terça-feira, 27 de março de 2012

 

SHELL/BASF EM OGLOBO

Globo - 27/03/2012 17:26
MP investigará novas denúncias contra Shell

Objetivo é descobrir por que a empresa e a Basf não adotaram proteção acertada em acordo

Publicado: 26/03/12 - 22h20
Atualizado: 26/03/12 - 22h20
SÃO PAULO. O Ministério Público Estadual investigará novas denúncias contra Shell e Basf, principalmente sobre o fato de a interdição do terreno da antiga fábrica de agrotóxicos em Paulínia (SP) não estar seguindo regras previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), como noticiou o GLOBO no último domingo.
Com mais de 400 mil metros quadrados, no bairro Recanto dos Pássaros, a área foi fechada em 2002, após ser constatada a contaminação do solo e da água por substâncias cancerígenas. Segundo a promotora de Justiça de Paulínia Giovanna Altieri Arantes, as denúncias serão apuradas e, se for o caso, serão adotadas medidas para eliminar os riscos e responsabilizar os culpados.
— Se a interdição da área estiver sendo desrespeitada, como mostra a matéria do GLOBO, e que trabalhadores estão sendo expostos a algum risco em razão da não utilização dos equipamentos de segurança necessários, os culpados serão responsabilizados — disse a promotora.
A contaminação da água e do solo da antiga fábrica de agrotóxicos da Shell/Basf e de terrenos vizinhos ficou em segredo de Justiça de 1994, quando foi constatada pela Shell, até 2001, depois que ex-empregados tiveram acesso aos laudos que comprovavam a contaminação da região com substâncias altamente tóxicas. Antonio Marco Rasteiro, um dos primeiros contratados pela empresa, em fevereiro de 1977, acompanhou de perto o processo, que começou na produção de pesticidas para a agricultura à base de Aldrin, cuja comercialização foi proibida em 1985.
A Shell voltou a dizer, em nota, que a responsabilidade de controlar a entrada de pessoas na área (recomprada após a interdição) é da Vigilância Sanitária de Paulínia. Sobre os derrames de material durante a operação, afirma que aconteceram de forma "restrita e controlada" e que os funcionários eram orientados sobre normas de segurança.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mp-investigara-novas-denuncias-contra-shell-4421078#ixzz1qLotr5PY
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O Globo - 27/03/2012 17:25
Shell diz que há áreas já descontaminadas em Paulínia

Empresa: 'contaminação ambiental não implica necessariamente prejuízo à saúde'

Publicado: 25/03/12 - 21h56
Atualizado: 25/03/12 - 21h56
SÃO PAULO — O diretor de Assuntos Externos para a América Latina da Shell do Brasil, Fabio Cavalcante Caldas, divulgou nota contestando pontos de reportagem sobre contaminação e morte de ex-funcionários de sua antiga fábrica de agrotóxicos em Paulínia, no interior de São Paulo, publicada este domingo pelo GLOBO. Segundo o diretor da empresa, a contaminação da área, localizada no bairro Recanto dos Pássaros, está em processo de estabilização, "inclusive com laudos de áreas já descontaminadas".
Sobre a saúde de ex-empregados e ex-moradores vizinhos à fábrica de Paulínia, a empresa afirma que "contratou profissionais especializados e clínicas de renome para desenvolver estudos para pesquisar e ir a fundo no assunto".
Ao contrário do que afirmam vários laudos anexados ao processo do Ministério Público estadual e do Ministério Público do Trabalho (MPT), a empresa afirma que a "existência de contaminação ambiental não implica, necessariamente, exposição e prejuízo à saúde das pessoas".
Empresa diz que avaliação não apontou intoxicação
A nota divulgada pela companhia ontem salienta ainda que "com base em um grande número de informações técnicas de que dispõem não é possível afirmar que as alegadas queixas de saúde de ex-moradores e ex-empregados resultaram do fato de elas terem trabalhado ou morado próximo às antigas instalações da Shell em Paulínia".
Com relação aos "supostos" casos de doenças graves e mortes citados na reportagem, "a Shell e seus consultores não conhecem qualquer estudo científico que sustente a afirmação de que teriam sido causados pelo fato dessas pessoas terem trabalhado ou morado no local".
A nota aponta ainda que os funcionários da empresa foram avaliados por clínicas especializadas em saúde do trabalhador e toxicologia ocupacional num amplo programa envolvendo 260 trabalhadores. "Nesse programa de avaliação não foi localizado um único caso de intoxicação", diz o documento.
Companhia assinou ajustamento de conduta
Na época em que a Shell vendeu a fábrica para a Cyanamid, em 1992, foi feito um levantamento sobre o passivo ambiental e constatada a contaminação do solo e das águas subterrâneas por produtos denominados de aldrin, endrin e dieldrin, substâncias altamente cancerigenas. Em 2000, a unidade industrial foi transferida para a Basf.
A auditoria resultou em uma auto-denúncia da empresa, em 1995, e em um termo de ajustamento de conduta assinado com a Curadoria do Meio Ambiente de Paulínia. No documento, a Shell reconheceu a contaminação. Depois da constatação da contaminação do solo e da água, a empresa foi obrigada a adquirir todas as plantações de legumes e verduras das chácaras do entorno e a fornecer água potável às residências.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/shell-diz-que-ha-areas-ja-descontaminadas-em-paulinia-4411595#ixzz1qLohPC5V
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O Globo - 27/03/2012 17:24
Uma fábrica de contaminação e mortes em Paulínia
 
ciomara

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