terça-feira, 22 de agosto de 2006

 

mais uma cópia..

Essa (acima) é a maneira como se vestem as pessoas (esse é um segurança) que trabalham no Bairro Recanto dos Pássaros, local interditado por oferecer risco à saúde.




< essa é a maneira, com EPI, que me permitem entrar na minha propriedade no Bairro Recanto dos Pásaros em Paulínia.
Local considerado "Brown Field" e que... deixa prá lá....




Olá!

Ontem entreguei, no Sindicato dos Químicos, os documentos que falei, vamos ver o que vai acontecer...

Colei, abaixo, entre outras coisas, mais uma reportagem, ou sei lá o que, que achei do Caso Shell na Internet.
Achei interessante, tem muita verdade ali, apesar da verdade, verdadeira, ser que a Shell já sabia da contaminação desde a década de 80; da verdade, verdadeira, ser, que ela se instalou consciente do que fazia, e com a conivência dos órgãos "competentes"(hahaha), sem oferecer um mínimo de segurança à saúde e ao Meio Ambiente, já nos anos 70, mas deixa barato, vai! Coitadinha, né?
As autoridades Públicas e Competentes do nosso Município, sempre foram muito boazinhas, compreensivas! E o povo, a população, o que são, perto da Shell e do progre$$o que uma Multinacional trás (ou traz?) para o bolso de tanta gente, né?

ÁGUAS NOCIVAS.


Art.109 A ninguém é lícito conspurcar ou contaminar as águas que não consome, com prejuízo de terceiros.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.



Nossa Luta

Nossa luta iniciou-se em 1995, quando a empresa, procurou os moradores na pessoa do Vice Presidente da área Química, oferecendo água a seis propriedades, fato que colocou a comunidade preocupada, tendo em vista o deslocamento do Vice Presidente da empresa Shell Química, para tratar pessoalmente do caso.

Os moradores passaram a desconfiar e a associar os inúmeros problemas de saúde ocorridos no local, com aquele fornecimento de água, sendo certo que o único meio disponível no local era água de poços cacimbas.

A comunidade tomou conhecimento que havia no Ministério Público, procedimento de Termo de Ajustamento de Conduta.

Compareceu a Curadoria de Meio Ambiente, onde após petição extraiu cópia do inquérito pertinente ao caso, ocorre que tudo ali parecia aos moradores um monstro sem dono, pois os termos técnicos constantes não eram familiares aos peticionários, neste momento foi contratado empresa ambiental, que após longa analise dos documentos percebeu que o que estava relatado, não representava a verdade dos fatos, colocando neste ato em 27/04/99, elaboração de quesitos que com a resposta da empresa ficou claro a procrastinação de seus atos.

Dentre os absurdos do caso salienta-se que a empresa colocou no inquérito documento de analise dos poços das casas em questão, analises estas feitas pelo laboratório Norte Americano Lancaster, não obstante que ao fornecer água aos moradores não mencionou a existência deste exame, dando aos moradores exame do Instituto Adolfo Lutz, o qual apresentava presença de coliformes fecais na água, fato este sem relevância, considerando que ao adicionar cloro os compostos desaparecem, diferente dos contaminantes presentes no local, por possuírem substancias tóxicas bio acumulativas representando grande risco a saúde humana.

Quando a comunidade passou a se utilizar do referido documento a empresa consegue, nota-se em 2001, ou seja seis anos após pois as analises são datadas de 1995,

Um documento da empresa que realizou as analises o laboratório Lancaster, relatando que as amostras estavam fora dos padrões técnicos, resaltando que o procedimento nestes casos seria a realização da contra prova, o que não aconteceu


Denota-se pela explanação, o quanto vale á vida daqueles moradores que consumiam água do local, pelo principio da precaução todos deveriam ter saído em 1995, após confirmação dos fatos, na época não entendia, mas depois de ler o livro da escritora Naomi Klein passei a entender, transcrevo abaixo matéria extraída do livro.

SEM LOGO, da escritora Naomi Klein 2º edição, folhas 411, onde narra no segundo parágrafo

Desde a década de 1950, a Shell Nigéria extraiu o equivalente a US$ 30 bilhões de petróleo das terras do povo ongonio, no delta do Niger.

A receita do petróleo representa mais de 80 por cento da economia nigeriana- US$ 10 bilhões anualmente e , desta mais da metade provém da Shell. Mas só o povo ongoni tem sido privado dos lucros de seu rico recurso natural, muitos ainda vivem sem água encanada ou eletricidade Como sua terra e sua água têm sido envenenadas por oleodutos, vazamentos e queima de gás. Sob a liderança do escritor e indicado ao prêmio Nobel Ken Saro-Wiwa, o Movimento pela Sobrevivência do Povo Ongoni (MOSOP) lutou por reformas e exigiu compensações da Shell.Em resposta, e para manter os lucros do petróleo fluindo para os cofres do governo, o genreral Sani Abacha mandou militares nigerianos mirar nos ongonis.

Eles mataram e torturaram milhares de pessoas.

Os Ongonis não só culparam Abacha pelos ataques, também acusaram a Shell de tratar as forças armadas nigerianas.Como polícia particular, pagando-as para sufocar protestos pacíficos na terra ongoni, além de dar apoio financeiro e legitimidade ao regime de Abacha.

Das inúmeras reportagens entorno do tema em pauta destaca-se o Editorial do Jornal O Estado de São Paulo de segunda feira 16 de abril de 2001 com o titulo “Marca de subdesenvolvimento”, onde narra .

“Casos de contaminação tóxica existem desde que existe o mundo industrial. São os cuidados com seu controle e as providências para proteger as pessoas de seus efeitos nocivos que definem o grau de civilização de uma sociedade. A este respeito pode-se afirmar que todas as circunstâncias em torno da contaminação da área próxima da fábrica de agrotóxicos da Shell, em Paulínia, refletem as marcas do sub desenvolvimento.

Fosse na Suécia, na Suíça, na Inglaterra ou no Canadá, será que uma contaminação descoberta há mais de sete anos continuaria produzindo seus efeitos na população.

Tendo merecido da empresa multinacional que lhe deu causa, tanto quanto das entidades púplicas encarregadas do meio ambiente ,(ou da saúde pública), soluções no Máximo paliativas- e assim mesmo tomadas com extrema morosidade, como se para ninguém houvesse qualquer presa resolver o problema ?”.

___________________________________________FIM_____________


...pois é... e eu que sou tudo, que esses advs. dela dizem e propagampor aí.

...não nego, porém, que tem muita gente se agarrando ao acontecido para tirar proveito da situação e sabe que por vezes acho que a Shell até protege essas pessoas?!

ciomara


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