sexta-feira, 4 de abril de 2008

 

desde 2001??!! ..põe "anos" nisso!!!

">04/04/2001 - Brasil : poluição


Sindicato quer que a empresa pague pelos exames de sangue



O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química de Campinas e Paulínia informou ontem que pediu ao Ministério Público para que fossem aumentadas as responsabilidades da Shell no caso da contaminação de funcionários na unidade de Paulínia.

O sindicato entrou com um pedido para que seja incluída no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) procedimental uma cláusula que obrigue a Shell a pagar exames de sangue nos funcionários e ex-funcionários que trabalharam na unidade.

Inicialmente a medida prevê que a empresa pague os exames somente em químicos, mas o sindicato procura mobilizar as outras categorias.

Jorge Rodrigues, diretor do Sindicato dos Químicos, afirmou que os sindicatos da construção civil e metalúrgicos também querem exigir da empresa o pagamento dos exames para seus filiados que trabalharam na Shell.

"Devemos nos reunir esta semana para definir as medidas. Não podemos deixar de exigir que a Shell pague pelo exame de pessoas que estiveram nas tubulações da fábrica", afirmou.

Segundo Rodrigues, funcionários de outras categorias estiveram em setores com alto índices de contaminação. "Trabalhadores abriram valas e fizeram tubulações em locais reconhecidos como contaminados. Eles têm o direito de saber como está a sua saúde", disse.

Apoio
A Secretaria do Meio Ambiente e o Sindicato dos Servidores de Paulínia apóiam a medida do sindicato dos químicos. O secretário Henrique Padovani corroborou a ação e propôs que o TAC seja alterado antes de ser assinado.

A Shell deveria assinar o TAC até ontem, mas o prazo limite foi prorrogado para amanhã.(©Folha de São Paulo)


Prefeitura de Paulínia reclama de morosidade no processo e pede a saída de moradores de local contaminado

Paulínia pede pressa em investigação

A Secretaria do Meio Ambiente de Paulínia e o sindicato dos servidores municipais da cidade entraram com uma ação cautelar na Justiça, ontem à noite, para que a Shell Brasil financie e promova a retirada imediata dos cerca de 200 moradores do bairro Recanto dos Pássaros.

A ação cautelar foi entregue pelo advogado do sindicato, Jamir Menalli, ao juiz Ricardo Sevalho.

Segundo o secretário do Meio Ambiente de Paulínia (17 km de Campinas), Henrique Padovani, a medida foi adotada devido à morosidade do Ministério Público nas investigações.

"Além da morosidade do Ministério Público e a falta de boa vontade da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) nos motivou a tomar esta medida drástica", disse.

Menalli disse ontem que a motivação para entrar com a ação judicial foi a declaração da Cetesb, feita esta semana, informando que não existem indícios suficientes de risco de habitação no Recanto dos Pássaros.

"O juiz deve ter o bom senso e determinar a saída imediata dos moradores do Recanto por causa de um princípio do direito que afirma que a medida pode ser adiantada em vista da gravidade da permanência de uma ou várias pessoas em um determinado local", disse o advogado.

Outro problema que o Ministério Público de Paulínia e a Cetesb devem enfrentar, a partir de hoje, vem da ação de Carlos Bocuhy, representante de ONGs (organizações não-governamentais) no Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente).

Bocuhy afirmou ontem que deve apresentar um conjunto de documentos referentes ao caso Shell à OMS (Organização Mundial de Saúde).

"A Shell e a Cetesb precisam mostrar de onde elas retiraram os dados usados para garantir que não existem problemas para os moradores do Recanto continuarem no local".

Bocuhy afirmou que vai pedir uma auditoria no processo que a Cetesb tem feito ao longo desses anos no sítio onde foi a unidade da Shell.

Outro lado
A Cetesb informou que mantém a posição de que não houve indícios suficientes para multar a Shell, pois o material colhido no local não indica que há periculosidade em habitar a área.

O promotor de Paulínia, Gilberto Porto Camargo, preferiu não se pronunciar ontem sobre o caso Shell. A Folha aguardou o promotor até as 19h30 de ontem na porta de seu gabinete, mas a reportagem não foi atendida.(©Folha de São Paulo)


Promotor ouve ex-funcionário da Shell e o proíbe de dar entrevistas


O promotor responsável pelo caso de denúncias de poluição por metal pesado da unidade da Shell em Paulínia, Gilberto Porto Camargo, ouviu ontem o ex-funcionário da Shell Antônio Marcos Rastenho.

Rastenho, que trabalhou na área de síntese de organofosfatos da unidade de Paulínia da Shell, compareceu ao Fórum de Paulínia ontem, às 10h e, até às 19h30, ainda depunha no local.

O ex-funcionário foi chamado para confirmar as declarações que fez na semana passada.
Na sexta-feira, Rastenho disse à Folha que as cinzas tóxicas produzidas na unidade da Shell eram enterradas "sem nenhum critério técnico."

As cinzas eram produto da queima de restos de produtos químicos, entre eles os drins, elementos químicos utilizados pela Shell na produção de agrotóxicos.

Segundo o advogado da Associação de Vítimas da Shell, Waldir Freitas, o promotor Camargo proibiu Rastenho de conceder entrevistas após o depoimento de ontem. Freitas foi proibido pelo promotor de assistir ao depoimento e pediu apoio à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Campinas.

O Ministério Público informou ontem que Camargo daria uma entrevista coletiva às 18h, mas assessores do promotor disseram à Folha que ele teria cancelado a coletiva e forneceria uma nota oficial no começo da noite.

Por volta das 19h, Camargo decidiu que não iria atender a imprensa ontem, alegando que a gravidade do caso demanda grande atenção e precisão. Cerca de 30 moradores do Recanto dos Pássaros fizeram uma manifestação na noite de ontem em frente ao Ministério Público. Os moradores seguravam faixas e pediam Justiça e auxílio para que saiam da área contaminada.(©Folha de São Paulo)


Dá pra ver que a maioria estava APAVORADA com a suposta contaminação.

...mas eu, ainda, queria não ter saído de lá, como nunca quis...


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