terça-feira, 29 de maio de 2007
DANO MORAL PURO
incinerador na frente do meu portão.
onde, ao fundo, a esquerda do tubo verde, tem, no chão, uma placa branca, é do lado do meu portão..
“DANO MORAL PURO.
CARACTERIZAÇÃO.
SOBREVINDO,
RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO.”
(REsp 8768/SP, Rel. Ministro BARROS MONTEIRO, QUARTA TURMA, julgado em 18.02.1992, DJ 06.04.1992 p. 4499)
“Em 1994, durante o processo de negociação da venda da planta de Paulínia para a empresa Cyanamid, ficou estabelecido nos termos contratuais que a Shell realizaria estudo de impacto ambiental e se responsabilizaria pelas medidas reparadoras se indentificada contaminação ambiental. A Shell contratou uma auditoria ambiental, a qual foi realizada por uma empresa especializada em avaliação de risco ambiental, a Environmental Recources Management, Inc (ERM). Esta auditora constatou a contaminação das águas subterrâneas e do solo no sítio onde está localizada a fábrica. Este fato resultou em uma auto denúncia da empresa perante o Ministério Público Estadual. Isto incluiu o relato de três acidentes ambientais, relacionados a vazamento de tanque subterrâneo de líquidos residuais, instalado na unidade Opala, oficialmente registrados pela empresa, nos anos 1978, 1982 e 1985. Estas ocorrências foram identificadas por meio de inspeção interna que encontrou estufamento do revestimento interno, de ladrilhos. Nesta época, a empresa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta, com o Ministério Público Estadual, responsabilizando-se pela remediação e monitoramento da água. Nem a autodenúncia, nem seu posterior desdobramento foi tornado público na época. A população residente na área e os trabalhadores da empresa não tiveram acesso a qualquer informação. Nesta autodenúncia a empresa alegou a Ministério Público, que a contaminação se restringia à área fabril (SABINO et al, 2002; PLATAFORMA DhESC BRASIL, 2003).”[1] (grifei)
Art. 186 “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato elícito fica obrigado a reparar o dano”.
Art. 927 “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
(...)
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; (...)”
[1] REZENDE, June Maria Passos. “Caso SHELL/CYANAMID/BASF: epidemiologia e informação para o resgato de uma precaução negada”. Tese de Doutorado apresentada à Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do título de doutor
AUDIÊNCIA SHELL/BASF E TRABALHADORES, EM PAULÍNIA
28 de maio de 2007
Audiência Shell/Basf e trabalhadores, em Paulínia
Justiça propõe que Shell e Basf assumam custos pela contaminação
Representantes do sindicato, dos trabalhadores, da Shell e da Basf, no início da audiênciaJuíza recomenda a multis que aceitem conciliação. Nova audiência será no dia 20 de junho, às 10 horas
Que as empresas Shell Brasil e Basf S.A. paguem convênio médico a todos seus ex-trabalhadores, cônjuges e filhos; costruam um laboratório de toxicologia em Paulínia, para o Sistema Único de Saúde (SUS); e façam o ressarcimento para o SUS de todos os custos que o órgão teve com consultas, exames e tratamento dos ex-trabalhadores Shell/Basf e seus familiares. Essa foi a proposta feita pela juíza Maria Inês Correia de Siqueira Cezar Targa às multinacionais na audiência realizada na manhã de hoje (28 de maio) na 2ª Vara do Trabalho de Paulínia. A juíza disse ter "estudado muito" o caso e que "recomenda" às multinacionais que aceitem a "proposta de conciliação".
Na audiência, a Shell afirma reconhecer a contaminação, mas que desconhece qualquer problema de intoxicação. Já a Basf diz não ter "nada com o caso pois a questão é com a Shell" e que ela, Basf, não trabalha com produtos tóxicos.
Foi a primeira audiência no processo 002222, uma Ação Civil Pública impetratada no dia 08 de março último pelo Ministério Público do Trabalho da Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas). Para que a Shell e a Basf dêem sua resposta à proposta judicial, uma nova audiência ficou agendada para o dia 20 de junho, às 10 horas, no Fórum da Justiça do Trabalho em Paulínia.
Ex-trabalhadores pedem rapidez e Justiça
Ex-trabalhadores e sindicalistas em frente à Justiça do Trabalho, em Paulínia, durante a audiência
Em carta aberta entregue à população, ex-trabalhadores Shell/Basf pedem rapidez à JustiçaAbaixo o teor da carta aberta entregue pelos ex-trabalhadores Shell/Basf à população e autoridades judiciais de Campinas e Paulínia, com relação a suas expectativas na audiência realizada hoje:
SHELL E BASF NO BANCO DOS RÉUS
Uma luta pela vida!Hoje, dia 28 de maio de 2007, às 9 horas, tem início mais um capítulo na luta contra a contaminação química no Brasil: as multinacionais Shell Brasil e Basf S.A. estarão sentadas no banco dos réus da Justiça do Trabalho em Paulínia para responderem sobre as suas responsabilidades na contaminação de trabalhadores em sua planta industrial, bem como das pessoas que moravam e trabalhavam nas chácaras em seu entorno, no bairro Recanto dos Pássaros do município.
Contaminados pelas empresas, até hoje os trabalhadores continuam no aguardo de tratamento médico especializado desde 1994, ano em que a Shell confessou ter cometido a contaminação ambiental e humana. De 1978 até hoje, 45 trabalhadores morreram. A maioria com claras evidências de ter sido vitimada por exposição e contaminação química (venenos).
Para que se faça justiça, é necessário que seja concedida pela Justiça a Tutela Antecipada pedida na Ação Civil Pública. É preciso evitar, urgente, que venha a ocorrer com os trabalhadores que estão doentes o agravamento de seu estado de saúde e consequentemente novas mortes.
Mesmo que afrontando todos os fatos e evidências as multinacionais Shell e Basf se declarem inocentes, que a Justiça inverta o ônus da prova. Ou seja, que as rés comprovem de forma definitiva que a contaminação ocorrida na fábrica em Paulínia não causa danos à saúde humana. Esperamos e acreditamos que o Juiz do Trabalho, Dr. José Adilson de Barros, decidirá a favor da vida!
Trabalhar sim. Adoecer não. Justiça para todos!
Sindicato Químicos Unificados
Atesq – Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas
Acpo – Associação de Combate aos Poluentes
CONTATOS: (19) 3735.4900 e e-mail quimicosunificados@terra.com.br
CASO SHELLJustiça propõe o custeio de planos de saúdeNova audiência entre representantes de funcionários e das empresas foi marcada para 6 de junho
Michele da Costa - RegiãoA juíza do Trabalho, Inês Correa de Cerqueira Cesar Targa, propôs às empresas Shell Brasil e Basf S.A. o custeio de plano de saúde aos ex-trabalhadores da fábrica de Paulínia, contratados diretamente ou por empresas terceirizadas, que tenham trabalhado no local por mais de um ano. A proposta de possível conciliação entre as empresas e a PRT (Procuradoria do Trabalho) da 15ª Região foi feita ontem, durante audiência realizada na 2ª Vara do Trabalho de Paulínia.
Arquivo/TodoDia Imagem Polêmica sobre contaminação na Shell/Basf caminha para o fimAlém do custeio de despesas médicas vitalícias aos trabalhadores, a Procuradoria requer na ação civil pública, iniciada em março, o pagamento de indenização, com valor sugerido em R$ 620 milhões, pela contaminação dos trabalhadores por substâncias químicas (pesticidas). A proposta da juíza inclui também o custeio das despesas médicas de cônjuge e filhos dos trabalhadores.
Para terem acesso ao plano de saúde nacional e com cobertura a todo tipo de atendimento, os empregados teriam de procurar o Serviço de Saúde Pública de Paulínia. O município, por sua vez, teria de repassar informações para o SUS (Sistema Único de Saúde) sobre todas as patologias encontradas nesses empregados. Outra possibilidade proposta pela juíza é que as rés arquem com a construção, na cidade de Paulínia, de laboratório de patologia clínica e de análises toxicológicas.
Segundo consta da ata da audiência, publicada no site do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, o representante da Basf propôs à juíza que acrescentasse à proposta que sua responsabilidade restringia-se somente aos empregados por ela contratados e não aqueles que foram funcionários da Shell.
Ao final da audiência, as partes envolvidas comprometeram-se a reunir-se em suas respectivas entidades para elaborar uma proposta concreta de acordo, que deverá ser discutida no mesmo local, dia 6 de junho. O diretor da Atesq (Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas), Antonio de Marco Rasteiro, considerou “excelente” a proposta da juíza. “A juíza entendeu bem o caso. Os comentários dela foram muito positivos”, acrescentou ele.
Segundo Rasteiro, aproximadamente 70% dos 225 ex-funcionários da Shell/ Basf desenvolveram doenças que podem ser relacionadas à exposição aos produtos químicos produzidos no local e 45 já morreram. Rasteiro disse que, durante a audiência, a Basf negou responsabilidade com a contaminação, pois não trabalha com produtos tóxicos, enquanto a Shell assumiu a contaminação, mas não a intoxicação dos trabalhadores. Até o fechamento desta edição, a Basf não retornou e a Shell não foi localizada através de suas assessorias de imprensa.
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MINHA OPINIÃO:-
PARECE, SEGUNDO ME FALARAM, QUE ESSES 620 MILHÕES VÃO PARA O SUS!!
HAHAHAHAHAHA, HEHEHEHEHE, HIHIHIHIHI, HOHOHOHOHO, HUHUHUHUHU!!!!
JÁ VIU ONDE ESSE DINHEIRO VAI PARAR, NÉ????
CIOMARA DE JESUS RODRIGUES.
BERTOLD BRECHT
Bertold Brecht.
sábado, 26 de maio de 2007
PARALELAS!!!!!
Minha casa fica a direita do incinerador mais alto, daonde saíam os
VAGALUMES VERMELHOS
o da esquerda, menor, é da onde saía a fumaça branca que fazia vomitar.
Os tambores vermelhos, da esquerda e da direita, são de Aldrin, estocados diretamente na terra, onde enferrujavam e vazavam para a terra e conseqüentemente para o lençol freático,
ou seja,
PARA A ÁGUA QUE EU E MINHA FAMÍLA BEBEMOS E USAMOS PARA TODOS OS FINS POR MAIS DE 25 ANOS!!!!
... e a SHELL DIZ QUE NÃO ME FEZ NADA DE MAL!!!!!
ESTÁ EM MAIO DE 2006.
ESTOU NUMA LAN HOUSE, POIS É SÁBADO E...
MEU TEMPO ESTÁ TER...
COLEI ABAIXO, DEPOIS DOU UMA ARRUMADA,
- Papai comprou um pesqueiro (chacará na beira do rio) em Paulínia!!! Rio Atibaia! Água cristalina, peixes de montão!Mata virgem! Mil orquídeas!!! Serelepes, Saguís, Jaguatiricas, Lobos Guará, Cascavéis, Cobras Coral, Jararacas, Jaracuçu, Cachorros do Mato, Lagartos, Raposas, Gambás, etc., etc., etc.,
...isso tudo eu vi.
Só existia a Rhodia na região e algumas vezes apareceu peixe morto no rio por causa de descargas dela no rio, diziam.
Década de 60!!
Meu pai já tinha começado construir a casa, já tinha começado o pomar, já tínhamos frutas nativas e algumas das que meu pai plantou começaram produzir. As nativas eram:- Bacapari, Ingá, Coquinho, Jambolão, Pingaúva, Jaboticaba nativa(era azeda), Goiaba, Amora e outras mais que esqueci o nome, mas não o gosto.
Todas as primeiras frutas, que meu pai colhia, das que plantou, eram divididas, em partes iguais, entre nós.Éramos em 6 e todos os nossos fins de semana e férias passávamos lá.
Década de 70!!...
Outubro de 1971:
- meu pai faleceu....
Dezembro de 1971:
- fui morar lá...
...continuei plantando e já colhia o que meu pai tinha plantado para nós...
...eu esperava a 1ª chuva de Agosto para plantar o milho e o feijão...
...eu fiz a horta......eu era feliz...
Década de 70.....
...paralelamente...
...não lembro o ano, parece que 1973/74,
movimentação na fazenda em frente...
...logo aparecem os primeiros "peões de trecho" (como eles se intitulavam),
...logo depois uma "boate" de "mulheres" se instala no bairro, atraída, é lógico, pelo grande número de "homens" que a construção da Shell trouxe para o local.
...paralelamente...
...os colonos, que viviam na fazenda, começaram mudar, o Sr. Luiz, da colonia, que trabalhava para mim, disse que tinham vendido a fazenda e que eles iam embora.
...Começa a desvalorização.
Os proprietários que freqüentavam as chácaras nos finais de semana, começaram não ir mais, a notícia de que tem uma "Zona" lá, corre solta.
A fama de quem mora no bairro se generaliza:
- Mora no Poço Fundo (antigo e real nome do Recanto dos Pássaros)??? Mora lá???...então é puta. ... e eu era (e sou) Artesã!!!!!...e me chamavam de "hippie", Mara hippie, a 1ª de Paulínia!!!...mas eu não ligava, quem era meu amigo me conhecia, quem não me conhecia não me importava, só que... eu não era puta!!!
paralelamente
(ainda década de 70)
... começa aparecer a construção, aterros infindáveis, enterrando os brejos sem drenar nada, e, rapidinho estava lá!!!!!!!!!-
A SHELL!!!!!
NO MEU PORTÃO!!!
-"PÔ! QUE HONRA, MEU!"
Eu conhecia O nome e sabia, na ponta da língua, os slogans DELA:
- VOCÊ PODE CONFIAR NA SHELL...OU... SHELL, VOCÊ CONHECE, VOCÊ CONFIA!!!!.
..E segui minha vida, ignorando a besta fera que se instalava no meu portão. Eu conhecia o nome SHELL, mas não sabia sua história, seu passado de destruíção e crimes contra o meio ambiente..., então...
paralelamente
...em casa, logo depois, começou chegar um cheiro insuportável, que ardia os olhos, dava ânsia e fazia vomitar; a fumaça branca que, sem convite, entrava na minha casa, cobria meu pomar e minha horta, era horrível.
Os resíduos, em brasa, que saíam do incinerador, que construíram em frente da minha casa, que, por vezes chegavam até queimar as flores, frutos e verduras, a gente chamava de "vagalumes vermelhos" e nos divertíamos até!!! ... não sabíamos o que era!!! (dioxinas e furanos?)
...o tempo passa...
já década de 80, a água de uma das chácaras, (hoje lote 9) bem na frente do incinerador de líquidos (que hoje está e foi o primeiro local a ser interditado, da onde estão removendo a terra, dentro da Shell), ...bom, essa água começou ter gosto ruim, de veneno, de remédio, sei lá.
O caseiro de lá, Jaime, começou ficar doente, as filhas vieram buscá-lo e ele foi embora, morreu anos depois. (sei disso tudo porque a mulher dele, ainda viva, foi minha babá e temos amizade até hoje).
O novo caseiro, com mulher e 2 filhos, não agüentando o gosto da água e preocupado com as crianças, botou a boca no trombone, não sei se 1º foi na Prefeitura ou chamou o Jornal Correio Popular, só sei que vieram lá:- o Prefeito, um pessoal da Vigilância Sanitária, um pessoal da Shell e o jornalista do Correio.
...ISSO EU VI...
CONCLUSÃO:- O CASEIRO, ANTES DE IR EMBORA, FALOU PARA MIM E PARA O CARDOSO (ex-dono do atual lote 13):
- Tá tudo envenenado aqui, pra mim, que sou só caseiro, eles deram emprego e uma casa em Barão Geraldo. ...sou só caseiro e vou embora, vocês que são donos vejam o que podem fazer.
...eu me lembro que ele trabalhava com caminhão e era mecânico de caminhão também, mas nem eu nem o Cardoso lembramos o nome dele, ele ficou pouco tempo lá. Saiu uma "reportagem" contando isso no Corrêio Popular, coisinha pequena, já consegui descobrir o ano e estou tentando ver se consigo achar. Não posso dar mais dicas por precaução, mas... eu chego lá...
até...breve...
... o rapaz, caseiro foi embora e a vida continuou...
Meu filho Karl, nascido em 08 de Janeiro de 1978, apresentava mil problemas de saúde, não dormia, vomitava, de jato, quase tudo que comia, apresentou problema de pulmão e por aí afora. Meu filho Klauss, nascido em 12 de dezembro de 1980, também começou apresentar problemas de saúde logo que nasceu...
conclusão:
- eu vivia tão transtornada com a saúde dos meus filhos, que nem conseguia ligar os fatos, ou seja, estabelecer a relação do ar/água com a saúde deles...
...paralelamente...
...a Shell continuava fazendo tudo morrer, as saúvas, que comiam todas as coisas que eu plantava, sumiram; o canto ensurdecedor das cigarras, acabou; os bezourros(?), desapareceram; a grande maioria das árvores empestiavam, as frutas, bichavam.
Acho que os "venenos" da Shell quebraram o equilíbrio ecológico e daí todas as pragas proliferaram.
paralelamente...
...eu tinha que "corrigir a terra", com calcáreo, para tirar a acidez e conseguir colher qualquer coisa que eu plantasse...
...antes da metade da década de 80, minha água (do poço) começou ter gosto ruim, de veneno/remédio, igual ao gosto da chácara do lote 9.
Antes disso foi a do Cardoso, lote 13 e depois a minha lote 18
(nas chácaras intermediárias não morava ninguém).
IMPORTANTE:-
Essa seqüência 9,13,18, é subindo o rio; o rio corre, (desce) da minha chácara para a chácara deles!!!!!!!!!
...acho que isso mostra que o veneno não veio do rio, como representantes da Shell(em 2000), muitas vezes, vieram me dizer na minha casa!
até....
depois volto, aqui, nesse mesmo título ("PARALELAS") e data, contar o resto.
continuarei abaixo. parte III e assim sucessivamente.........
PARTE IV
eu ia escrever agora, mas deu aconteceu um problema com um bezerro meu, me ligaram e vou ter que ir ver.
PARTE V 23/06/06
...minha água continuou com gosto e cheiro ruim, cada vez pior, até a minha "expulsão" de lá EM 2003.
Eu precisava tirar a água do poço e encher a caixa à noite, para que de manhã o cheiro e gosto estivessem menos ruim.
...mas eu continuava usando, não tinha outra alternativa e nunca eu poderia imaginar que a SHELL, que prega integridade, transparência e dignidade até hoje (depois de ter acontecido tudo que aconteceu e continua acontecendo; o lençol freático e o local só poderão ser "remediados", nunca voltarão a ser o que eram), pudesse saber e não avisar, que eu e minha família estávamos usando água "comprovadamente" contaminada com produtos, possívelmente, cancerígenos, além de tóxicos, alergênicos e até mutagênicos,como descobri, pesquisando na internet!!!
A SHELL SABIA, DESDE A DÉCADA DE 80, QUE TINHA CONTAMINADO O LENÇOL FREÁTICO!!!
...paralelamente...
...a Shell, depois a Cyanamid e Basf,
continuavam contaminando, conscientes do estavam fazendo, tudo por lá, enterrando lixo (tóxico?) pelo pasto, envenenado nosso ar e solo com resíduos e cheiro insuportável do que queimavam, parcialmente, nos incineradores sem filtro em frente do meu portão.
...continuava o cheiro ardido, que vinha não sei de onde...
...vou parar, não estou legal.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
27/05/2007
Colei o PARALELAS aqui, mas perdi o fio da meada.
parece que dei uma enrolada na seqüência dos fatos/datas, mas...
devagar eu chego lá.
leiam mais sobre o que aconteceu na postagem
SAPOS RÃS E PERERECAS MAIS ABAIXO.
ATÉ.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
IMPORTANTE!!!!
TODA VEZ QUE FOR LER AS POSTAGENS DE UM MÊS, CLIQUE, DE NOVO, NO MESMO MÊS, DAÍ APARECERÃO TODAS AS POSTAGENS DAQUELE MÊS.
não sei porque, mas ficam várias postagens escondidas.
grata!
OBS:- Logo volto escrever a história das pererecas(postagem mais abaixo).
...estou atrás dos resultados das análises dos resíduos e poeira da minha casa.
...parece que começou a pouca vergonha de novo!
parece que, na minha testa, está escrito:
- BURRA! TROUXA! IMBECIL!
...MAS JÁ AVISEI, OS "ORGÃOS COMPETENTES"(HAHAHAHA), QUE SE NÃO DER NADA NOS RESULTADOS DA MINHA CASA, EU VOLTO PARA LÁ.
...PEDIRAM PARA EU NÃO FAZER NADA PRECIPITADO.
...MAS...
...ODEIO POLITICAGEM...
...não sei se já contei, mas já me disseram (na vigilância Sanitária) que não deu quase nada nos resultados, que vieram "em bruto" do laboratório e, ontem, quando estive lá, again, disseram que, agora, os resultados, estão nas mãos de peritos do Ministério da Saúde para, como que, "refinar" e se adeqüar aos limites ou parâmetros da SAÚDE.
...???????????...
...eu nunca ouvi dizer isso!!!!
pra mim...
...não posso falar o que penso, mas pro meu adv. eu falei e ele riu...
e...
...depois eu conto...
agora vou na CESTEB VER SE CONSIGO NÃO OUVIR MAIS MENTIRAS, OU MELHOR, VER SE ELES VÃO CONSEGUIR NÃO VER A PLACA DE BURRA, TROUXA E ETC. NA MINHA TESTA.
terça-feira, 22 de maio de 2007
MUTILAÇÃO??!!
segunda-feira, 21 de maio de 2007
SAPOS, RÃS E PERERECAS l
domingo, 20 de maio de 2007
SAPOS, RÃS E PERERECAS!
quinta-feira, 17 de maio de 2007
FOTOS DE SETEMBRO DE 2006
MINHAS JABOTICABAS SABARÁ.
mesmo sendo sabará elas eram enormes, pois lá o local é bem úmido(beira de rio) e adubo orgânico era o que não faltava. (...e minha mão é pequena!)
MINHA COCHEIRINHA (abandonada e detonada)
domingo, 13 de maio de 2007
!!!!!!!
sábado, 12 de maio de 2007
EXAMES?????
..já foi publicado no Diário Oficial para a Shell se pronunciar, sobre o "agravo retido" que meus advs. fizeram, juntaram ou sei lá o que se faz/fez, e/ou e etc...
...vamos ver se agora o trem anda, pelo menos mais um passo!!! de tartaruga, talvez, mas ...
...com relação aos resultados das análises dos resíduos/poeira e etc.., NINGUÉM SE PRONUNCIA!!!!! ... e quando pergunto, a qualquer um dos que estiveram em casa ou participaram, de alguma maneira, para fazermos essas análises só recebo evasivas.
...não quero pensar mal de ninguém, pô!!!...mas tem dó!!!!!!
...lembro quando a Prefeitura mandou fazer uma biópsia do tecido adiposo nos moradores e depois de quase um ano ninguém recebia o resultado ou era consultado por um médico para seguir o tratamento ou fosse o que fosse. Perdi a paciência e fui até o CRM denunciar, antes de ir no CRM, liguei para os "responsáveis" na SEDEMMA avisando o que eu estava fazendo, me xingaram pra valer, mas quando cheguei de volta, em casa já tinha o recado, que no dia seguinte iriam nos entregar o resultado na Câmara Municipal.
Fui quase que fulminada na Camara, era só indireta/reta para mim, me condenando por ter agido daquele jeito, mas tenha paciência!!! Dizem que a gente está contaminado, quase morrendo, que vai levar mais de 20 anos pra "curarem" a gente, arrancam a gente da nossa casa, destroem nossas vidas tudo sob a alegação de "risco de vida" e demoram quase um ano para nos dar o resultado de exames!!! EXAMES ESSES, que já estavam em poder da Prefeitura FAZIA MESES!!!!!
O mesmo está acontecendo com um exame de sangue que fizemos em Janeiro de 2005.
Fomos chamados no Centro de Saúde para fazermos um exame de sangue para detectar os DRIN'S, disseram. SÓ QUE O QUE FIZERAM FOI UM "MINERALOGRAMA"!!! e o pior:- já estamos em maio de 2007 e o resultadso desses exames não foram entregues pra ninguém, ou melhor, eu fui atrás, uma mocinha da Seretaria da Saúde, que não queria me dar o resultado e nem me atender direito perguntou, estufando o peito:- POR QUE você quer esse resultado??
eu respondi, estufando mais ainda:
- 1º porque o sangue é MEU.
-2º porque se vcs. mandam a gente fazer exames e mais exames dizendo e agindo como se a gente estivesse pra morrer, eu acho que é meu direito ter esses resultados para levar para o meu médico já que vcs. não tomam nem conhecimento...
...acho que foi isso que eu disse, já faz tempo e as palavras exatas, que usei eu esqueci, mas o que eu quis dizer foi isso.
... e com relação aos resultados desses exames, dos meus filhos, até hoje eles não me deram, quando pedi eles diseram que só entregariam na mão deles e como eles já estão fartos dessa palhaçada eles não vão buscar.
o resultado do meu exame deu pouca alteração, levei pro clínico que me consulta no centro de saúde e ele viu para mim. Só que ele gostaria de ter acesso a minha pasta do "CASO SHELL", como é chamada, mas...
terça-feira, 8 de maio de 2007
SAUDADES ...
Domingo, 17 de agosto de 2003
segunda-feira, 7 de maio de 2007
confiscada!!!!!!!!!!
é hoje!!!!!
"A atividade poluente acaba sendo uma apropriação pelo poluidor dos direitos de outrem, pois na realidade a emissão poluente representa um confisco do direito de alguém em respirar ar puro, beber água saudável, e viver com tranquilidade. Não basta indenizar, mas fazer cessar a causa do mal, pois um caminhão de dinheiro não substitui o sono recuperador e a saúde."Paulo Afonso Leme Machado
Promotor quer esvaziar área contaminada
ANA PAULA MARGARIDO - RAQUEL LIMA - DA FOLHA CAMPINAS
Os moradores do Recanto dos Pássaros apresentaram ao promotor Gilberto Porto Camargo um ex-funcionário da multinacional que denuncia falhas no processo de estocagem de cinzas tóxicas, manipulação de metais pesados e falha na incineração de produtos tóxicos, As famílias afirmam não ter para onde ir. Em uma reunião às portas fechadas, na Prefeitura de Paulínia, o promotor, membros da Secretaria Municipal de Vigilância à Saúde e a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) decidiam para onde levar as famílias ontem. Até o fechamento desta edição, a reunião não havia terminado.
“Não sei o que fazer. Todos os meus parentes já moram de aluguel”, disse o morador do local Clóvis Rodrigues Bueno, 38.
Durante todo o dia de ontem, membros do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo) gravaram depoimentos dos moradores supostamente contaminados, O material será enviado a OMS (Organização Mundial da Saúde) e vai servir como subsidio para que seja suspensa a produção de “drins” (pesticidas) no continente africano.
Em 1995, a Shell protocolou autodenúncta no Ministério Público de que havia contaminado o solo e o lençol freático com “drins”. Aldrin, Eldrin, Dieldrin, defensivos usados para matar formigas e cupins em lavouras, são potencialmente cancerígenos, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
Exames constataram a presença de metais pesados no organismo de três moradores, Os metais encontrados foram arsênico, alumínio, níquel, berílio e chumbo.
A presença de metais pesados na água e no solo foi confirmada pelo laudo da empresa holandesa, Haskoning - contratada pela multinacional do petróleo para fazer a avaliação de risco na arca.
O laudo da Haskoning também detectou a presença de óleo mineral no lençol freático próximo às chácaras. De acordo com o documento, “nos casos em que na área residencial a água subterrânea era utilizada para beber, há de fato riscos para adultos e crianças, com base na elevada concentração de óleo mineral na água subterrânea”. O conselheiro do Consema, Carlos Bocuhy, criticou ontem a omissão da Cetesb na fiscalização da empresa. Para ele, a Cetesb deveria ter multado a Shell, quando verificou irregularidades.
A Cetesb nega a omissão. A Shell informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não havia sido notifica pelo Ministério Público da saída dos ex-funcionários da área.
O setor de epidemiologia do DMP (Departamento de Medicina Preventiva) da USP (Universidade de São Paulo) vai ajudar a Vigilância Sanitária de Paulínia na análise dos dados na região do Recanto dos Pássaros. A médica do DMP que trabalhará nas análises, Joya Emilie Meneses Correa, disse ontem que o acordo firmado entre o Ministério Público, a Shell é o município de Paulínia é que a Vigilância Sanitária fará as coletas do material e o setor de epidemiologia da universidade fará as análises.
“O levantamento epidemiológico será feito em Paulínia e nós faremos as análises.” Joya afirmou que os resultados das análises deverão sair em dois ou três meses.
Karen Suassuna, responsável do Greenpeace de São Paulo para o caso Shell, disse ontem que a primeira medida do grupo foi pedir aos órgãos públicos responsáveis que apurem qual é a origem dos metais pesados encontrados no local. “Precisamos saber se existiu manipulação de metais pesados dentro da antiga unidade da Shell e qual é a origem do material, afinal existem muitas plantas industriais na região.”
A organização se reunirá na próxima semana com a promotoria para verificar como anda o acordo para a descontaminação do local, que ainda não foi assinado. Para Karen, independentemente de haver moradores no local, deve ser feita a descontaminação total da área.
Colaborou Ademar Martins Peneira, da Folha Campinas
Ex-funcionário denuncia problemas
DA FOLHA CAMPINAS
O ex-funcionário da divisão química da Shell Brasil, que pediu para ser identificado apenas como M., 53, denunciou, ontem, falhas no processo de estocagem de produtos químicos e cinzas tóxicas e na queima de materiais tóxicos em duas unidades da empresa multinacional.
M., que trabalhou na área de síntese de organo-fosforados, disse que as cinzas tóxicas eram enterradas no solo, sem nenhum critério técnico.
As cinzas eram produzidas por meio da queima de restos de produtos químicos, entre eles os drins, produzidos pela Shell. De acordo com M , alem dos materiais químicos da própria empresa, os dois fomos da Shell recebiam resíduos sólidos de outras empresas de Paulínia.
O ex-funcionário afirmou que tambores vazios, porém impregnados com produtos químicos da família dos clorados, eram estocados ao ar livre.
“Quando chovia, o material residual desses tambores era lavado pela água das chuvas. Os produtos químicos eram transferidos para o solo”, disse M.
De acordo com o ex-funcionário, havia tambores contaminados espalhados por toda a extensão da fábrica. “Os tambores não tinham revestimento específico.”
Segundo ele, sem o revestimento, os tambores enterrados poderiam ser corroídos pela química das cinzas. M. disse que os ex - funcionário, cerca de 200, estão preocupados com a saúde. Eles vão se reunir, por meio do Sindicato dos Químicos de Campinas e Região, para formar uma comissão para defender os direitos dos funcionários. “Vamos exigir que a Shell realize exames médicos em todos.”
Após ter trabalhado na Shell, M. foi funcionário da Cyanamid, empresa que comprou parte da tecnologia da Shell, até ser demitido. Ele conseguiu aposentadoria especial por trabalhar mais de 20 anos com produtos insalubres.
OUTRO LADO
Empresa afirma que sé falará do pedido de evasão após ser notificada
DA FOLHA CAMPINAS
A Shell Brasil informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que não havia sido notificada oficialmente do pedido do Ministério Publico e que, por isso, não poderia se manifestar sobre a evasão da área.
A empresa não comentou as denúncias feitas pelo ex - funcionário de falhas no processo de estocagem de cinzas tóxicas, manipulação de metais pesados e falha na incineração de produtos tóxicos.
A vice-presidente da divisão química da Shell, Maria Lúcia Pinheiro, disse anteontem à Folha que a unidade de Paulínia nunca manipulou ou produziu metais pesados. Ela disse que a empresa vai apresentar ao Ministério Público urna relação de todos os produtos que foram produzidos e manipulados pela unidade de Shell no interior paulista.
O assistente executivo da divido de controle de poluição da Cetesb de São Paulo, Geraldo Amaral, negou ontem que a companhia tenha se omitido no caso da contaminação da área Recanto dos Pássaros.
Segundo ele, não cabe nenhuma multa a Shell. “Há uma autodenúncia mas não há identificação da forma e período em que houve a contaminação. Sem isso não há como aplicar a multa”, disse.
Remapeamento
A SheIl começou ontem a remapear a área contaminada por pesticidas para propor um plano de recuperação ambiental.
Fonte: Folha de São Paulo / SP 31/03/2001
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e-mail, ATA e etc..
Sáb, 28 Abr 2007, 07h56
Nos bastidores, circula a informação de que o principal cotado para assumir a presidência da nova autarquia é Claudio Langone, que na quarta-feira se despediu da secretaria-executiva do ministério, substituído por João Paulo Capobianco. Langone disse ontem, ao jornal O Estado de S. Paulo, que não comentaria o assunto.
Para a presidência do Ibama, o nome preferido da ministra é o do atual diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Ele até já demonstrou interesse em assumir o posto, mas ainda não foi liberado da atual função na PF pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.
Além de ainda não ter o nome dos futuros presidentes do Ibama e do Instituto Chico Mendes, Marina está tendo de lidar com outro problema. Já anunciado secretário de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos (SRU), o ex-deputado Luciano Zica avisou que tem problemas pessoais para assumir o posto. Indagado sobre o assunto, Zica prefere não fazer comentários, mas a amigos contou que não tem certeza se aceita o cargo.
"luciano zica"
Para:
ciomararodrigues@yahoo.com.br
Assunto:
RE: parabéns!!
Data:
Sat, 05 May 2007 10:59:38 +0000
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Ciomara,
jamais me esquecerei de você, e nem de nenhum dos que enfrentam ou
enfrentarqam essa luta!!
obrigado pelas felicitações, eu só acieitei por ser no meio ambiente
abraços
zica
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CONTAMINAÇÃO ÁREA SHELL, BAIRRO RECANTO DOS PÁSSAROS - MUNICÍPIO DE PAULÍNIA-SP
Às 14 horas, do dia 01 do mês de dezembro do ano de 2005, reuniu-se na Igreja matriz no Município de Paulínia-SP o Grupo de Trabalho (GT) criado pela Câmara Federal para discutir a contaminação de ex-funcionários e ex-moradores, por pesticidas ocorrida no bairro, devido às atividades industriais da empresa Shell Brasil.
Participaram da reunião os Deputados Federais Luciano Zica
O Deputado Zica abriu a reunião mostrando a relevância e oportunidade da questão, sendo secundado pelo dep. Mendes Thame que destacou os objetivos da reunião, destinada a coletar os dados e informações necessárias para acompanhar e dar seqüência nos esforços para antecipar soluções definitivas para o gravíssimo problema criado pela contaminação causada pelas Shell/Basf/Cyanamid na área em tela.
O senhor Cardoso fez relato histórico da instalação e produção de defensivos (agro-químicos ou agrotóxicos) de 1977 a 1993, ano em que avaliação ambiental mostrou a ocorrência de contaminação ambiental. Em 1994 apresentou dados ao Ministério Público e assinou TAC, iniciando trabalhos de monitoramento. Em 2001, a Shell iniciou aquisição de propriedades (chácaras) no entorno da fábrica. Posteriormente, decisão judicial determinou a mudança dos moradores do Recanto dos Pássaros. Providenciou o acompanhamento da saúde de 252 ex-trabalhadores. Quanto à questão ambiental, foi contratada a ESALQ para desenvolver projeto de adequação ambiental.
Na seqüência, Dr. Almério Mello Filho, solicitou a anexação do termo de audiência recém realizada em 25/11/2005 na Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região, cuja cópia passa a fazer, em anexo, parte desta Ata. Ressaltou os esforços da Prefeitura de Paulínia para atender aos ex-trabalhadores.
Em seguida, a Dra. Márcia Bevilácqua fez um relato das ações propostas pela DIR-12 e ressaltou parecer do Ministério da Saúde em que fica explícita a necessidade de acompanhamento dos ex-trabalhadores para avaliação clínica e estabelecimento do nexo causal.
Na seqüência, Dr. Otavio Okano, da CETESB ressaltou que há áreas contaminadas em todo o mundo. No Brasil, além disso, existe o problema de áreas ainda não identificadas, verdadeiras “sombras” ou “mimos” que podem “explodir”, por não estarem sendo acompanhadas e isoladas tecnicamente. A seguir o Dr. Mario, também da CETESB, relatou a construção de barreira hidráulica (em 2004) e estação de tratamento da água filtrada do subsolo (2004), remoção do solo contaminado na área junto aos incineradores estando estocado em armazém licenciado; demolição de chácaras e estudo para remoção de cinzas depositadas em poços.
O Sr. Antonio de Marco Rasteiro declarou que não há qualquer dúvida sobre a intoxicação por organo-clorado e outros agentes dos trabalhadores. Mostrou resultados de exames realizados em São Carlos, onde comprova a contaminação ambiental e da saúde dos ex-trabalhadores e moradores expostos a pesticidas organo-clorado, fosforados, piretróides e outros ocorridos no site da Shell, no Bairro Recanto dos Pássaros, Município de Paulínia. Nestes 11 laudos de exames de trabalhadores realizados pela USP- São Carlos, demonstrou a existência no organismo humano de produtos. Exibiu o seu próprio laudo, onde se verifica a presença de 7 clorados, dos quais 4 deles já banidos no mundo. Exibiu, também, parte de estudo de médico contratado pela Shell, Dr. Farina, onde comprova a intoxicação de trabalhadores que manipulavam organo-fosforados . Que as cinzas geradas no incinerador foram soterradas em valas sem critérios de engenharia e estariam supostamente contaminadas, por falhas no sistema de incineração – contavam com análises laboratoriais – só que com falhas. Alega que, supostamente, no poço artesiano de número 2, cujo qual supria de água como potável, e era usada para consumo humano, banho e cozinha, estava situado próximo do aterro de cinzas. Este tinha 3 níveis de captação, sendo o mais próximo da superfície 18 metros de profundidade. Que até 1987, não havia estação de tratamento de água, apenas uma dosagem de cloro. Supostamente, tenham bebido água contaminada. Alega, portanto, que os trabalhadores precisam de tratamento diferenciado. Que o empenho junto a Prefeitura Municipal de Paulínia tenha que ser pela manutenção do atendimento aos ex-moradores e a extensão aos ex-trabalhadores, principalmente aqueles que também moram na cidade. Ainda, que, já se verificaram vários óbitos antecipados.
Em seguida, Sr. Paulo de Souza, relatou sua historia de luta pela causa.
Na seqüência a vereadora Simone Moura ressaltou seu apoio aos reclamantes.
Complementarmente, a CETESB, em resposta ao questionamento do relator Deputado Mendes Thame, afirmou que não vê risco de contaminação do Rio Atibaia.
O senhor Paulo de Souza indagou se há possibilidade de uma emenda para cobrir as despesas dos ex-trabalhadores.
A senhora Rosa, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, apelou no sentido da perspectiva de atendimento aos ex-trabalhadores.
O senhor Reginaldo, diretor do Sindicato dos Químicos Unificados, manifesta estranheza pela recusa da Câmara em permitir a realização da audiência nas dependências daquela casa de leis, uma vez que tal evento havia sido agendado para lá.
O senhor Mauro Bandeira, indaga se a Shell diz que a contaminação é pequena, porque tantos problemas como os que estão sendo relatados e vivenciados pelos trabalhadores e moradores. Pergunta à Shell, que tipo de exames a empresa pagava para os trabalhadores. Em relação à CETESB, a questão é tratada aqui e para os que aqui estão, a companhia tem que apontar respostas e não ficar dizendo que tal coisa acontece no mundo.
Dona Jonacir da Penha reivindicou que a Prefeitura designe um toxicologista como o Dr. Igor, para permanente acompanhamento da saúde dos ex-moradores e ex-trabalhadores.
A Senhora Antonia, ex-moradora e atual residente no hotel indicado pela Shell, reivindicou que os antigos moradores lindeiros à fábrica da Shell, aqueles de antes da remoção, tenham também direito aos mesmos exames a que foram submetidos os ex-moradores.
O Deputado Zica relatou a existência nos Estados Unidos de fundo, com recursos arrecadados junto às empresas, para financiar casos como este. Também relatou Projeto de Lei que apresentou a respeito de passivos ambientais. Destacou a amplitude das questões ambientais bem como o esforço suprapartidário para solucioná-la.
O Senhor Melo, ex-morador, declarou que a CETESB nunca detectou as ações de poluição da Shell, só fiscalizou mais não detectou praticamente nada.
O senhor Cardoso Teti, representante da Shell, declarou que está a disposição para prosseguir na busca de soluções negociadas.
Em reposta ao questionamento do Deputado Thame, o senhor Cardoso afirmou que no inicio houve um trabalho conjunto e depois um afastamento que redundou em ações judiciais. A empresa esta a disposição para retomar as negociações.
Encerrando a reunião, o Deputado Zica declarou que serão procedidas novas reuniões, em “Pet comitê” para avaliar encaminhamento da questão e montar uma estratégia para induzir à busca de uma solução negociada.
CONCLUSÃO
PROPOSTAS DE ENCAMINHAMENTO
Criação de uma equipe especializada de avaliação e isenta e com a participação de representantes dos ex-trabalhadores e ex-moradores, com o acompanhamento do GT da Câmara Federal e da empresa Shell.
Esta equipe fará um planejamento para atuar na área da saúde dos ex-trabalhadores e dos ex-moradores e ambiental, e para a solução das negociações dos imóveis.
Saúde – contará com uma equipe especializada e multidisciplinar composta por representantes do Ministério da Saúde, do Ministério do Trabalho e da Secretaria Municipal de saúde, com as despesas pagas pela empresa Shell.
Ambiental – Sugerimos ao Ministério do Meio Ambiente, à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Paulínia a criação de uma equipe para acompanhar os trabalhos de descontaminação da área, com as despesas que incorrer arcadas pela Shell e acompanhadas pela sociedade civil organizada e pelos Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal.
Negociação dos Imóveis – para os imóveis ainda não adquiridos, sugere maior empenho da empresa Shell para solucionar as negociações pendentes.
Seguem anexos:
Relatório da CETESB
Relatório da Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região
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Para:
ciomararodrigues@yahoo.com.br
De:
"rasteirom"
Assunto:
Re: importante...
Data:
Fri, 4 May 2007 13:33:59 -0300
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Acontecimentos: em 08/03/2007
Saúde: Foi firmado um TAC para atendimento pelo SUS em Paulinia e Campinas para trabalhadores e moradores o protocolo deve estar pronto no mes de junho,o atendimento ainda não tem data definida ,seria bom voceis fazer um pedido formal no prt15para participar da construção de todo conteudo do tac ,através do iquerito civil 10.425/2001 para procuradora Dra Marcia.
Entrevistas;ocorreu duas ontem a tarde,primeiro com representantes da saude de Paulinia,a segunda com os ex-trabalhadores em frente ao site da Ex-Shell/Basf,será apresentada pela tv cultura na proxima quarta feira as 19:00hs.
Analises:ainda não tenho nenhum resutado oficial das casas e das unidades de agrotóxicos,no meu entender esta amostragem superficial do pó deveria ser efetuada quando a fabrica estava em plena atividade produtiva ,ai sim teriamos uma amostragem representativa,após cinco anos do encerramento das atividades da Shell não vai dizer o grau de exposição das pessoas.
Reuniões:nas ultimas quinta feiras de cada mes estamos se reunindo na sede do sindicato de Paulinia,gostariamos de contar com os moradores, a partir das 09:30hs.
Saudações
Rasteiro