sábado, 10 de janeiro de 2009

 

VAMOS DIVERSIFICAR...


A exposição na TV de crianças mutiladas pela agressão do estado judeu vai nos tornando insensiveis, assim como nos tornamos covardes ao saber dos massacres ocorridos no continente africano (esquecido pela mídia branca).
É como se aceitassemos bovinamente que maltratassem, violentasem e matassem nossos filhos, nossos pais, nossos irmãos.
A mídia mundial - boa parte dela nas mãos de judeus - finge que se trata de uma guerra contra o horror.
O cinismo dos paises ricos, e comprometidos com a venda cada vez maior de armas, a cumplicidade dos diversos veiculos de imprensa que chama o Hamas de movimento terrorista (absolvendo Israel), a humilhação sofrida pela ONU pelo estado mais assassino da Terra (os EUA),
tudo isso joga no lixo nossa própria dignidade - entorpecida pelos donos do poder economico - e nos transforma em participantes coniventes das diversas matanças em nome de uma moral imposta pelos diversos Estados agressores. . .

Seria interessante que perguntassemos a nós mesmos o que estamos fazendo para protestar contra esse fascismo travestido de cordeiro?
Que mensagens mandamos aos nossos governantes protestando?
Participamos de algum ato de protesto nas ruas em frente de escritórios de autoridades israelenses?
Usamos a Internet para conscientizar nossos amigos?
Eu ainda acredito na capacidade do ser humano de se indignar.
Todavia, quantos de nós estarão na frente da TV exercendo nosso cinismo e estupidificando consciências assistindo o BBB 2009 na TV Globo?
Deus tenha piedade de nós!
V. abaixo o artigo de um cidadão judeu. . .
arthur

From: rgueron@uol.com.br----- Original Message -----

From: Caia FittipaldiSent: Friday, January 09, 2009 12:32 PMSubject:

"Tempo de cínicos: os que apoiam essa guerra apóiam o horror" (Gideon Levy, Haaretz, Telavive, 9/1/2009 [traduzido])

Tempo de cínicos: os que apóiam essa guerra apóiam o horrorGideon Levy, Haaretz, Televive, 9/1/2009, 3h24http://www.haaretz.com/hasen/spages/1054158.html

Essa guerra, talvez mais que as anteriores, está expondo as veias profundas da sociedade de Israel.
Racismo e ódio erguem a cabeça, o vingancismo e a sede de sangue.
A "tendência do comando" no exército de Israel hoje é matar, "matar o mais possível", nas palavras dos porta-vozes militares, na televisão.
E ainda que falassem dos combatentes do Hamás, ainda assim essa disposição seria sempre horrenda.

A fúria sem rédeas, a brutalidade é chamada de "exercitar a cautela": o apavorante balanço do sangue derramado – 100 palestinenses mortos a cada israelense morto – não levanta questões, como se Israel tivesse decidido que o sangue dos palestinenses vale 100 vezes menos que o sangue dos israelenses, o que manifesta o inerente racismo da sociedade de Israel.

Direitistas, nacionalistas, chovinistas e militaristas são o bom-tom da hora. Ninguém fale de humanidade e compaixão.
Só na periferia ouvem-se vozes de protesto – desautorizadas, descartadas, em ostracismo e ignoradas pela imprensa –, vozes de um pequeno e bravo grupo de judeus e árabes.Além disso tudo, soa também outra voz, a pior de todas.
A voz dos cínicos e dos hipócritas.
Meu colega Ari Shavit parece ser o seu mais eloquente porta-voz.
Essa semana, Shavit escreveu nesse jornal ("Israel deve dobrar, triplicar, quadruplicar a assistência médica em Gaza", Haaretz, 7/1):
"A ofensiva israelense em Gaza é justa (...).
Só uma iniciativa imeditata e generosa de socorro humanitário provará que, apesar da guerra brutal que nos foi imposta, nos lembramos de que há seres humanos do outro lado.

"Para Shavit, que defendeu a justeza dessa guerra e insistiu que Israel não poderia deixar-se derrotar, o custo moral não conta, como não conta o fato de que não há vitória possível em guerras injustas como essa.
E, na mesma frase, atreve-se a falar dos "seres humanos do outro lado".

Shavit pretende que Israel mate e mate e, depois, construa hospitais de campanha e mande remédios para os feridos?
Ele sabe que uma guerra contra civis desarmados, talvez os seres mais desamparados do mundo, que não têm para onde fugir, é e sempre será vergonhosa.
Mas essa gente sempre quer aparecer bem.
Israel bombardeará prédios residenciais e depois tratará os feridos e mutilados em Ichilov; Israel meterá uns poucos refugiados nas escolas da ONU e depois tratará os aleijados em Beit Lewinstein.
Israel assassinará e depois chorará no funeral.
Israel cortará ao meio mulheres e crianças, como máquinas automáticas de matar e, ao mesmo tempo falará de dignidade.

O problema é que nada disso jamais dará certo.
Tudo isso é hipocrisia ultrajante, vergonhoso cinismo.
Os que convocam em tom inflamado para mais e mais violência, sem considerar as consequências, são, de fato, os que mais se autoenganam e os que mais traem Israel.

Não se pode ser bom e mau, ao mesmo tempo.
A única "pureza" de que cogitam é "matar terroristas para purificar Israel", o que significa, apenas, semear tragédias cada vez maiores.
O que está sendo feito em Gaza não é desastre natural, terremoto, inundação, calamidades em que Israel teria o dever e o direito de estender a mão aos flagelados, mandar equipes de resgate, como tanto gostamos de fazer.
Toda a desgraça, todo o horror que há hoje em Gaza
foi feito por mãos humanas –
as mãos de Israel.
Quem tenha mãos sujas de sangue não pode oferecer ajuda.
Nenhuma compaixão nasce da brutalidade.

Pois ainda há quem pretenda enganar todos todo o tempo.
Matar e destruir indiscriminadamente e, ao mesmo tempo, fazer-se de bom, de justo, de homem de consciência limpa.
Prosseguir na prática de crimes de guerra, sem a culpa que os acompanha sempre. É preciso ter sangue frio.

Quem justifica essa guerra justifica todos os crimes.
Quem prega mais guerra e crê que haja justiça em assassinatos em massa perde o direito de falar de moralidade e humanidade.
Não existe qualquer possibilidade de, ao mesmo tempo, assassinar e reabilitar aleijados.
Esse tipo de atitude é perfeita representação das duas caras de Israel, sempre alertas, ao mesmo tempo: praticar qualquer crime, mas, ao mesmo tempo, auto-absolver-se, sentir-se imaculado aos próprios olhos.
Matar, demolir, espalhar fome e sangue, aprisionar, humilhar – e sentir-se bom, sentir-se justo (sem falar em não se sentir cínico).
Dessa vez, os senhores-da-guerra não conseguirão dar-se esses luxos.

Quem justifique essa guerra justifica todos os crimes.
Quem diga que se trata de guerra de defesa prepare-se para suportar toda a responsabilidade moral pelas consequências do que faz e diz.
Quem empurra os políticos e os militares para ainda mais guerra, saiba que carregará a marca de Cain estampada na testa, para sempre.
Os que apoiam essa guerra, apoiam o horror.

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