domingo, 12 de março de 2006
Saiu no Jornal Todo Dia (12/03/06)
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Casos se arrastam
Responsabilização, solução, contaminação, vítimas, multa, Justiça. Essas são palavras comuns para os envolvidos nos casos de contaminação da Shell/Basf, em Paulínia, e Aterro Mantovani, em Santo Antônio de Posse. Em 1995, a Shell Química se autodenunciou ao MPE (Ministério Público do Estado de São Paulo), onde afirmava sobre o depósito irregular de substâncias contaminantes no solo.
A partir desse dia, a rotina dos moradores do bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, passou a ser outra. Tiveram que sair de suas casas. Aqueles que não entraram em acordo com a multinacional, foram levadas para um hotel de luxo*.
* "hotel de luxo" fica por conta do repórter, pois o hotel onde estamos hospedados, é de "categoria econômica". (ciomara)
“PRESOS”
“A cada dia que passa, ficamos mais presos, em confinamento”, disse Ciomara de Jesus Rodrigues, 59. A ex-produtora rural tirava sustento do que produzia na sua propriedade. “Agora fico confinada, e isso está afetando minhas condições físicas e psicológicas”. Ciomara já tentou negociar com a Shell por diversas vezes, porém ambas as partes não chegaram ao comum acordo. O mesmo caso se repete com Antonia Pelegrini, 45. “É uma situação desagradável. Já vai para três anos que estamos no hotel, e isso tem trazido muitos problemas pra gente”, disse.
Quatro famílias chegaram a ser levadas para o hotel. Hoje são duas.
O caso Shell/Basf também deixou um legado aos trabalhadores da empresa. Hoje, centenas de ações tramitam na Justiça do Trabalho, requerendo direitos trabalhistas e indenizações por contaminação. Em Santo Antônio de Posse, os moradores do entorno do Sítio Pirapitingui tiveram que deixar suas casas. O MPE e MPF (Ministério Público Federal) pressionam os responsáveis pela contaminação. Hoje, apenas funcionam barreiras hidráulicas no local.
PLANOS CONTINUAM
A Shell, por meio de sua assessoria de imprensa, declarou que os planos de recuperação ambiental do bairro em Paulínia prosseguem com uma barreira hidráulica e estação de tratamento de águas subterrâneas em pleno funcionamento, e que a empresa já adquiriu 58 propriedades no local, além de buscar entendimento com as duas famílias que ainda estão hospedadas no hotel. A assessoria declarou ainda que não tem conhecimento de que tenha havido a confirmação de casos de doenças diretamente relacionadas com as atividades que desenvolveu no município. (Vencesláu Borlina Filho. VBF)
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Com relação a essas Barreiras hidráulicas e estações de tratamento de água, eu acho que é tudo "PRA INGLÊS VER". "Duvideodó" que eles vão conseguir/querer/ recuperar ou inverter o processo de contaminação do bairro. Primeiro: porque se eles se preocupassem conosco e com o nosso país, não teriam agido da maneira que agiram, pois sabiam o que faziam, o que manipulavam, já vieram proibidos de e em outros países. Aqui foram décadas seguidas de irresponsabilidade e descaso! São toneladas de solo com produtos tóxicos entranhados nele, e que, por não serem solúveis na água, estão se dispersando, aos poucos, na água do lençol freático e tudo isso já passou para a cadeia alimentar e... e sei lá... "malemá" tenho conseguido saber de mim! Últimamente tenho tido dificuldade até para falar, para me expressar!
até! volto depois.
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