domingo, 13 de agosto de 2006

 

e as minhas lembranças e vida???

Boa tarde!!!!
...pois é...
mais abaixo "colei" uma reportagem da Revista Metrópole (de 2003, acho), que achei, pesquisando "jaboticaba" "licor de.." e etc.
Sinceramente, por vezes, eu achava que exagerava no meu amor pelas minhas frutas e em especial pelas jaboticabas, mas não exagerava, nem exagero, não!!!
... e não sou só eu que sei o real, excepcional e imensurável valor de um pé de jaboticaba!!!
Mesmo de olhos abertos eu consigo ver minhas jaboticabeiras na minha frente!
A saudade é tanta que parece, que, sem elas, eu não vou conseguir viver muito.
Não dá para descrever como é bom subir na árvore e passar horas chupando jaboticaba! Recordando, eu me lembro como se estivesse no céu!
Acho que vou pedir para a Shell contratar alguma empresa especializada para transplantar, pelo menos as minhas jaboticabeiras, para o local onde terei que ir depois de vender minha chácara.
...meu pai sabia o que estava plantando para nós; meu pai sabia o que fazia e sabia que fazia o melhor que se poderia fazer para um filho...
...ele só não sabia que o "progresso" ia chegar lá, com a Shell, e iria destruir tudo que ele fez com todo amor que existia no coração dele.
ciomara.

Revista Metropole


É uma benção

Estamos no mês da jabuticaba, a pequena fruta que desperta deliciosas lembranças de infância e assanha o paladar para prazeres quase esquecidos nas grandes cidades

Bruno Ribeirobruno@cpopular.com.br

Há 400 anos, os índios brasileiros deram o nome de iapoti’kaba (jabuticaba) à pequena frutinha preta que, nas primeiras semanas de novembro, nascia nos galhos de árvores em toda a região da Mata Atlântica. Significava “fruta em botão”.
Com um punhado dessas frutinhas, eles preparavam uma saborosa bebida fermentada, que embalava as festas das tribos. A jabuticaba, essa delícia natural que dá em qualquer canto do País, é uma fruta nativa, 100% nacional e tem a cara do Brasil, gostosa e adapta-se a qualquer tipo de terreno.“Motivos para nos orgulharmos da jabuticaba não faltam”, afirma o produtor José Carlos Momesso, de Santo Antônio de Posse (SP). Segundo ele, a frutinha vem de uma árvore que produz facilmente não apenas em novembro
, mas também nos outros meses do ano. Para isso, a árvore é submetida ao processo de estresse hídrico, que consiste na irrigação quase permanente. ......

O brasileiro gosta de jabuticaba e, em determinadas regiões, como Minas Gerais e interior de São Paulo, é muito usada na fabricação de doces, geléias e licores”, ressalta a produtora Susanna Ulman, da fazenda Santa Maria, no distrito de Joaquim Egídio.
Susanna é uma das maiores produtoras de licor de jabuticaba, na região. A cada safra são 2 mil litros da bebida. E há a perspectiva de elevar a marca para 5 mil no ano que vem. “É um indicativo de que a jabuticaba pode encontrar
espaço no mercado nacional por meio de seus produtos derivados”, diz.
A fazenda Santa Maria, com uma centena de jabuticabeiras, produz os três tipos mais populares da fruta: a paulista (maior do que as outras e de maturação tardia), a ponhema (mais ácida, ideal para geléias e licores) e a sabará (a mais comum e mais doce, de maturação rápida).
E a fazenda já é opção de passeio na região. Por R$ 20 (preço por pessoa), o fã da fruta pode passar o dia todo no pomar, chupando jabuticabas no pé. “Tem gente que vem de longe.
Chupar jabuticaba no pé é um dos prazeres que as famílias da cidade grande perderam e que reencontram no campo”, afirma.
Estamos em plena safra. Às vezes ocorrem atrasos ou antecipações na produção, de acordo com as variações climáticas, mas novembro é o mês da jabuticaba. Para estimular as floradas, não é preciso produtos químicos. Basta água e adubo. “Os produtores costumam ter seus segredos para manter a produção o ano todo. No meu caso, uso adubo orgânico”, conta Susanna Ulman.
A variedade mais cultivada na região de Campinas, segundo José Carlos Momesso, é a sabará. “A variedade cresce mais rápido do que as outras e, por isso, é a mais comum no mercado”, diz.“A ponhema também é comum, mas é mais indicada para a fabricação de licores, por sua acidez característica”, explica Susanna. Não há mistério na fabricação do licor de jabuticaba. “O modo de fazer é padrão, mas existem segredinhos. Cada produtor tem os seus e os guardam a sete chaves”, brinca.
A produtora vislumbra, ainda, o potencial da bebida no mercado externo. “O licor de jabuticaba tem tudo para se tornar um grande produto de exportação. Ao contrário da fruta, que tem de ser consumida rápido, o licor fica melhor com o passar do tempo”, acrescenta Susanna.

‘Sabe o que é ter um pé de jabuticaba no quintal?’

Quando o poeta Vinícius de Moraes, que era diplomata em Paris, resolveu abandonar a carreira e voltar ao Brasil, surpreendeu uma amiga francesa, que tentou demover-lhe da idéia.

O argumento dela era que Vinícius havia construído uma carreira brilhante no Exterior. “Para quê, afinal, voltar ao Brasil?”.

A resposta do poeta tornou-se célebre: “Minha querida, por acaso você sabe o que é ter um pé de jabuticaba no quintal de casa? É por isso que eu vou voltar ao Brasil”.

Casas com jabuticabeira têm outra alma, segundo Pedro Sforcini Júnior, proprietário do Restaurante Dalì.

“A jabuticabeira é uma atração à parte. Debaixo dela, Rubem Alves escreveu alguns livros. Pela manhã, uma infinidade de pássaros vem bicar as frutas. Os clientes dizem que a hora do almoço é mágica, porque se sentem perto da natureza”, conta.

A jabuticabeira da agência de propaganda e marketing M51, assim como a do restaurante Dalì, tornou-se uma espécie de cartão de visita.

O publicitário Humberto de Almeida revela que, recentemente, a árvore foi utilizada para reforçar a marca da empresa entre os clientes. As frutas da velha jabuticabeira foram usadas na fabricação de uma saborosa geléia, que foi oferecida de brinde aos clientes da agência.

“Com a correria dos dias de hoje, muita gente não percebe o tesouro que é ter uma jabuticabeira no quintal.

A geléia foi uma maneira de agradecer o presente que nós ganhamos ao comprar a casa”, diz.

A árvore do prefeito

As jabuticabas trazem boas recordações da infância para o cozinheiro e apresentador de televisão Vicente Torquato, o Vicentão. “Meu quintal era o Bosque dos Jequitibás, onde passei grande parte da minha infância”, diz.

Na década de 50, o pai tinha um restaurante no local e Vicentão passava o dia todo com ele.

“Eu era louco por jabuticaba. Era a coisa que eu mais gostava na vida”, lembra.

Por gostar tanto, Vicentão conta que apanhou muito do guarda do Bosque, que tinha uma vara de pescar reservada especialmente para o lombo dos meninos que roubavam jabuticaba. “A gente podia comer à vontade, mas as mais saborosas estavam na árvore do prefeito.

Naquele tempo, o prefeito tinha uma jabuticabeira dentro do bosque e era proibido chupar as frutas dela. E eram as que eu mais gostava”, diverte-se.“Bastava o guarda ir ao banheiro ou sair para tomar um café que eu subia na árvore e chupava um galho inteiro”, conta. “Também me recordo de uma jabuticabeira que estava sempre carregada, mas ficava cercada de porcos-do-mato, que mordiam os que se aproximavam. Eu levava pão do restaurante e jogava no canto oposto para os porcos. Enquanto eles comiam, eu subia na árvore. Às vezes passava a tarde toda pendurado nos galhos, esperando os bichos irem embora. Era muito divertido. Toda criança deveria ter uma jabuticabeira. Quando a gente cresce vê que essas pequenas coisas marcam a nossa vida para sempre”.

A jabuticaba na cozinha

A jabuticaba tem grande valor nutricional. É rica em vitaminas B2 e niacina, importantes na prevenção de problemas de pele e reumatismo e para evitar queda de cabelos. Contém cálcio, fósforo e vitamina C em quantidades menores. Além isso, tem boas aplicações na cozinha:

Licor

1 l de jabuticabas espremidas1 kg de açúcar1 garrafa de cachaça.Lave bem as jabuticabas frescas e deposite-as numa vasilha com a cachaça e o açúcar. Deixe tudo em infusão por uma semana. Depois é só coar, filtrar e guardar por um mês. Quanto mais tempo ficar guardado, mais consistente e saboroso será o licor.

.Fonte: www.jfservice.com.br

Nossas fontes José Carlos Momesso, produtor, f. (19) 3806-4851.Susanna Ulson, produtora, f. 3255-1895 e 3298-6423.
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