domingo, 5 de novembro de 2006

 

...mãos à obra!!!!!!!!!


Boa tarde!
...estou aproveitando que meu filho saiu, para poder usar o PC e escrever umas novidades.
COMPREI UMA MULTIBANCADA DE TORNO. EXPLICO: é uma mini-bancada, que tem torno, fresa, serra circular, lixadeira, desempenadeira e mais duas coisas que esqueci, (são 7 as funções da "marvada"), é para marcenaria, só para madeira.
A Marlene, uma amiga de muitos anos, me cedeu um quartinho, no fundo da casa dela, para eu poder trabalhar lá.
"Bão", pois é... estou quase terminando de montar o bichinho (ele vem desmontado), precisei de um nível, para poder nivelar o torno e etc., pois o chão de lá é todo irregular, desigual, mas não consegui achar nada aberto para comprar um e não pude terminar de montar; eu tenho não 1 (um), mas sim 3 (três)níveis , porém eles estão no "guarda móveis" onde a Shell mantém todos nossos pertences.
Nunca mexi com um torno, as coisas que eu fazia em madeira eu fazia a mão, com serrinhas, lixas, formões e etc.. Agora vou aprender trabalhar com torno e mandar ver. Pretendo fazer coisas pequenas, peças torneadas, caixinhas, baúzinhos, molduras trabalhadas e etc..
Aqui no hotel eu continuei fazendo algum artesanato, pra não endoidar de vez com o "ócio", mas o espaço é muito limitado, não pode fazer barulho, usar tinta (o cheiro no quarto me faria mal), enfim, um quarto de hotel é um quarto de hotel, jamais seria uma casa e muito menos caberia um ateliê ou oficina dentro.
Uma vez um funcionário do hotel me perguntou por que eu não alugava um local para poder trabalhar. Eu disse:
1º- lugar que eu não pretendia ficar muito tempo no hotel, que não tinha previsão, mas que na 1ª oportunidade viável eu me mandava desse "cárcere privado".
2º- Que para alugar algo teria que fazer contrato.
3º -Que não teria como montar uma oficina em um lugar seguro, o suficiente, para deixar minhas ferramentas.
4º -EU TENHO, E SEMPRE TIVE, A MINHA PROPRIEDADE E, PRA MIM, DINHEIRO DE ALUGUEL É DINHEIRO JOGADO FORA E EU SEMPRE SUEI PARA GANHAR MEU PÃO, (nunca caiu do céu pra eu jogar fora) E NÃO VAI SER A SHELL, QUE VAI me FAZER VOLTAR ATRÁS (mais uma vez) EM MAIS UMA POSIÇÃO OU OPINIÃO FORMADA. ACHO QUE TUDO TEM UM LIMITE (será?).
5º- Que meu pai não tinha deixado uma chácara com casa e com tudo que preciso, pra eu pagar aluguel por causa de uma PREDADORA QUALQUER.
É lógico que vou reconhecer e agradecer, de alguma maneira, a Marlene e foi por isso que ela me ofereceu o quarto, pois ela me conhece e sabe que jamais a decepcionaria ou seria ingrata. Sempre houve troca e reconhecimento na nossa amizade.
Além do que, ela quer que eu a ensine fazer artesanato, e eu vou ensinar.
Lembro quando eu fazia e vendia mini queijo, ela fazia salgadinhos para vender e quando, no dia, sobravam alguns salgadinhos dela e uns mini queijos meus a gente trocava. Ela me dava salgadinhos e eu dava mini queijo. Com as frutas e verduras a gente fazia a mesma coisa. Sempre que ela ia buscar frutas, verduras e ovos ela me levava um monte de coisa do mercado.
SÓ TEMOS UMA GRANDE DIFERENÇA:- ELA É EVANGÉLICA E EU ABOMINO RELIGIÃO.
...mas voltemos falar do tôrno: - vou tirar uma foto dele e colocar aqui no blog.
...vou ver se tem algum curso do Senac ou Senai (não sei qual dá aulas, sempre confundi os dois) aqui em Paulínia e vou me matricular, além disso achei um curso em S.P. (em Pinheiros) que, inclusive, dá aulas de machetaria, que eu adoro. Já falei com o professor de lá, é uma aula por semana,
r$280,00 por mês e a gente tem quantas aulas quiser de torno ou machetaria ou de outras coisas que tem lá.
Entrem lá, site abaixo, e vejam cada coisa linda.
www.cosedilegno.com.br/torno.htm
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Saindo desse hotel eu já vou ter que estar com alguma coisa engatilhada, não vai dar para eu voltar mexer com vaca, leite, queijo e derivados, a contaminação deixou todo mundo com medo e perdi a credibilidade, por causa da Shell.
Voltar com meu artesanato, com TUDO FEITO A MÃO, não vai dar para ter a produção que eu tinha, minha visão não é a mesma, a firmeza e leveza das mãos vai levar um tempo para eu readiquirir e principalmente a freguesia terá que ser formada de novo.
Eu tinha parado de depender, exclusivamente, de artesanato desde, mais ou menos, 1987, quando me separei do pai dos meus filhos e comprei vacas, pois meus filhos tomavam 2 litros de leite, por dia, cada um e eu não queria deixá-los com outras pessoas para ir fazer as feiras de artesanato em S. Paulo e no Imbu. Foi aí que comprei as vacas para ter o leite para eles e o que sobrava eu vendia para comprar comida.
Na época eu tinha 40 anos, mais ou menos e fui aprender lidar com gado, tirar leite, fazer queijo e tudo mais e ninguém tinha vacas mais bonitas que as minhas e dos meus filhos, que também me ajudavam e muito.
...e, se, com quarenta anos passei de artesã para cuidar de vacas, por que com sessenta não vou conseguir aprender lidar com torno???
Inclusive porque, antes de ser artesã, eu estudava, fazia o cursinho para medicina e pretendia ser médica!!!!!!
Viu quantas voltas deu minha vida??
...e agora depois de "véia"(?) ainda vem a multinacional Shellzinha, querer me derrubar!!
Acho que ela, a Shell, não é como a formiga, "que sabe o pau que corta".
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Eu lutei, gente! Lutei muito na minha vida, mas não ouso dizer que sofri, pois SEMPRE VENCI TODOS OS OBSTÁCULOS QUE APARECERAM NO MEU CAMINHO.
Se eu me sentia insegura, alguma vez, eu tinha quem me confortava e dava forças.
Lembro uma vez que uma vaca minha, a Sara, ficou doente e tive que aplicar umas injeções nela, uma eu apliquei no lugar errado e ela começou mancar. Fiquei apavorada, não queria nem mais dar vacina em nenhuma outra vaca ou bezerro, foi quando meu filho Kaká, disse:- "Mãe, quantas injeções você já deu em vacas?" eu não sabia onde ele queria chegar e comecei querer chegar a um número, como não dava para contar eu disse,-"sei lá, mais de cem, duzentas, como vou saber?" ele perguntou -"quantas você errou?" na hora eu respondi
-"nenhuma" e ele falou -"então, mãe... foi só essa vez, não precisa ficar com medo!"

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