quinta-feira, 16 de abril de 2015

 

NÃO DEVERIA TER HAVIDO NEGLIGENCIA ANTES E NÃO DEPOIS!!! PRIMEIRO BATE DEPOIS ASSOPRA????

COMO EX-PROPRIETÁRIA E EX MORADORA,
QUESTIONO:-

 E AS SEQUELAS EMOCIONAIS E PSICOLÓGICAS?
E O SENTIMENTO DE DOR E PERDA DAS RAÍZES???
AS CICATRIZES SÃO PROFUNDAS,
 E,
EM MIM,
ESTÃO SANGRANDO ATÉ HOJE!
POR ISSO MALDIGO A SHELL E COMPARSAS

Ex-funcionários celebram indenização no Caso Shell

iG Paulista - 11/04/2015 - 05h00 | 
Rogério Verzignasse | rogerio@rac.com.br
Antonio Marcos Rasteiro,  da Associação dos Trabalhadores Expostos a Substância Química
Foto: Carlos de Souza Ramos/AAN
Rasteiro: 'Mobilizados desde a interdição da fábrica, os operários alcançam uma conquista histórica'
A notícia de que o Ministério Público do Trabalho (MPT) definiu o pagamento de R$ 96 milhões relativos a acordos do Caso Shell a cinco instituições de pesquisa foi festejado pelas lideranças de uma associação que agrega os antigos funcionários das plantas industriais responsáveis, no passado, pela contaminação de 480 hectares do bairro rural do Recanto dos Pássaros, em Paulínia. A liberação dessa verba, uma das partes do acordo, começou a ser feita nesta quinta-feira (9).
O grupo, que hoje funciona em um imóvel cedido pelo Sindicato Unificado dos Químicos, na Avenida Barão de Itapura, em Campinas, considerou uma vitória, além dos repasses para pesquisa, a indenização de R$ 194 milhões pagas a mais de mil pessoas, que ainda vão contar com assistência médica vitalícia. Mas um pequeno grupo de trabalhadores — uma dezena de ex-funcionários — mantém na Justiça ações individuais e reivindicam mais recursos.
Acordo coletivo
O acordo coletivo já fechado beneficia 439 trabalhadores que comprovadamente tiveram a saúde afetada, e seus filhos. Quem ainda move ações reivindica que os cônjuges também sejam beneficiados. Além disso, os processos individuais envolvem trabalhadores que permaneceram muito tempo em contato com poluentes, e por isso teriam desenvolvido mais doenças laborais.
Caso, por exemplo, de Antônio Marcos Rasteiro, de 67 anos, líder de produção na planta industrial da Shell entre os anos de 1977 e 1988. Ele foi uma das lideranças trabalhistas pioneiras de 2002, quando o sindicato protocolou os primeiros processos indenizatórios na Justiça do Trabalho. E ele só espera pelo pagamento da indenização definida em ação, que já passou por todas as instâncias.
 
 
"Nunca na história do Brasil um crime ambiental teve punição tão exemplar", afirma Rasteiro, que hoje preside a Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq). "Muita gente acreditava que o poder financeiro calaria os trabalhadores. Mobilizados desde a interdição da fábrica, os operários alcançam uma conquista histórica."
Duas décadas
No próximo dia 28 de abril, fala, data em que os sindicatos brasileiros vão comemorar as ações preventivas contra acidentes de trabalho, os ex-funcionários da Shell estarão reunidos em Campinas e também vão celebrar o encerramento da saga que se arrastou por duas décadas. "A associação nasceu para manter os ex-funcionários da Shell mobilizados, e fiscalizar o cumprimento dos acordos", disse Ricardo Luiz Mendes Gonçalves, diretor colegiado da Atesq.

A Shell — que ainda em 1994, protocolou uma autodenúncia no Ministério Público admitindo a contaminação do lençol freático — voltou a adquirir a gleba que havia sido vendida para a Cyanamid Química em 1994, e revendida à Basf em 2000. A empresa — que hoje integra a joint venture Raízen Combustíveis — também se dispôs a comprar as 60 chácaras de recreio que existiam nas proximidades da antiga fábrica.
Família continua em hotel
Atualmente, uma única ex-moradora do Recanto dos Pássaros permanece morando com a família em um hotel de Paulínia à espera de um acordo definitivo para a venda de seu imóvel. Ninguém mais está morando nas antigas chácaras. O matagal esconde os portões. As casas estão esquecidas, com janelas e portas despencando. Ninguém mais circula pela Avenida Roberto Simonsen, estrada de terra de pouco menos de dois quilômetros, paralela ao Rio Atibaia, que segue para as antigas chácaras da antiga fábrica.
A própria Prefeitura de Paulínia impede a circulação de veículos no trecho, que passa atualmente por um processo ininterrupto de descontaminação do lençol freático. A água captada do subsolo passa por uma estação de tratamento, e só depois é lançada no rio. Desde 2004, uma barreira hidráulica instalada nas margens do rio impede que a água do lençol contamine o Atibaia. A Shell pagou por todas as intervenções já executadas, e ainda hoje mantém a estação de tratamento.
A empresa também banca uma equipe terceirizada de segurança, que mantém curiosos afastados da Roberto Simonsen. Da antiga planta industrial, só resta o piso de cimento, que impede a solo exale gases tóxicos. 
Boldrini
O Centro Infantil Boldrini, de Campinas, é uma das cinco instituições beneficiadas com as verbas da indenização coletiva. O hospital vai receber R$ 19,36 milhões, que serão usados na construção de um centro de pesquisa e no desenvolvimento de estudo que vão mapear fatores de risco de desenvolvimento do câncer infantil. O Hospital do Câncer de Barretos, beneficiado com R$ 69,9 milhões, planeja instalar em Campinas um novo hospital para exames e tratamento do câncer. A diretoria negocia coma Prefeitura a doação de uma área para a construção.
Se não tiver um local, o hospital pretende antecipar a prestação dos serviços por meio de parceria com unidade de saúde já existente.

Empresa ressalta ajuda e nega negligência

Em nota, a Shell reforçou "que a existência de contaminação ambiental não implica, necessariamente, em exposição e prejuízo à saúde de pessoas". "O próprio acordo, firmado em abril de 2013, no âmbito da Ação Civil Pública Trabalhista, não reconheceu qualquer negligência por parte da Shell e da Basf com relação à saúde dos funcionários da antiga fábrica de produtos químicos na cidade de Paulínia", se manifestou, em nota.Segundo a empresa, "a cláusula 17ª prevê expressamente que "a celebração do acordo não importa o reconhecimento pelas reclamadas de responsabilidade pelos danos, de qualquer espécie, invocados pelos reclamantes".
"É importante lembrar que, apesar de estudos técnicos mostrarem que a contaminação ambiental não impactou a saúde de ex-trabalhadores e seus dependentes, a empresa já vinha prestando assistência médica integral para os antigos trabalhadores de Paulínia e seus dependentes mais de um ano antes de o acordo ser homologado nos termos propostos pelo Tribunal Superior do Trabalho."

JÁ TEVE UM JUIZ QUE DEU NEXO CAUSAL PRESUMIDO!!! 
OUTRA COISA:- ESSE NEGÓCIO DE CASAS COBERTAS PELO MATO E COM JANELAS DESPENCANDO É "BALELA".
AS CASAS FORAM QUASE TODAS DEMOLIDAS, COM EXCEÇÃO DE DUAS OU TRÊS.
ciomara

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