sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

 

liminar impede demolição da SHELL

Essa foto eu tirei em 2003/04 (acho que foi abril de 2004) esse é o local onde foi construída a ETA da Shell, e, como vocês podem ver, estavam em plena demolição da casa da chácara e ninguém usava EPI. Tenho mais fotos dessa demolição, vou procurá-las e mostrarei aqui.
JORNAL TODO DIA
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PAULÍNIA
12/o1/2007
Liminar impede demolição de fábrica da Shell
Decisão atende pedido da Procuradoria do Trabalho para manutenção de provas da contaminação.
Claudete Campos -
Paulínia
Fábrica desativada da Shell em Paulínia estava sendo demolida
A fábrica desativada da Shell Química do Brasil e da Basf, em Paulínia, foi lacrada, anteontem, pela Justiça do Trabalho e pela Vigilância Sanitária para impedir a demolição das instalações e destruição de possíveis provas de contaminação da área e do bairro Recanto dos Pássaros. Cerca de 30 trabalhadores já haviam derrubado edificações dentro da planta, mas receberam ordens para paralisarem os serviços. As empresas protagonizaram um escândalo ambiental batizado de Caso Shell, que teve repercussão mundial, pois a contaminação teria afetado ex-trabalhadores e moradores do bairro de chácaras, que abandonaram o bairro, interditado até hoje.
A medida foi tomada por causa de liminar (decisão provisória) concedida pela juíza Daniela Matias Ferraz, da 2ª Vara do Trabalho de Paulínia, em ação cautelar ajuizada pela procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck, da Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região. O alerta foi feito pelo Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo.
A Justiça também autorizou uma perícia técnica para coleta de poeira depositada nas paredes dos prédios, pois há suspeita que esteja contaminada. O temor era de que os trabalhadores que faziam o desmonte da planta industrial também poderiam ser afetados por materiais particulados contaminados.
Quando o grupo chegou ao local, por volta de 14h de anteontem, muitas máquinas trabalhavam na área. As atividades foram suspensas, as máquinas retiradas e o local lacrado. Presente à operação, que se estendeu até as 18h15, a diretora do sindicato, Rute Freitas da Silva, informou que a Vigilância Sanitária lacrou quatro portões que davam acesso à antiga unidade. Uma unidade de ionol desativada também foi interditada, pois estava contaminada com os produtos da antiga Shell/Basf. O desmonte teria começado entre sexta e segunda-feira.
O diretor do sindicato, Arlei Medeiros, disse que, antes de demolir as instalações, é preciso constatar risco para a população, moradores e trabalhadores, pois ainda há material particulado no ar, que poderia estar contaminado. O presidente da Associação dos Moradores do antigo bairro, Paulo Souza, atual secretário de Meio Ambiente de Paulínia, disse que a área está comprovadamente contaminada e qualquer tipo de intervenção exige diversos laudos. “Nossa luta só vai terminar quando toda a área estiver totalmente recuperada e garantido o atendimento das famílias”, enfatizou Souza.
O Caso Shell já se arrasta há cinco anos depois de vir à tona. Estão em andamento ações dos ex-funcionários no Ministério do Trabalho, uma ação civil pública e ações dos ex-moradores. A Shell produzia pesticidas da família dos drins, aldrim, dieldrim e endrin, que foram banidos nos Estados Unidos em 1975. Houve a contaminação por organo clorados e solventes metais pesados de uma área do solo e do lençol freático. A reportagem manteve contato com a Assessoria de Imprensa da Shell, que ficou de fornecer o telefone da assessoria da Basf, mas não retornou a ligação.

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