quarta-feira, 30 de setembro de 2009

 

TEM CAROÇO NESSE ANGU!!!!!!


Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009
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A contaminação produzida pela Shell no Recanto dos Pássaros,
em Paulínia/SP

A Shell Química fabricou agrotóxicos em Paulínia, cidade do interior do Estado de São Paulo entre 1975 e 1993.
Durante este período, a empresa contaminou o lençol freático nas proximidades do rio Atibaia, um importante manancial da região, com os organoclorados aldrin, endrin e dieldrin.
Três vazamentos destes componentes químicos foram oficialmente registrados durante os anos de produção.
A comercialização destes produtos foi interrompida no Brasil em 1985, através da portaria 329 de 02 de setembro de 1985 do Ministério da Agricultura, sendo ainda permitida a comercialização de iscas para formigas e cupinicida destinados a reflorestamentos elaborados a base de Aldrin.
Entretanto a fabricação para exportação continuou até 1990.
Em 1998, através da Portaria n.º 12 do Ministério da Saúde, estes produtos foram completamente proibidos. Hoje os "drins" também são banidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) por estarem associados à incidência de câncer e a disfunções dos sistemas reprodutor, endócrino e imunológico.
Em 1994, quando a Shell estava prestes a vender a área para a Cyanamid Química, foi realizado um levantamento do passivo ambiental da unidade para que a transação fosse concluída.
Foi identificada uma rachadura numa piscina de contenção de resíduos que havia contaminado parte do freático.
A empresa realizou uma autodenúncia junto ao Ministério Público, que deu origem a um Termo de Ajustamento de Conduta.
A Shell teve que se encarregar da construção de uma estação de tratamento que processa toda a água que passa por baixo do terreno. Entretanto, ela não admitiu qualquer contaminação com drins, nem vazamentos para fora do seu terreno.
A nova proprietária da unidade, a Cyanamid, acabou vendendo a fábrica para a indústria química alemã Basf em dezembro de 2000.
Em 1996, a Shell encomendou dois laudos técnico sobre a contaminação do lençol freático fora da área da empresa aos laboratórios do Instituto Adolpho Lutz, de São Paulo, e Lancaster, dos Estados Unidos.
O laboratório brasileiro não detectou a presença de contaminantes, mas o norte-americano confirmou a presença de drins na água do subsolo.
A Shell manteve em sigilo o relatório do laboratório Lancaster até março de 2000, alegando que o seu resultado foi um "falso positivo".
Na época, a agência ambiental paulista, a Cetesb, recolheu, pela primeira vez, amostras de poços e cisternas do bairro, que foram analisados pela própria Cetesb, pelo laboratório Ceimic, contratado pela Shell e pelo laboratório Tasqa, pago pela Prefeitura de Paulínia.
Os exames constataram a presença de dieldrin na água.Em dezembro de 2000, novas amostras foram coletadas pela Cetesb, o Instituto Adolfo Lutz e o laboratório Ceimic.
As análises comprovaram a contaminação da água dos poços com níveis até 11 vezes acima do permitido na legislação brasileira. Diante de tais resultados, pela primeira vez a Shell admitiu ser a fonte da contaminação das chácaras da redondeza.
O caso ganha, definitivamente, espaço na imprensa. Em fevereiro de 2001, cerca de 100 moradores da região fizeram uma vigília de vários dias em frente à fábrica.
Em abril, a Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública em Brasília para discutir o assunto e criou uma comissão para acompanhar seus desdobramentos.
Na mesma época, um ex-funcionário da empresa confirma a existência de quatro aterros clandestinos dentro da área da fábrica, onde a Shell depositava cinzas do incinerador e resíduos industriais. Na seqüência, a Cetesb admite que errou ao não solicitar uma avaliação das condições do solo e da água do Recanto dos Pássaros.Inicia-se uma etapa de avaliações da saúde dos vizinhos da fábrica. A Prefeitura de Paulínia pediu ao laboratório da Universidade Estadual Paulista (Unesp) para que realizasse exames de sangue.
Divulgados em agosto de 2001, os exames indicaram que 156 pessoas - 86% dos moradores do bairro - apresentavam pelo menos um tipo de resíduo tóxico no organismo. Desses, 88 apresentam intoxicação crônica, 59 apresentavam tumores hepáticos e da tireóide e 72 estavam contaminados por drins.
Das 50 crianças com até 15 anos avaliadas, 27 manifestavam um quadro de contaminação crônica. A empresa contestou tais resultados, que considerou inconsistentes e incompletos.
Segundo o médico Igor Vassilief, presidente da Associação Brasileira de Toxicologia e professor da Unesp, um dos casos avaliados foi o de uma menina de sete anos com níveis altíssimos de chumbo no sangue, peso e altura abaixo da média e baixo desempenho escolar.
Os médicos responsáveis pelo exame estão sendo processados pela Shell no Conselho Regional de Medicina (CRM).
Um segundo laudo, encomendado pela Shell, concluiu que não havia nenhum caso de contaminação no bairro.
A empresa também negou que tivesse manipulado metais na unidade de Paulínia.
Em setembro de 2001, o Greenpeace enviou um relatório sobre o caso para os diretores da FTSE 4 Good, um índice ligado a bolsa de Valores de Londres para investimento socialmente responsável, que lista empresas com um comportamento ético.
Em dezembro de 2001, a Justiça de Paulínia determinou que a Shell removesse os moradores de 66 chácaras do Recanto dos Pássaros.
Ela também deveria garantir os tratamentos médicos necessários. A empresa, juntamente com a Cetesb, também é alvo de uma ação civil pública movida pela Prefeitura de Paulínia, Ministério Público e pela associação dos moradores do bairro.
Na seqüência, a Shell começou a comprar propriedades dos moradores dispostos a vende-las.
A empresa já adquiriu 32 das 66 chácaras.
Já deixaram o bairro 166 moradores e caseiros.Segundo a empresa, a compra das chácaras é uma decisão gerencial, porque não haveria estudo ambiental determinando a necessidade de remoção das famílias.
A vice-presidente para América Latina da Shell Químicos, Maria Lúcia Braz Pinheiro, declarou em dezembro de 2001 que a empresa continuava "acreditando que este relatório (da prefeitura) não pode ser base para nada, faltam peças e informações básicas".
Fonte: Greenpeace
http://www.quimicosunificados.com.br/caso%20shell/shell%20-%20rpassaros.html
Moradores de Recanto dos Pássaros serão removidos
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2003/fev/20/300.htm
Não está descartada a possibilidade de a Prefeitura solicitar a intervenção judicial, caso algum morador se recuse a deixar o bairroPaulínia, SP - A Prefeitura de Paulínia informou nesta quinta-feira que até esta sexta deverão ser removidos todos os moradores do bairro Recanto dos Pássaros, isolado por um decreto municipal.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, três famílias ainda permaneciam no local, apesar da proibição de acesso e trânsito de pessoas no bairro, conforme prevê o decreto, divulgado nesta quarta-feira.
A assessoria não descartou a possibilidade de a Prefeitura solicitar a intervenção judicial, caso algum morador se recuse a deixar o bairro.
O isolamento da área, contaminada pela Shell Química do Brasil com organoclorados, foi decidido a partir de uma avaliação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, conforme a assessoria.
Ainda de acordo com a assessoria, a Secretaria entendeu que as chuvas de segunda-feira expuseram os agentes contaminantes.
O gerente da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) de Paulínia, Luiz Eduardo de Souza Leão, não quis comentar o decreto municipal, mas afirmou que a situação do bairro não foi alterada pela chuva.S
egundo o gerente, a Cetesb continua avaliando a proposta da Shell, não divulgada, de remediação da área.
Os 32 moradores do bairro estão provisoriamente instalados em um hotel, e a Shell irá negociar individualmente indenizações e compra de propriedades.
Das 66 chácaras do Recanto dos Pássaros, cinco ainda não foram adquiridas pela empresa.
Leão disse nesta quinta-feira que faltavam ser retirados do Rio Atibaia, em Paulínia, 31 dos 270 tambores arrastados pela chuva do depóstio da Rhodia do Brasil, na segunda-feira à noite.
Parte dos tambores continha derivados de ácido acético.
Segundo ele, não havia até esta quinta indícios de vazamento do produto no rio.
O gerente explicou que será feita uma análise para verificar impactos ambientais e se a empresa cometeu alguma falha ao armazenar os tambores.
Silvana Guaiume
Prefeitura de Paulínia isola Recanto dos Pássaros
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2003/fev/19/298.htm#
Paulínia, SP -
A Prefeitura de Paulínia, 126 quilômetros a noroeste de São Paulo, determinou nesta quarta-feira, por decreto, o isolamento do bairro Recanto dos Pássaros, contaminado pela Shell Química do Brasil com organoclorados.A chuva de segunda-feira inundou toda a área, obrigando os 32 moradores que ainda viviam no local a deixar suas casas.
Eles se instalaram em um hotel de Paulínia para negociar sua transferência definitiva do bairro.Desde o ano passado, a empresa vem adquirindo as propriedades do Recanto dos Pássaros, mas não entrou em acordo com cinco moradores, que recusaram a proposta da Shell. De acordo com o presidente da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Recanto dos Pássaros, Paulo Souza, o bairro deverá ser interditado pela prefeitura
.“Esses moradores deveriam ter sido retirados do bairro pela Shell há um ano, mas não há acordo”, disse Souza.
Segundo ele, os moradores foram proibidos pela prefeitura de voltar ao bairro por causa do risco de contaminação, e a própria prefeitura está custeando a estada no hotel.
A Shell informou nesta quarta, por meio de sua assessoria de imprensa, que está negociando individualmente com cada proprietário e caseiro que ainda permanece no bairro e tentará solucionar o problema até a próxima sexta-feira.
Silvana Guaiume
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ATENÇÃO!!!
LEIAM ABAIXO, POSTAGENS DOS DIAS 22 E 27 DE AGOSTO
TEM AS TABELAS COM RESULTADOS DAS ANÁLISES DO LANCASTER E DOS VAZAMENTOS DE TAMBORES E ETC., DA E NA SHEL.
ciomara.

Comments:
Ola. eu e minha fámilia, somos ex morador e contaminado,
entramos com processo fomos até IMECS en São Paulo.até agora nada?
estou indignado como que somos tratado (lixo que incomoda a sociedade) meu advogado é o da associaçao dos moradoes Dr. valdir
não consigo localizar ele, nen sei como que esta meu processo,gasto horrores de remédio com tratamento p/ minha esposa, vejo que só DEUS p/ mi ajudar.
Abraços:
Carlos Bertolo.
mtnvideo@hotmail.com
 

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