell em Paulínia será demolido
EPTV Campinas -

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26/01/2007 14:36:00
A diretoria da empresa Basf informou que começou nesta sexta-feira (26) a demolir a antiga fábrica da Shell, no Recanto dos Pássaros, em Paulínia. A área onde funcionava a fábrica de produtos químicos está contaminada. A Basf assumiu a área no início da década.A empresa estima que 14 mil toneladas de restos de construção e outros materiais serão retirados do local e levados para um aterro industrial em Tremembé (SP). A Basf garante ainda que os operários envolvidos na ação não correm riscos, já que uma empresa especializada foi contratada para o serviço. Técnicos do Ministério da Saúde coletaram areia da parede do prédio para fazer análise. O resultado será apresentado apenas à Justiça. A coleta é uma forma de identificar a contaminação, já que o prédio retém substâncias químicas há muito tempo.O casoO problema começou há cerca de 13 anos, quando foi descoberto que o solo da fábrica que produzia pesticidas e o lençol freático que abastece chácaras do bairro Recanto dos Pássaros estavam com produtos tóxicos. Em 2002, por determinação da Justiça, a Shell começou a comprar os imóveis da área contaminada para que os moradores deixassem o local. Nem todos chegaram a um acordo e, em novembro do ano passado, duas famílias ainda moravam em um hotel. Eles chegaram no local em 2003.As empresas Shell e Basf foram condenadas este mês, pela Justiça de Paulínia, a indenizar um ex-funcionário por danos morais no valor de R$ 175 mil. Além disso, vão ter de pagar pensão de dois salários mínimos por mês. As duas empresas disseram que vão recorrer da decisão. O diretor do Sindicato dos Químicos, Rodolfo José Galoro, disse que há outras ações como essa em andamento na Justiça.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

 

jaboticaba$$$$$$


Óia o preço da Jaboticaba!!!!!
foto tirada em 19/12/2006

 

.. eu fui lá em casa...




Minhas vacas, meus gatos e eu, na frente de casa, em março de 2003, pouco antes de nos arrancarem de lá. Meu filho Kaká, que tirou essas foto.


OI!


Ontem dia, 24/01/2007, eu fui lá em casa.
Não entrei na minha chácara, pois o mato está muito alto e eu não tinha levado bota nem EPI.
Na entrada, interditada, perguntei pelo "A" (chefe da segurança) me disseram que ele estava na ETA.
...entrei no bairro e pretendia ir até a ETA ver e conversar com "A", gosto muito dele, mas na hora que desci para a estradinha, a minha estradinha, e vi o meu caminho de anos e mais anos, respirei fundo, como que aliviada por estar de novo no meu cantinho e o meu peito encheu tanto de emoção, saudades e desespero, sei lá, que eu comecei chorar, mas chorar mesmo, de soluçar, de embaçar a lente dos meus óculos e a viseira do meu capacete.
Eu ia parar na ETA para conversar com"A", mas achei melhor não, não queria que ele me visse chorando, passsei direto e pensei:- já eu paro de chorar, volto e converso com ele, mas eu não conseguia parar de chorar e resolvi voltar e ir embora. Virei para voltar e vi que o "A" tinha vindo atrás de mim (sempre que entro lá um deles me segue), daí não deu para esconder e quanto mais eu queria parar, mais eu chorava. Falei para ele, que não parei na ETA porque não queria que ele me visse chorando (pela miléssima vez), mas logo consegui me controlar e conversamos um "montão". Ele me falou de tudo de lá, dos pássarinhos, dos bandos de maritacas, piriquitos, dos pernilongos, dos carrapatos e de todos bichinhos que, pelo lugar estar deserto, aparecem de monte por lá.
... agora pergunto:- se tem passarinhos aos montes, que comem as frutas de lá, bebem água de lá; se tem mil bichinhos que vivem lá e NÃO MORREM, POR QUE EU NÃO POSSO MAIS VIVER LÁ???

As fábricas não estão mais fazendo os "venenos", organoclorados, que, por serem persistentes, continuam ativos por 20/30 anos ou mais, no meio ambiente, mas já faz quase isso que não estão sendo manipulados lá, concluindo-se, assim, que não existe mais tanto risco, se compararmos com a época e tempo que vivi lá e exposta a todos esses venenos, que, na época que eram manipulados às toneladas!!
Época, essa, que todos os ÓRGÃOS COMPETENTES (hahahaha!!!) sabiam o que a Shell fazia lá, sabiam dos vazamentos, sabiam do risco que corríamos expostos a tudo aquilo, sabiam das negligências, do pouco caso e desrespeito pela vida e ao meio ambiente E NÃO TOMARAM PROVIDÊNCIA NENHUMA!!!!
NO$ DEIXARAM LÁ!!!
POR QUE $ERÁ???
E POR QUE AGORA NÃO QUEREM MAI$ DEIXAR??
AÍ TEM!
NÃO $EI O QUE TEM, MA$ QUE TEM, I$$O TEM!

...nós, eu e meus filhos, queremos voltar para lá.
...não é justo o que fizeram com a gente e, pelo menos, deveriam nos deixar morrer em PAZ.
...dentro do que é nosso...
..no lugar onde temos raízes...
e amor.
eu quero minha vida de volta.



sábado, 20 de janeiro de 2007

 

SHELL BASF CONDENADAS... 19/01/2007


Shell e Basf são condenadas a pagar indenização a ex-trabalhador vítima de contaminação
Perícia judicial comprova hepatite tóxica, causada por contaminação no trabalho
A Shell Brasil e a Basf S.A. foram condenadas a pagar a indenização de R$ 175.000,00 por danos morais e uma pensão vitalícia no valor de dois salários mínimos mensais a seu ex-trabalhador SJR, após perícia médica judicial comprovar que ele sofreu contaminação química durante suas atividades nas multinacionais e que, em virtude disso, hoje é portador de hepatite tóxica. SJR (que pediu reserva do nome completo), começou a trabalhar na Shell em 1978 e foi demitido em 2002.
A sentença também declarou como nula a demissão do trabalhador realizada em 2002 pela Basf, apontando que devido ao estado de saúde apresentado por SJR ela deveria se dar somente ao final de 2003.
A decisão judicial, em primeira instância, foi tomada em 15 de janeiro último pela juíza Dra. Daniela Macia Ferraz, da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia. Uma perícia médica judicial foi realizada em SJR e no local de seu trabalho na Shell/Basf, a pedido da juíza.
Seu resultado comprova que o ex-trabalhador tem em seu organismo elementos tóxicos compatíveis com as matérias-primas e produtos acabados utilizados e desenvolvidos pelas empresas na ex-planta industrial localizada no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.
Empresas sabiamSJR, que tem 49 anos, diz que hoje passa por dificuldades financeiras e que nunca foi procurado pelas empresas "mesmo com o pleno conhecimento delas de que eu estava com sintomas da doença já na época em que trabalhava".
Grande vitória
Para o advogado do ex-trabalhador, Lucas Naif Caluri, "a condenação foi uma grande vitória, pois este é um processo difícil para a comprovação dos danos causados". Ainda segundo o advogado, a sentença contribuirá "em muito para uma solução favorável às centenas de outras ações idênticas movidas pelos ex-trabalhadores contra as multinacionais".



quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

 

pensando...

Sabe, eu penso!!!! posso até pensar besteira, mas penso!!!
...e essa nossa situação de incertezas e desespero causadas pelo desprezo, pouco caso, agressões, violações e etc. de PODEROSOS, pelo qual estamos passando e sendo vítimas há mais de 6 anos (o massagre começou em dezembro de 1999), pode estar me tornado mais paranóica do que posso ter sido, um dia, antes disso tudo cair na minha cabeça, ou seja, antes de envenenarem minha água, de tirarem da minha casa, destruírem meu lar, minha família, meu trabalho, meus sonhos, meu futuro, meu passado, minhas raízes e, por vezes, minha esperança de que será feita a Justiça, a qual tenho direito, penso eu.
...mas voltando ao pensar...
Espero que "pensar" não dê cadeia, para pobre, pois para rico sei que não dá!
Eu estava pensando e relendo a ação/processo, sei lá, que a Shell está movendo contra a Prefeitura de Paulínia.
começa assim:-
"1. Trata-se de uma ação de indenização movida por Shell Brasil S.A. em face do Município de Paulínia na qual a autora pleiteia indenização por danos morais e materiais. Alega a autora, em suma, que agentes da ré realizaram campanha difamatória contra a autora divulgando a notícia de que a autora teria gerado contaminação em área situada neste Município, sem haver porém, provas da referida contaminação."
... e por aí vai.....
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Há dias me chamaram mais a atenção para essa AÇÃO, (digo "mais atenção", pois eu já tinha pensado nisso, mas como não entendo nada de leis, não dei muita importância aos meus "pensamentos"), me dizendo:-
A Prefeitura TINHA PROVAS em 2001!
Na auto denúncia da Shell, em 1995, estão todas as provas da contaminação, que a própria Shell forneceu!!!
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...
agora "eu" pensando:-
Poderia, como pode, ainda hoje, não haver provas da EXTENSÃO REAL da contaminação, coisa que eu "penso" nunca vai se saber, pois... pra mim, uma encobre a outra E VICE-VERSA, mas prova da contaminação existia!
... e um órgão competente, do Município escreveu o que vou anexar abaixo-

... e foi com esse "papel", que uma pessoa da Shell, um dia, nos intimidou!
...tenta nos fazer vender a propriedade para eles dizendo que, não precisava remover ninguém, que foi a Prefeitura que nos removeu, que devemos exigir dela, Prefeitura, qualquer ressarcimento e que se não vendermos a propriedade para ela, Shell, a Prefeitura vai nos desapropriar pelo Valor Venal!!!
Já, o Promotor, atual, o Presidente da Associação dos moradores, hoje, Secretário do Meio Ambiente e órgãos da Prefeitura, afirmam que não podemos voltar para lá nunca mais!!!
... dá para entender????
quem fala a verdade? ou melhor a verdade favorece ou desfavorece a quem???


...eu acho que essa ação de indenização da Shell é para inglês ver, é só para disfarçar, é só para enganar trouxa, é só para fingir que estão "brigando" pra confundir a gente e não deixar a gente perceber, que uma encobre a outra, pois é uma ação sem fundamento nenhum, que qualquer advogado derruba!!!!!
já que :- uma contaminação desse, ou daquele, porte (ainda não esclarecido) não é CONVENIENTE para uma cidade que quer se passar por "POLO TURÍSTICO, CIDADE FELIZ E ETC." e muito menos para uma MULTINACIONAL, QUE, apesar de, HÁ TEMPOS E PELO MUNDO TODO, ter DEIXado E continuar DEIXAndo UM RASTRO DE DESTRUIÇÃO, DESRESPEITANDO A VIDA E O MEIO AMBIENTE,E NÃO PODE ADMITIR ISSO, POIS TAMBÉM NÃO É CONVENIENTE PARA ELA, QUE A VERDADE SEJA DITA E A JUSTIÇA FEITA.
...não é do interesse dessas duas PODEROSAS, E DE TODAS OUTRAS QUE ABUNDAM EM NOSSO PLANETA, que a verdade apareça!!!!!!
...depõem contra elas e seus interesses materiais/financeiros, que estão acima da vida humana e do meio ambiente!!!!!!
...DEPÕEM CONTRA O PODER DO "VERDE"... DOS DÓLARES!!!! e não do verde do meio ambiente.

...MAS EU NÃO VOU DESISTIR....






domingo, 14 de janeiro de 2007

 

BASF!!!!!


Essa sou eu(!!!) com o EPI obrigatório para entrar no bairro, QUE SÓ EU USO!!!
todas as outras pessoas, trabalhadores ou vigilantes NÃO USAM. Já publiquei fotos.

14/01/2007
www.todia.com.br
CASO SHELL
Basf estuda medida contra embargo de obras
Multinacional quer continuar a demolir fábrica desativada em Paulínia, que está sob proteção judicial
Claudete Campos -
Paulínia
Basf quer demolir planta desativada em Paulínia, mas ainda não decidiu o que fará com ela
Os advogados da Basf S.A. analisam a documentação referente ao embargo à demolição da planta industrial desativada da empresa e da Shell Química do Brasil, no Recanto dos Pássaros, em Paulínia, determinada pela Justiça do Trabalho, quarta-feira. Após conclusão da análise, definirão as medidas para tentar derrubar a liminar da juíza da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia, Daniela Matias Ferraz, que impede a demolição dos prédios para evitar destruição de provas da contaminação da área da planta e dos ex-funcionários e ex-moradores do antigo bairro.
A liminar foi concedida em ação cautelar ajuizada pela procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck, da Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região. A empresa ainda não decidiu o que fará com a área após a demolição. A planta foi desativada em 28 de novembro de 2002. A área está contaminada por produtos químicos manipulados pela Shell.
LIMPEZA
A previsão da empresa é realizar a operação em três meses, assim que obtiver o Cadri (Certificado de Aprovação para Destinação de Resíduos Industriais) e do alvará de demolição emitido pela Prefeitura de Paulínia. A estimativa é que 14 mil toneladas de entulho sejam retiradas da área na operação e enviados ao aterro industrial da Sasa, em Tremembé. Uma empresa de engenharia mantinha 35 funcionários na área, mas tiveram de paralisar as atividades. A Justiça pediu laudos sobre a poeira dos prédios, que pode estar contaminada.
MULTA
A área está desocupada desde fevereiro de 2003, por causa da compra de 58 propriedades pela Shell, que ainda negocia com duas famílias hospedadas num hotel. A principal forma de remediação (descontaminação) é a barreira hidráulica, que foi implantada por exigência da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental). Parte dos poços de bombeamentos está no terreno do antigo site da Shell e parte em área das antigas chácaras. As águas subterrâneas são bombeadas, tratadas em Estação de Tratamento e lançadas no Rio Atibaia.
A Cetesb aplicou multas que somaram R$ 1.280.700, equivalentes a 90 mil vezes o valor da Ufesp (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), pela contaminação do solo contra a Shell em 2001, 2002 e 2004. A unidade foi adquirida pela Shell em 1974. Tambores com pesticidas foram enterrados na área.
A fábrica foi adquirida pela Cyanamid em 1995. Em primeiro de julho de 2000, a Basf incorporou mundialmente o negócio de defensivos agrícolas da Cyanamid. A Basf fechou a fábrica em 20 de dezembro de 2002.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

 

liminar impede demolição da SHELL

Essa foto eu tirei em 2003/04 (acho que foi abril de 2004) esse é o local onde foi construída a ETA da Shell, e, como vocês podem ver, estavam em plena demolição da casa da chácara e ninguém usava EPI. Tenho mais fotos dessa demolição, vou procurá-las e mostrarei aqui.
JORNAL TODO DIA
www.tododia.com.br
PAULÍNIA
12/o1/2007
Liminar impede demolição de fábrica da Shell
Decisão atende pedido da Procuradoria do Trabalho para manutenção de provas da contaminação.
Claudete Campos -
Paulínia
Fábrica desativada da Shell em Paulínia estava sendo demolida
A fábrica desativada da Shell Química do Brasil e da Basf, em Paulínia, foi lacrada, anteontem, pela Justiça do Trabalho e pela Vigilância Sanitária para impedir a demolição das instalações e destruição de possíveis provas de contaminação da área e do bairro Recanto dos Pássaros. Cerca de 30 trabalhadores já haviam derrubado edificações dentro da planta, mas receberam ordens para paralisarem os serviços. As empresas protagonizaram um escândalo ambiental batizado de Caso Shell, que teve repercussão mundial, pois a contaminação teria afetado ex-trabalhadores e moradores do bairro de chácaras, que abandonaram o bairro, interditado até hoje.
A medida foi tomada por causa de liminar (decisão provisória) concedida pela juíza Daniela Matias Ferraz, da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia, em ação cautelar ajuizada pela procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck, da Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região. O alerta foi feito pelo Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo.
A Justiça também autorizou uma perícia técnica para coleta de poeira depositada nas paredes dos prédios, pois há suspeita que esteja contaminada. O temor era de que os trabalhadores que faziam o desmonte da planta industrial também poderiam ser afetados por materiais particulados contaminados.
Quando o grupo chegou ao local, por volta de 14h de anteontem, muitas máquinas trabalhavam na área. As atividades foram suspensas, as máquinas retiradas e o local lacrado. Presente à operação, que se estendeu até as 18h15, a diretora do sindicato, Rute Freitas da Silva, informou que a Vigilância Sanitária lacrou quatro portões que davam acesso à antiga unidade. Uma unidade de ionol desativada também foi interditada, pois estava contaminada com os produtos da antiga Shell/Basf. O desmonte teria começado entre sexta e segunda-feira.
O diretor do sindicato, Arlei Medeiros, disse que, antes de demolir as instalações, é preciso constatar risco para a população, moradores e trabalhadores, pois ainda há material particulado no ar, que poderia estar contaminado. O presidente da Associação dos Moradores do antigo bairro, Paulo Souza, atual secretário de Meio Ambiente de Paulínia, disse que a área está comprovadamente contaminada e qualquer tipo de intervenção exige diversos laudos. “Nossa luta só vai terminar quando toda a área estiver totalmente recuperada e garantido o atendimento das famílias”, enfatizou Souza.
O Caso Shell já se arrasta há cinco anos depois de vir à tona. Estão em andamento ações dos ex-funcionários no Ministério do Trabalho, uma ação civil pública e ações dos ex-moradores. A Shell produzia pesticidas da família dos drins, aldrim, dieldrim e endrin, que foram banidos nos Estados Unidos em 1975. Houve a contaminação por organo clorados e solventes metais pesados de uma área do solo e do lençol freático. A reportagem manteve contato com a Assessoria de Imprensa da Shell, que ficou de fornecer o telefone da assessoria da Basf, mas não retornou a ligação.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

 

túnel do tempo....

02/04/2001 - 18h20
Famílias ameaçam processar empresa por contaminação
Publicidade da Folha Online, em Campinas
Enquanto aguardam a decisão de um acordo entre o Ministério Público e a Shell, moradores do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia (interior de SP) realizam exames por conta própria. Eles querem saber se estão contaminados por metais pesados ou drins (substâncias cancerígenas).Uma fábrica da empresa, que funcionou no local, é suspeita (segundo promotores) de ser a responsável pela contaminação da região pelas substâncias.
A dona-de-casa Ciomara de Jesus Rodrigues, 54, moradora há 30 anos no Recanto dos Pássaros, constatou através de exames feitos em um laboratório em Campinas que ela e seus dois filhos Klaus Dalledonne Franz, 20 e Karl Dalledonne Franz, 23, estão com altas taxas de mercúrio, arsênico, berílio, antimônio, bário e níquel no corpo.De acordo com o médico que acompanha os exames, Marcos Paulo Ohswald, a situação mais preocupante é da dona-de-casa, que já apresenta processos degenerativos nas células que podem levar a quadros de câncer.
"Quero todos os meus direitos. Quando vim para cá isso aqui era um paraíso, agora está se tornando um pesadelo", afirma a mulher.
Ciomara conta que para sobrevivência tinha uma criação, que chegou a 28 vacas das quais ela retirava leite para a produção de queijo e leite in natura. "Ainda não sei se as vacas estavam contaminadas, mas vendia os produtos para amigos em Paulínia. Pode estar levando tudo isso para eles também", afirmou.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

 

Olá!!!!

Fui ao médico ontem, como tinha dito... e... ele pediu mais uma "endoscopia", mandou que eu continuasse tomando o remédio para o estômago (omeprazol) me receitou um remédio (fitoterápico) para me deixar menos ansiosa, nervosa e também para dar uma "reguladinha" na minha pressão, que se altera com meu "humor".
Ele, assim como eu, também acha, que quando eu sair do Hotel e puder retomar minha vida normal(?), eu vou melhorar.
Ele me aconselhou a não dar muita importância a tudo que estou passando; não que ele ache que tenho que desistir de lutar, mas é para eu não ficar pensando muito em tudo, na minha casa, no meu pomar e em tudo que perdi, senão é pior, pois estou numa "enrascada enorme", ele disse, e não vou me livrar disso facilmente, não.
Eu não falei nada, mas estou com a maior fé e esperança de resolver isso loguinho.
até.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

 

boa tarde!!!!

MEU ATELIÊ.
Montei, no fundo da casa da Marlene, um ateliê para mim, meu torno já está montado e ja comecei fazer umas coisinhas.



...estou meio atarantada nesses últimos dias.
...não ando bem, problemas de estômago, fígado, lapso de memória e etc., amanhã vou ao médico, acho que tudo é de fundo nervoso.
essa situação de não ... nem desocupa a moita, está me enlouquecendo, nada se resolve rapidamente nessa justiça Brasileira, principalmente para quem é pobre... e eu perto da Shell, sou um cisquinho, mas, que, no olho, incomoda...
QUERO MINHA VIDA DE VOLTA!
QUERO MINHA LIBERDADE DE VOLTA.
QUERO MINHA AUTONOMIA DE VOLTA.
.......................

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

 

UNICAMP



Assessoria de Comunicação e Imprensa - UNICAMP

Câmara Federal vai estudar o Caso Shell (Correio Popular - Cidades - 4/11/2005)

Comissão verificará a situação dos contaminados no Recanto dos Pássaros

Angela Kuhlmann
Da Agência Anhangüera
angelak@rac.com.br

Um acordo foi fechado na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados para criação de um grupo de trabalho com o objetivo de verificar a atual situação dos ex-trabalhadores da Shell e dos ex-moradores do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.

Membro titular da comissão, o deputado federal Luciano Zica (PT) afirmou que a intenção é realizar uma reunião técnica no município, prevista para a primeira semana de dezembro, com a direção da Shell Brasil, a Prefeitura de Paulínia, a Diretoria Regional de Saúde (DIR-12), a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), além de representantes dos ex-funcionários e ex-moradores para esclarecer dúvidas com relação ao acompanhamento médico e sobre a indenização de parte das chácaras por parte da Shell.

O crime ambiental e de saúde pública pelo qual responde inquérito civil público desde 2001 a Shell e as demais empresas que a sucederam (Cyanamid e Basf) na mesma planta industrial, em Paulínia, se arrasta há anos e foi o caso emblemático usado pela médica sanitarista e auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego no Paraná, June Maria Passos Rezende, em sua tese de doutorado em Saúde Coletiva na área de Epidemiologia.

O estudo foi apresentado e aprovado por uma banca examinadora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seu trabalho, June discorre sobre o papel da informação em saúde nas situações de contaminações ambientais e de trabalhadores.

A médica apresentou como principal conclusão a ocorrência de violação do direito de saber, com a conseqüente impossibilidade de implantar mecanismos de precaução, e traça um mapa da desinformação cujo conteúdo não poupa os principais envolvidos.

Em sua pesquisa sobre o caso no Recanto dos Pássaros, June mostra um dado ainda mais alarmante. “Foram encontrados três casos de câncer de tireóide em um universo de 800 pessoas — em uma incidência 166 vezes maior do que na população masculina em geral de Campinas. A probabilidade de ser ao acaso é menor que uma vez em um milhão de pessoas. Ou seja, isso comprova que os trabalhadores e a população da vizinhança estavam expostos a fatores que os demais não estavam”, revela.

A médica acrescenta que verificou-se também a ocorrência de diversos agravos à saúde dos trabalhadores que demandam investigação e atenção médica especializada. E, por fim, o estudo aponta para a necessidade da maior divulgação e democratização das informações sobre saúde e ambiente nos âmbitos públicos e privados para o maior controle social. Ela destaca ainda a importância da participação e organização social e dos trabalhadores para o enfrentamento dessas questões e para evitar que casos como esses não voltem a acontecer.

O NÚMERO

58
EX-EMPREGADOS

apresentaram alguma alteração laboratorial ou funcional que poderia estar relacionada com o antigo trabalho na planta química.

Bairro foi desocupado e suas casas, demolidas

Cerca de 30 mil pessoas conviveram por 25 anos com os efeitos tóxicos e nocivos da planta química ocupada primeiramente pela Shell Química do Brasil, em Paulínia. Em 1995, a multinacional protocolou uma auto-denúncia de contaminação da área no Ministério Público Estadual (MPE) e no ano seguinte o laboratório Lancaster, dos EUA, divulgou que os níveis de contaminação estavam 16 vezes maiores que os permitidos. Só em 2000, o MPE denunciou o fato.

Em 2001, após detecção de metais como chumbo e titânio no organismo de moradores do Recanto dos Pássaros, e de várias confirmações de crime ambiental, a Shell comprou as chácaras e iniciou a demolição das casas.

Em 2003, houve a desocupação do bairro e a construção de uma barreira hidráulica para evitar que a contaminação chegue ao Rio Atibaia. Em maio passado, o Ministério da Saúde divulgou relatório parcial que acusa a Shell e a Basf de negligência, imperícia e imprudência no caso (AK/AAN).


Secretário contesta tese de médica (Correio Popular - Cidades - 04/11/2005)

Para Sousa, questão é enfrentamento desigual onde o mais forte leva a melhor


Angela Kuhlmann
Da Agência Anhangüera
angelak@rac.com.br

O secretário e curador de Meio Ambiente da Prefeitura de Paulínia, Paulo Sousa, define todos os passos dados até hoje na questão da contaminação de solo, água e ar feita pelas empresas Shell Química do Brasil, Cyanamid e Basf, no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, como um enfrentamento desigual onde o mais forte sempre leva a melhor. No entanto, ele contesta as conclusões de forma geral da tese da médica June Rezende. Em sua avaliação, o crime ambiental permaneceu desconhecido e impune por várias razões, entre elas, a falta de conscientização de trabalhadores sobre seu direito de saber e o medo de perder o emprego.

A Shell, via assessoria de imprensa, lembra, entre outros aspectos, que a própria empresa relatou a contaminação do solo e da água para as autoridades ambientais e para o MPE. Relata que os planos de recuperação ambiental do bairro prosseguem com barreira hidráulica e uma estação de tratamento de águas subterrâneas e a escavação e remoção de solos.

Acrescenta que os estudos ambientais não apontaram a necessidade de remoção das pessoas. Porém, “decidiu comprar as chácaras dos que desejassem se afastar do local”, afirma o comunicado.

A Shell informa que exames de sangue de 159 moradores e ex-moradores, feitos a pedido da empresa em laboratórios no País e no Exterior, mostraram que não há evidências de pessoas intoxicadas. “A empresa não tem conhecimento de que tenha havido a confirmação de casos de doenças diretamente relacionadas com as atividades que ela desenvolveu em Paulínia, já encerradas há mais de nove anos”.


segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

 

É, É BEM POR AÍ!!!!

Para a pesquisadora da Fundacentro Arline Arcuri, que trabalha com contaminação por benzeno, o processo decisório em casos de contaminação química é complicado devido a problemas como a dificuldade técnica de comprovar a contaminação.
"Como provar que o trabalhador se contaminou na fábrica ou quando estava fora dela?
Além disso, o problema envolve valores sociais, morais e éticos.
Quando se fala em fechar uma empresa poluidora, há interesses econômicos e empregos em jogo", explica.
Arcuri acredita que os problemas econômicos e sociais do país são um grande empecilho à solução de problemas relacionados aos riscos de produtos químicos.
"Temos empresas muito poderosas, com forte poder intimidador", acredita.
As tomadas de decisão, para a pesquisadora, tem que ser o mais transparentes e democráticas possíveis, para que não deixem dúvidas sobre a atuação.
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... E QUEM LEVA A PIOR?

 

FELIZ 2007!!!!!!!


Olha como as pessoas trabalham e circulam, diuturnamente, no bairro e na ETA da Shell, sem EPI ( equipamento de proteção individual)( obrigatório para mim, a cada vez que vou lá), no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia SP. interditado por oferecer risco à saúde, devido a contaminação da Shell e daonde fui obrigada sair e vir morar num hotel.



QUERO COMEÇAR O ANO PERGUNTANDO:

Por que existem multas para quem for pego lavando a calçada com mangueira, pra quem lavar o carro com água corrente; pra quem não economiza água (o m³ é mais caro quando se ultrapassa de um limite estipulado (?), por que fazem tanta propaganda e pedidos, pela TV, para economizarmos água, para termos consciência de que a água não é um bem eterno etc., etc., etc.,
SE AS MULTINACIONAIS, TODAS, CONTAMINAM LENÇÓIS FREÁTICOS E REGIÕES INTEIRAS E PRA ELAS NÃO ACONTECE NADA??????
PODE SER ATÉ QUE LEVEM UMA "MULTAZINHA" DE NADA, MAS É DIFÍCIL E DESPROPORCIONAL AO DANO QUE CAUSAM E O CRIME QUE COMETEM.
SERÁ QUE É COMO EU DISSE UM DIA:-
Temos que economizar água, para não faltar para as MULTINACIONAIS ENVENENAREM????

A cada dia que passa estou mais revoltada com toda essa situação, minha e de todas as vítimas de contaminação dessas multinacionais podres.
Revoltada com elas e com os digníssimos advogados que não tem vergonha de defendê-las, impunemente, diga-se de passagem.
Sabe, estou a fim de ir falar, pessoalmente, com o LULA, sou LULA roxa!
...e todos, que me conhecem, sabem, que sempre consigo o que preciso e sempre chego onde quero chegar.
"Duvideodó", que se eu chegar cara a cara com o LULA, contar e explicar tudo que está acontecendo, ele não vai nos ajudar.
Tenho certeza que, se houver, ele vai dar um "chega pra lá" nessas "politicagens", que impedem que seja feita A JUSTIÇA.
...é, acho que vou começar agilizar isso agora mesmo, conhecimentos e atalhos, para isso, eu tenho.
até! vou começar já.

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