quinta-feira, 6 de maio de 2010
Cancer no intestino MATA EX FUNCIONÁRIO DA SHELL.
Arquivo/TodoDia Imagem |
Pelissari estava internado no Hospital Madre Theodora |
Pelissari é a 54ª vítima fatal que atuou na área infectada e, segundo a família, teve o câncer identificado no dia 7 de abril deste ano. "Os médicos assustaram, disseram que nunca tinham visto um câncer tão intenso e que ele já devia ter há um bom tempo, mas já não era possível fazer nada", lamentou a viúva, Davirce Pelissari. Segundo ela, há 13 dias o marido estava internado no Hospital Madre Theodora, em Campinas, e na terça-feira à noite foi levado para o velório em Cosmópolis, cidade onde vivia. O enterro ocorreu ontem, às 16h.
"Ainda está cedo, mas todos estão dizendo que é nosso direito questionar a Shell, pretendo verificar com um advogado o que é melhor fazer", contou Davirce. "Dependendo do caso, a família pode pleitear um ressarcimento; a situação é delicada, mas não podemos deixar de buscar o que é direito", defende o diretor e coordenador geral da Asteq, Antônio Marcos Rasteiro. "Para nós é mais um companheiro que foi pego de surpresa e teve morte precoce. Precisamos alertar os ex-trabalhadores sobre a necessidade de fazer um acompanhamento preventivo e lutar pela atenção diferenciada que é nosso direito" disse.
"A orientação é que as famílias busquem ações individuais, paralelas à do sindicato e do MPT (Ministério Público do Trabalho), que já lutam por um atendimento a todos", afirmou o advogado do Sindicato dos Químicos Unificados, Vinicius Casconi. Segundo ele, entre trabalhadores, terceirizados e familiares são cerca de 6 mil pessoas que devem receber atendimento. "O sindicato mais uma vez demonstra preocupação com essa demora das empresas de prevenir as doenças oriundas das condições de trabalho e da exposição indevida aos contaminantes", apontou.
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