terça-feira, 29 de maio de 2007
AUDIÊNCIA SHELL/BASF E TRABALHADORES, EM PAULÍNIA
28 de maio de 2007
Audiência Shell/Basf e trabalhadores, em Paulínia
Justiça propõe que Shell e Basf assumam custos pela contaminação
Representantes do sindicato, dos trabalhadores, da Shell e da Basf, no início da audiênciaJuíza recomenda a multis que aceitem conciliação. Nova audiência será no dia 20 de junho, às 10 horas
Que as empresas Shell Brasil e Basf S.A. paguem convênio médico a todos seus ex-trabalhadores, cônjuges e filhos; costruam um laboratório de toxicologia em Paulínia, para o Sistema Único de Saúde (SUS); e façam o ressarcimento para o SUS de todos os custos que o órgão teve com consultas, exames e tratamento dos ex-trabalhadores Shell/Basf e seus familiares. Essa foi a proposta feita pela juíza Maria Inês Correia de Siqueira Cezar Targa às multinacionais na audiência realizada na manhã de hoje (28 de maio) na 2ª Vara do Trabalho de Paulínia. A juíza disse ter "estudado muito" o caso e que "recomenda" às multinacionais que aceitem a "proposta de conciliação".
Na audiência, a Shell afirma reconhecer a contaminação, mas que desconhece qualquer problema de intoxicação. Já a Basf diz não ter "nada com o caso pois a questão é com a Shell" e que ela, Basf, não trabalha com produtos tóxicos.
Foi a primeira audiência no processo 002222, uma Ação Civil Pública impetratada no dia 08 de março último pelo Ministério Público do Trabalho da Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas). Para que a Shell e a Basf dêem sua resposta à proposta judicial, uma nova audiência ficou agendada para o dia 20 de junho, às 10 horas, no Fórum da Justiça do Trabalho em Paulínia.
Ex-trabalhadores pedem rapidez e Justiça
Ex-trabalhadores e sindicalistas em frente à Justiça do Trabalho, em Paulínia, durante a audiência
Em carta aberta entregue à população, ex-trabalhadores Shell/Basf pedem rapidez à JustiçaAbaixo o teor da carta aberta entregue pelos ex-trabalhadores Shell/Basf à população e autoridades judiciais de Campinas e Paulínia, com relação a suas expectativas na audiência realizada hoje:
SHELL E BASF NO BANCO DOS RÉUS
Uma luta pela vida!Hoje, dia 28 de maio de 2007, às 9 horas, tem início mais um capítulo na luta contra a contaminação química no Brasil: as multinacionais Shell Brasil e Basf S.A. estarão sentadas no banco dos réus da Justiça do Trabalho em Paulínia para responderem sobre as suas responsabilidades na contaminação de trabalhadores em sua planta industrial, bem como das pessoas que moravam e trabalhavam nas chácaras em seu entorno, no bairro Recanto dos Pássaros do município.
Contaminados pelas empresas, até hoje os trabalhadores continuam no aguardo de tratamento médico especializado desde 1994, ano em que a Shell confessou ter cometido a contaminação ambiental e humana. De 1978 até hoje, 45 trabalhadores morreram. A maioria com claras evidências de ter sido vitimada por exposição e contaminação química (venenos).
Para que se faça justiça, é necessário que seja concedida pela Justiça a Tutela Antecipada pedida na Ação Civil Pública. É preciso evitar, urgente, que venha a ocorrer com os trabalhadores que estão doentes o agravamento de seu estado de saúde e consequentemente novas mortes.
Mesmo que afrontando todos os fatos e evidências as multinacionais Shell e Basf se declarem inocentes, que a Justiça inverta o ônus da prova. Ou seja, que as rés comprovem de forma definitiva que a contaminação ocorrida na fábrica em Paulínia não causa danos à saúde humana. Esperamos e acreditamos que o Juiz do Trabalho, Dr. José Adilson de Barros, decidirá a favor da vida!
Trabalhar sim. Adoecer não. Justiça para todos!
Sindicato Químicos Unificados
Atesq – Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas
Acpo – Associação de Combate aos Poluentes
CONTATOS: (19) 3735.4900 e e-mail quimicosunificados@terra.com.br
CASO SHELLJustiça propõe o custeio de planos de saúdeNova audiência entre representantes de funcionários e das empresas foi marcada para 6 de junho
Michele da Costa - RegiãoA juíza do Trabalho, Inês Correa de Cerqueira Cesar Targa, propôs às empresas Shell Brasil e Basf S.A. o custeio de plano de saúde aos ex-trabalhadores da fábrica de Paulínia, contratados diretamente ou por empresas terceirizadas, que tenham trabalhado no local por mais de um ano. A proposta de possível conciliação entre as empresas e a PRT (Procuradoria do Trabalho) da 15ª Região foi feita ontem, durante audiência realizada na 2ª Vara do Trabalho de Paulínia.
Arquivo/TodoDia Imagem Polêmica sobre contaminação na Shell/Basf caminha para o fimAlém do custeio de despesas médicas vitalícias aos trabalhadores, a Procuradoria requer na ação civil pública, iniciada em março, o pagamento de indenização, com valor sugerido em R$ 620 milhões, pela contaminação dos trabalhadores por substâncias químicas (pesticidas). A proposta da juíza inclui também o custeio das despesas médicas de cônjuge e filhos dos trabalhadores.
Para terem acesso ao plano de saúde nacional e com cobertura a todo tipo de atendimento, os empregados teriam de procurar o Serviço de Saúde Pública de Paulínia. O município, por sua vez, teria de repassar informações para o SUS (Sistema Único de Saúde) sobre todas as patologias encontradas nesses empregados. Outra possibilidade proposta pela juíza é que as rés arquem com a construção, na cidade de Paulínia, de laboratório de patologia clínica e de análises toxicológicas.
Segundo consta da ata da audiência, publicada no site do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, o representante da Basf propôs à juíza que acrescentasse à proposta que sua responsabilidade restringia-se somente aos empregados por ela contratados e não aqueles que foram funcionários da Shell.
Ao final da audiência, as partes envolvidas comprometeram-se a reunir-se em suas respectivas entidades para elaborar uma proposta concreta de acordo, que deverá ser discutida no mesmo local, dia 6 de junho. O diretor da Atesq (Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas), Antonio de Marco Rasteiro, considerou “excelente” a proposta da juíza. “A juíza entendeu bem o caso. Os comentários dela foram muito positivos”, acrescentou ele.
Segundo Rasteiro, aproximadamente 70% dos 225 ex-funcionários da Shell/ Basf desenvolveram doenças que podem ser relacionadas à exposição aos produtos químicos produzidos no local e 45 já morreram. Rasteiro disse que, durante a audiência, a Basf negou responsabilidade com a contaminação, pois não trabalha com produtos tóxicos, enquanto a Shell assumiu a contaminação, mas não a intoxicação dos trabalhadores. Até o fechamento desta edição, a Basf não retornou e a Shell não foi localizada através de suas assessorias de imprensa.
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MINHA OPINIÃO:-
PARECE, SEGUNDO ME FALARAM, QUE ESSES 620 MILHÕES VÃO PARA O SUS!!
HAHAHAHAHAHA, HEHEHEHEHE, HIHIHIHIHI, HOHOHOHOHO, HUHUHUHUHU!!!!
JÁ VIU ONDE ESSE DINHEIRO VAI PARAR, NÉ????
CIOMARA DE JESUS RODRIGUES.
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